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The Soul Conductor | A russa que guia almas | Fantasporto 2020

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Filme russo The Soul Conductor. Leia a crítica sobre esse filme russo no Vivente Andante.

The Soul Conductor (Provodnik) é um filme russo que lida com o sobrenatural. A protagonista é quase uma caça-fantasmas, e tudo pode lembrar um pouco o clássico de M. Night Shyamalan, “O Sexto Sentido”. Tem alguns espíritos que andam sempre ao lado dela, pois estão precisando de algo. O longa-metragem dirigido com razoabilidade por Ilya S. Maksimov, mostra bons ângulos e eficiente uso nos leva a conhecer essa “Condutora de Almas”, Katya, a qual acaba se envolvendo com a polícia na busca de um assassino. Katya luta para resolver o mistério antes que seja vítima, mas é difícil confiar em sua própria mente fragmentada e embriagada, e menos ainda em outras pessoas.

Katya (Aleksandra Bortich) é uma mulher geniosa e sombria de 22 anos que pode se comunicar com os mortos. Ainda temos sua  irmã gêmea, que desaparece misteriosamente. Assim, nossa “heroína” começa a experimentar algumas visões bem aterradoras. É com boas cenas de terror que o filme presenteia o espectador a partir desses pesadelos de Katya. Dá pena dela, é um dom ou maldição? Somente alguns goles da tradicional vodka fazem com que ela volte a realidade.

The Soul Conductor (Provodnik) é filme russo de terror e aventura. Leia a crítica no Vivente Andante.
Carisma de Aleksandra Bortich merece atenção (divulgação: Fantasporto 2020)

Multidimensional

Muitas vezes ficam dúvidas se estamos vendo seres humanos ou espíritos e parece que todo mundo é um pouco louco. A ideia do filme não é ficar dando sustos, apesar de diversas cenas assustadoras (em especial com o menino). O carisma e a atuação de Aleksandra Bortich se destacam, entre a doçura e a firmeza; o sofrimento e a esperança. A atriz é uma presença convincente. Com roteiro de Anna Kurbatova e Aleksandr Topuriya, The Soul Conductor oferece à Aleksandra um personagem multidimensional. A mescla de memórias e pesadelos, a tristeza e o arrependimento associados são representados de forma eficiente pela atriz bielorrussa de 24 anos, que ainda luta contra um assassino em série / força satânica. O final é um pouco corrido, amarra alguma situações, mas deixa outras em aberto.

Aliás, o arco redentor da narrativa não surpreende. Contudo, o diretor Ilya S. Maksimov está fazendo sua estreia como diretor de cinema após uma década na televisão e The Soul Conductor não é um debut ruim. A fotografia de Yuri Bekhterev acrescenta muito, com imagens assustadoramente lindas, seja na neve – ou em um rio de sangue.

Afinal, veja o trailer:

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Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas, com Cida Bento e Daniel Munduruku | Assista aqui

Veja o filme que aborda ações afirmativas e o racismo na ciência num diálogo contundente

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Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku

Na última quinta-feira (23), fomos convidados para o evento de lançamento do curta-metragem Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku. Aconteceu no Museu da República, no Rio de Janeiro.

Após a exibição um relevante debate ocorreu. Com mediação de Thales Vieira, estiveram presentes Raika Moisés, gestora de divulgação científica do Instituto Serrapilheira; Luiz Augusto Campos, professor de Sociologia da UERJ e Carol Canegal, coordenadora de pesquisas no Observatório da Branquitude. Ynaê Lopes dos Santos e outros que estavam na plateia também acrescentaram reflexões sobre epistemicídio.

Futura série?

O filme é belo e necessário e mereceria virar uma série. A direção de Fábio Gregório é sensível, cria uma aura de terror, utilizando o cenário, e ao mesmo tempo de força, pelos personagens que se encontram e são iluminados como verdadeiros baluartes de um saber ancestral. Além disso, a direção de fotografia de Yago Nauan favorece a imponência daqueles sábios.

O roteiro de Aline Vieira, com argumento de Thales Vieira, é o fio condutor para os protagonistas brilharem. Cida Bento e Daniel Munduruku, uma mulher negra e um homem indígena, dialogam sobre o não-pertencimento naquele lugar, o prédio da São Francisco, Faculdade de Direito da USP. Um lugar opressor para negros, pobres e indígenas.

Jacinta

As falas de ambos são cheias de sabedoria e realidade, e é tudo verdade. Jacinta Maria de Santana, mulher negra que teve seu corpo embalsamado, exposto como curiosidade científica e usado em trotes estudantis no Largo São Francisco, é um dos exemplos citados. Obra de Amâncio de Carvalho, responsável por colocar o corpo ali e que é nome de rua e de uma sala na USP.

Aliás, esse filme vem de uma nova geração de conteúdo audiovisual voltado para um combate antirracista. É o tipo de trabalho para ser mostrado em escolas, como, por exemplo, o filme Rio, Negro.

Por fim, a parceria entre Alma Preta e o Observatório da Branquitude resultaram em uma obra pontual para o entendimento e a mudança da cultura brasileira.

Em seguida, assista Nenhum saber para trás:

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