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Crítica | O Homem Água

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Um desejo brotou de uma mãe para sua família, o de que declarassem seu amor uns pelos outros por todos os dias que lhes restassem. É assim que, em “O Homem Água”, Gunner e sua mãe vivem experiências que reforçam a todo
momento alguns dos sentimentos cultivados em suas vidas. Alguns deles se exteriorizam e ganham destaque, dentre eles, o amor fraterno de mãe para filho e vice-versa. E a incompreensão e inexperiência de um pai.

Porém, ainda apresenta muitas doses de sentimentos e sabedoria sustentados por grande parte dos acontecimentos no decorrer do filme. Para isso, o menino é desafiado a retribuir um pouco desses laços de afeto e tenta descobrir formas de cura para sua mãe, que foi acometida por uma moléstia que a permitiria viver apenas mais alguns momentos de vida.

Ao verificar uma piora no estado de saúde dela, o garoto procura métodos não muito tradicionais para tentar ajudá-la. Aí começa uma bela e doce aventura, um tanto quanto dramática, vivida entre Gunner e sua amiga Jo. Ao se referir ao título da trama, como se daria esse vínculo ou pertencimento do indivíduo com a água? Ambos tangíveis. Um com excesso de conceitos e sentidos, e o outro com excesso de conceitos e utilidades. Ao tentar enxergar apenas o tema verifico caminhos para justificar algumas composições e a principal delas é a vertente de que o homem consegue ser composto pela água mas o caminho inverso não se dá ou não existe.

Cura

Talvez a temática do filme se justifique por essa lógica e, dessa forma, a cura é gerada pela menor das partículas de um amuleto. O filme é composto por uma temática bem comovente principalmente para o momento atual em
que vivemos, onde todos nós aguardamos esperançosos pela cura definitiva do covid-19. E paralelamente a nossa realidade, nas construções utópicas do filme também se almeja uma cura. A de um câncer em estado terminal. E para tentar dar um certo equilíbrio a essa temática mistura-se a simplicidade, o colorido e a ingenuidade e curiosidade de uma criança ao poder inusitado e folclórico de uma lenda urbana em reação ou resposta a chegada da doença.

A trilhas sonora do filme é magnífica e unida ao conjunto de imagens que se forma consegue acentuar ainda mais a qualidade das construções dramáticas dadas às cenas. As performances dos atores são boas. Temos a discussão de assunto de grande evidência e polêmica e que desperta certa proximidade com o telespectador quando se aborda uma doença onde não se achou ainda uma cura definitiva ou seu tratamento ainda é caro.

Questões

“O Homem Água” nos convida a certos questionamentos, como o de tentar idealizar como seria se de fato um dia
encontrassem a cura do câncer. Ao tentar fantasiar a cura para quem já conviveu de perto com essa doença acaba tornando o discurso do filme frágil ou desinteressante. Uma ideia contrária pode ser dita pelo oposto. Mas o que vale mesmo manter a chama da esperança acesa e acreditar que algo de melhor poderá acontecer.

Uma das frases que mais se destacaram foi a fala da mãe de Gunner em formato de prece:

Obrigada por podermos amar uns aos outros por todos os dias que nos restam!

Que assim seja, que o amor de fato vença todo e qualquer percalço que apareça e tente impedir trajetórias que temos a seguir.

Afinal, veja o trailer:

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Cinema

A Cabana – Curta-metragem com Dira Paes busca financiamento no Catarse

O financiamento ajudará na finalização do curta da diretora Barbara Sturm.

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O curta-metragem de ficção A Cabana apresenta Dira Paes (Alice) e Zé Carlos Machado (Jorge) em um lugar que poderia ser qualquer um. Um homem e uma mulher, levando uma vida em comum de forma nebulosa, como não é raro acontecer. Ausentes e mecânicos, em meio a neblina que os cerca cada vez mais. Um casal que não se vê. Até quando?

Para conferir mais informações sobre o curta, as recompensas e como apoiar, clique AQUI.

Para entender o que é o Catarse siga lendo o texto após o vídeo da campanha de A Cabana:

A diretora feminista Barbara Sturm

Formada em cinema, dirigiu três curtas-metragens. Atua desde 2007 no mercado de cinema brasileiro, já atuou como programadora no Cine Belas Artes, como gerente de aquisições na Pandora Filmes – onde foi responsável pelo lançamento de ‘Que Horas Ela Volta?” de Anna Muylaert.

Passou pela Pipoca Digital, e em 2017 assumiu como gerente de conteúdo na Elo Company, onde criou e coordena o Selo ELAS – projeto de apoio a longas-metragens brasileiros dirigidos por mulheres. É professora do curso O Mercado da Distribuição de Filmes, que já teve 18 turmas e mais de 100 alunos em todas as cinco regiões do Brasil. Faz parte do coletivo de inteligência estratégica ASAS.BR.COM e do grupo MAIS MULHERES NO AUDIOVISUAL BRASIL.

Sobre o Catarse

O Catarse é uma plataforma brasileira de financiamento coletivo para projetos criativos, que vão dos mais simples até os mais elaborados. O projeto foi ao ar no dia 17 de janeiro de 2011. Foi a primeira plataforma de crowdfunding do Brasil.

As campanhas podem ser financiadas formas diferentes. Em uma campanha Flex, caso do curta A Cabana, o projeto será lançado mesmo que não alcance a meta, geralmente os idealizadores já tem verba para finalizar e só precisam de mais uma ajuda.

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