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Cinema

Entangled | CRÍTICA | Fantasporto 2020

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Filme Entangled

No filme canadense Entangled, apresentado na tarde deste sábado, 29 de fevereiro de 2020, no Festival Internacional de Cinema do Porto (Fantasporto), quatro estudantes universitários e cientistas brilhantes são forçados a se confrontar com as consequências do resultado de seu experimento de Física Quântica que leva a uma existência paralela emaranhada que os deixa questionando quem são e o que é real. Dirigido por Gaurav Seth, o filme brinca com paradoxos.

Uma das atuações que se destacam é do ator Munro Chambers, que vive Gerry, entre o cômico e a loucura. Além disso, uma cena onde mãe e filhas surdas conversam é silenciosamente poética, com um corte no fim que mostra a diferença que o som faz. Inclusive, as duas atrizes são surdas na vida real, Marlee Martin e Sandra Mae Frank. Ambas dão um show à parte sempre que aparecem. Indubitavelmente, essa que citei, é a melhor cena desse longa-metragem que me lembrou uma divertida série sobre o tema universos paralelos chamada “Sliders: Dimensões Paralelas” (1995-2000). O seriado era mais charmoso, enquanto Entangled fica no máximo pelos níveis da razoabilidade e cai no lugar-comum de tantas películas que já abordaram o assunto. Inclusive o final.

A direção ainda busca um ou outro ângulo distinto brincando com espelhos e reflexos. Gaurav insiste em usar a câmera meio de lado, em diagonal. Em um momento funciona, mas em outros não parece acrescentar. Ciclos que não fecham, física quântica, e, um bom triângulo amoroso (uma das melhores coisas do longa), dão o tom. No geral, um filme que pode entreter os interessados pelo tema de viagem no tempo e paradoxos temporais.

Afinal, veja o trailer:

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Jornalista Cultural. Um ser vivente nesse mundo cheio de mundos. Um realista esperançoso e divulgador da cultura como elemento de elevação na evolução.

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Crítica | Transformers: O Despertar das Feras

Sétimo da franquia é mais do mesmo, mas superior a outros

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transformers o despertar das feras

O início de Transformers O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts) é frenético, com uma boa batalha. Em seguida, conhecemos os protagonistas humanos, que são mais cativantes do que de outros filmes. O rapaz latino Noah Diaz (Anthony Ramos) e seu irmão (Dean Scott Vazquez), o qual serve mais como uma metáfora para o espectador. E a divertida Dominique Fishback, como Elena Wallace.

Nessa primeira parte do filme há algumas boas críticas, como o fato de Elena ser uma estagiária e saber muito mais que sua chefe, porém, sem levar nenhum crédito por isso. Enquanto Noah tem dificuldades de arrumar um emprego. Há aqui uma relevante abordagem sobre periferia (Brooklyn) ao vermos alguns dos desafios da familia de Noah, o que o leva a tomar decisões errôneas. A princípio, é um bom destaque essa caracterização dos personagens, em especial, favorece o fato da história se passar em 1994.

Dessa vez, o diretor é Steven Caple Jr., o qual não tem a mesma capacidade de Michael Bay para explosões loucas e sequências de ação. Steven faz sua primeira participação nesse que é o sétimo filme dos robôs gigantes. Ele era fã de Transformers quando criança e procura mostrar os Maximals (Transformers no estilo animal) de uma maneira autêntica.

Aliás, veja um vídeo de bastidores e siga lendo:

O público alvo do longa é o infanto-juvenil, que pode se empolgar com algumas cenas. Contudo, no geral, o roteiro é um ponto fraco. O Transformer com mais destaque aqui é Mirage, que fornece os instantes mais engraçados da história e faz boa dupla com Noah.

Além disso, as cenas no Peru e a mescla de cultura Inca com os robôs alienígenas é válida, com alguma criatividade e algumas sequências tipo Indiana Jones. Há muitas cenas em Machu Picchu e na região peruana que são belíssimas e utilizam bem aquele cenário maravilhoso. Vemos, por exemplo, o famoso festival Inti Raymi em Cusco, antiga capital do Império Inca, o qual o longa usa com alguma inteligência. Pessoalmente, essas partes me trouxeram lembranças pelo fato de que já mochilei por lá (veja abaixo), então aqui o filme ganhou em em relevância pra mim.

O longa se baseia na temporada Beast Wars da animação e traz o vilão Unicron, um Terrorcon capaz de destruir planetas inteiros. Na cabine de imprensa, vimos a versão dublada, a qual ajuda a inserir no contexto dos anos 90 com gírias da época.

Por fim, dentre os filmes dessa franquia que pude ver, esse sétimo está entre os melhores, apesar de ser somente regular, e conta com momentos divertidos. Além disso, a cena pós-crédito (só há uma) promete um crossover com muita nostalgia, Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas de todo o país na próxima quinta-feira, 8 de junho.

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