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Crítica O Pastor e o Guerrilheiro
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‘O Pastor e o Guerrilheiro’ no Festival do Rio | Crítica

Por
Alvaro Tallarico
Última Atualização 21 de fevereiro de 2023
4 Min Leitura
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Johnny Massaro e César Mello entregam grandes atuações (divulgação/A2 Filmes)
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A primeira cena do filme é simbólica. Uma mão segura um passarinho e o impede de voar. Uma metáfora sobre liberdade, palavra oposta a qualquer ditadura. A história de O Pastor e o Guerrilheiro se passa nas décadas de 1960, 1970 e nos últimos dias de 1999. Além disso, tem três núcleos. Uma árdua missão para o diretor José Eduardo Belmonte.

A princípio, no ano de 1968, o jovem João, ou Miguel Souza, deixa a universidade e vai participar de uma guerrilha na Amazônia. Passa dias na floresta, sofre com a malária e ainda por cima é preso, torturado e enviado para uma prisão em Brasília. Johnny Massaro vive o personagem com muita entrega, entre sofrimento, emagrecimento e devaneios.

Aliás, confira abaixo a conversa que tivemos com Johnny Massaro sobre o filme, e siga lendo:


Na cela, João conhece Zaqueu, um cristão evangélico que foi preso por engano, simplesmente porque no grupo de seu estudo bíblico tinha supostos comunistas. César Mello atua como esse pastor, e dá um show. É o tipo de atuação que vale o ingresso. Nos olhos, nos gestos, no silêncio e na voz, César nos faz amar esse personagem, com seus discursos inflamados e o enfrentamento de velhos fantasmas.

Como Zaqueu

João e Zaqueu acabam sofrendo juntos e tem ótimos debates em cima de suas diferenças ideológicas. Uma pena que esse encontro demore tanto para acontecer e seja mais rápido do que gostaríamos. Ainda assim, são as melhores cenas do filme, junto com os discursos do pastor em 1999. Os dois camaradas se ajudam durante o encarceramento e marcam um sonhado encontro para 26 anos depois, em cima da Torre de TV de Brasília, na noite de ano novo de 1999.

O roteiro de Josefina Trotta é redondo, inspirado no livro Araguaia: Relato de um guerrilheiro de Glênio Sá. Vemos atrocidades serem cometidas e o coronel diz ao evangélico que é tudo em nome da pátria, da família; “tudo que Deus ama”, segundo ele.

O filme ensina que tudo é política. A guerrilheira, namorada de João, fala de luta, e vive uma utopia de amor e militância, por outro lado, o pastor busca ensinar o perdão, até para que ele mesmo possa perdoar.

Enquanto isso, em 1999, Juliana (Julia Dalavia) pensa se aceita ou não a herança de seu falecido pai, um cruel coronel da ditadura que torturou João. Esse núclo não é o mais interessante, mas não chega a frustrar o espectador.

Além disso, a trilha sonora de Sascha Kratzer complementa e ajuda no clima do filme, o qual vi a convite da distribuidora A2 Filmes, durante o Festival do Rio, na mostra Première Brasil, no majestoso Cine Odeon, com a presença do elenco e convidados. Enfim, esse bom filme chegará aos cinemas brasileiros em 26 de janeiro de 2023.

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Tags:césar mellocrítica pastor e o guerrilheiroresenha pastor e o guerrilheiro
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Jornalista especializado em Jornalismo Cultural pela UERJ.
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