Ao usar este site, você concorda com a Política de Privacidade e termos de uso.
Aceito
Vivente AndanteVivente AndanteVivente Andante
  • Cinema
  • Música
  • Literatura
  • Cultura
  • Turismo
Font ResizerAa
Vivente AndanteVivente Andante
Font ResizerAa
Buscar
  • Cinema
  • Música
  • Literatura
  • Cultura
  • Turismo
Regras do Amor na Cidade Grande
CinemaCrítica

Crítica: ‘Regras do Amor na Cidade Grande’ é surpreendente k-drama comédia romântica

Dirigido por Eon-hee Lee, Regras do Amor na Cidade Grande agrada por conta de seu retrato doce de amizade

Por
André Quental Sanchez
Última Atualização 1 de abril de 2025
7 Min Leitura
Share
SHARE

Regras do Amor na Cidade Grande vale a pena? Em 1997, Julia Roberts estrelou O Casamento do Meu Melhor Amigo (1997, P.J.Hogan), uma produção na qual a protagonista stalkeia, mente e ilude, tudo com o intuito de tentar estragar o casamento do melhor amigo com uma jovem e inocente Cameron Diaz. No final original da produção, Julianne Porter encontrava um outro homem na cerimônia de casamento, e tudo indicava que ele seria o novo amor de sua vida, porém, após recepções mistas em sessões testes, foi gravado um novo e grandioso final com a presença de um personagem favorito pelo público: George, o “amigo gay”.

Presente ao longo da produção como conselheiro e apoio emocional, George mais uma vez salvou Julianne de sua tristeza, como dito em sua fala final: “pode não haver casamento, pode não haver sexo, mas haverá dança”. Ao terminar de ver o agradável Regras de Amor na Cidade Grande, não consegui deixar de lembrar deste filme e principalmente desta fala, uma que sintetiza tão bem um verdadeiro amor de amizade.

Baseado no livro homônimo de Sany Young Park, Regras do Amor na Cidade Grande conta a amizade de Jae-Hee, uma jovem livre e ousada, e de Heung-Soo, um homem atraente e homossexual. Ambos constroem uma forte amizade e decidem viverem juntos, vivendo desavenças e passando uma lição importante para o espectador, uma que falta em muitos filmes da contemporaneidade: o verdadeiro amor e cuidado pode vir de muitos outros lugares além do romântico.

O cinema coreano supreende cada vez mais, ganhando destaque por conta de grandes diretores como Bong Joon Ho, produções de peso como Round 6 (2021, Hwang Dong-hyuk), e obviamente uma quantidade enorme de K-dramas, doramas coreanos, um mercado que encontrou um público enorme por conta da Netflix.

Regras do Amor na Cidade Grande

Kim Go-eun e Steve Sanghyun Noh em cena de Regras do Amor na Cidade Grande- Divulgação A2 Filmes

Com tudo isto, percebemos quão amplo a cultura cinematográfica sul coreana consegue ser, talvez por isto que Regras do Amor na Cidade Grande tenha me surpreendido tanto, apresentando pouco contato com o cinema coreano como um todo, ter a experiência de presenciar um filme com um protagonista abertamente gay e uma mulher livre e confiante, algo sempre muito gostoso de se ver no cinema, foi uma experiência única, principalmente com o plano de fundo sendo a vida social e boêmia dos jovens millenials da Coreia do Sul, algo que não temos tanto contato em grandes produções cinematográficas do país.

Apresentando um co-protagonismo, Jae-Hee e Heung-Soo se conhecem na universidade e decidem morar juntos. Este clima doce, auxiliado por uma cinematografia que permite interações técnicas e artísticas como o uso de câmera lenta, foco doce para enfatizar a beleza de Jae-Hee, ou o olhar apaixonado de alguém, permite muito conforto auxiliado por um roteiro que é sua maior força e uma de suas maiores defasagens.

Confira o trailer de Regras do Amor na Cidade Grande:

A premissa do filme é simples e agradável, a interação leve entre ambos os protagonistas carrega a produção, porém, Regras do Amor na Cidade Grande se segura tanto neste conforto, que mesmo quando ocorrem momentos de tensão, como o momento que Jae-Hee é violentada por seu namorado, ou as reflexões internas sobre aceitação e auto imagem, por conta do clima agradável criado no filme, o drama e a força da cena se perde, em nenhum momento sentimos uma grande tensão, exceto em uma cena no terceiro ato que aparentava alterar o filme todo, porém, era somente a produção subvertendo nossas expectativas com o intuito humorístico.

O humor da produção é mesclado harmoniosamente com os momentos de drama presentes em Regras do Amor na Cidade Grande, surpreendendo no fato como até mesmo o filme Me Chame Pelo Seu Nome (2017, Luca Guadagnino), apresenta uma função narrativa ao longo da produção, agindo como uma alegoria para a discussão da sexualidade de Huang-So.

Regras do Amor na Cidade Grande

Kim Go-eun e Steve Sanghyun Noh em cena de Regras do Amor na Cidade Grande- Divulgação A2 Filmes

Diferente de George em O Casamento do Meu Melhor Amigo, a homossexualidade de Huang-So é explicita, auxiliando ainda mais o contexto temático da produção: a amizade entre dois solitários millenials, dentro de uma das maiores cidades do mundo. Uma rebelde que não é aceita em nenhum lugar, sendo sempre taxada como delinquente, e um gay que não consegue se abrir nem mesmo para a própria mãe. Os dois não se uniram somente por afinidade, mas, porque nesta amizade encontraram algo que ninguém mais havia os dado até o momento: empatia e compreensão.

Ao final de uma comédia romântica, ou um dorama romântico, o sentimento que  deve perseverar é o agradável, aquele conforto que o espectador sente, que nos faz sentir que no fim as coisas podem dar certo, mesmo quando tudo aparenta tão negativo. Regras do Amor na Cidade Grande nos passa este sentimento, principalmente em sua cena final em que do mesmo modo que em O Casamento do Meu Melhor Amigo, ocorre uma dança. Apesar de não apresentar tanta profundidade ou tensão dramática, Regras do Amor Na Cidade Grande é um adorável filme que nos faz refletir sobre escolha e diferentes amores que encontramos ao longo de nossas vidas.

Regras do Amor na Cidade Grande estreia nos cinemas no dia 10 de Abril de 2025.

Siga-nos e confira outras dicas em @viventeandante e no nosso canal de whatsapp !

Leia mais

  • Onda nova – Filme é relançado 42 anos depois de sua proibição

Setembro 5 – Um bom filme, mas sem a profundidade necessária ao tema

Tags:Cinemacinema sul coreanocomédia românticaRegras do Amor na Cidade Grande
Compartilhe este artigo
Facebook Copie o Link Print
Nenhum comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Gravatar profile

Vem Conhecer o Vivente!

1.7kSeguidoresMe Siga!

Leia Também no Vivente

fricine
CinemaCulturaEventosNotícias

FriCine | Nona edição será online e gratuita de 13 a 20 de março

Alvaro Tallarico
9 Min Leitura
retrospectiva ro 80 cinema
Cinema

Retrospectiva Rô 80 chega ao Estação Net Botafogo com filmes de Luiz Rosemberg Filho

Redação
3 Min Leitura
crítica ela disse jornalistas mulheres
Cinema

‘Ela Disse’, que aborda os casos de assédio sexual em Hollywood, estreia no Telecine Premium

Redação
2 Min Leitura
logo
Todos os Direitos Reservados a Vivente Andante.
  • Política de Privacidade
Welcome Back!

Sign in to your account

Username or Email Address
Password

Lost your password?