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Fantasporto 2020 | A Night Of Horror: Nightmare Radio | CRÍTICA

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A NIGHT OF HORROR: NIGHTMARE RADIO . Leia a crítica.

Na sessão Fright Nights do Festival Internacional de Cinema do Porto – Fantasporto de sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020, pudemos ver a nova empreitada da dupla argentina Nicolas e Luciano Onetti, conhecida pelo longa-metragem, ‘Abrakadabra’. Um exercício de horror mundial e diverso chamado A Night Of Horror: Nightmare Radio. O filme é uma antologia de terror com curadoria dos irmãos, os quais selecionaram uma série de excelentes curtas-metragens, enquanto dirigiram uma outra sequência como um fio condutor para eles. A boa compilação foi apresentada na sessão no Grande Auditório do Teatro Municipal do Porto – Rivoli.

O programa de rádio de Rod Wilson conta estórias de terror e recebe ligações dos ouvintes, que comentam e conversam com o apresentador. No total, são 8 curtas de todo o mundo, feitos na última década. Temos os diretores Jason Bognacki, Joshua Long, Adam O’Brien, Matthew Richards, Sergio Morcillo, Pablo S. Pastor, Oliver Park e A.J Briones. Bem como o tal fio condutor dos irmãos Onetti. Embora cada capítulo apresente algo completamente diferente um do outro, e, muitas vezes, esse tipo de antologia costume apresentar muita irregularidade (com curtas muito bons e outros muito ruins), aqui todos prezam por ter qualidade. E até, de certa forma, parece que foram dirigidos por uma só pessoa.

Fantasporto 2020. Leia a crítica de A Night Of Horror Nightmare Radio no Vivente Andante.
Poster mostra a ‘cara’ das estórias (divulgação: Fantasporto 2020)

Nenhum é ruim

São todos extremamente bem-feitos e bem dirigidos. Muitos com finais surpreendentes e algumas cenas realmente assustadoras. Claro, há destaques. O POST MORTEM MARY de Joshua Long é um lembrete assustador de que as pessoas na era vitoriana costumavam vestir seus entes queridos mortos e tirar fotos deles. O DROPS de Sergio Morcillo é um olhar arrepiante sobre como o trauma pode ser um verdadeiro monstro. O DESAPARECIMENTO DE WILLIE BINGHAM, de Matthew Richards, é um horror corporal médico medonho e perturbador.

Além disso, impossível não elogiar o ator aborígene Gregory J. Fryer, o qual nos dá uma excelente atuação, tornando este curta australiano comovente e visceral. A Night Of Horror: Nightmare Radio também apresenta vingança feminina, ligando com um ser mitológico clássico; a assustadora invasão de um lar, que conta com uma sequência em câmera subjetiva que nos coloca dentro da ação; um conto de fadas de horror; uma viagem a um cabeleireiro muito caprichoso; e uma boa razão para não seguir uma trilha de balões coloridos.

Certamente, não há como deixar de recordar os Contos da Cripta (Tales from the Crypt) que seguia a mesma linha de um personagem apresentando os contos de terror. Em suma, os irmãos Nicolas e Luciano Onetti estão de parabéns pal curadoria e o capricho em costurar essa antologia mundial.

Afinal, veja o trailer de A Night Of Horror: Nightmare Radio:

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Cinema

Crítica | ‘Meu Vizinho Adolf’ uma dramédia impactante

‘Meu Vizinho Adolf’ aborda as consequências do nazismo em uma dramédia tocante.

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Após a Segunda Guerra Mundial muitos nazistas se refugiaram na América do Sul, algo que já foi abordado das mais diversas formas no cinema. Meu Vizinho Adolf, traz o tema novamente agora colocando um suposto Hitler como vizinho de um judeu que sofreu com o Holocausto. Um tema delicado que o diretor Leon Prudovsky consegue tratar bem e com um tom de humor mais discreto.

Mr. Polsky (David Hayman) perdeu toda sua amada família e decidiu viver isolado em uma velha casa na Argentina. Sua paz termina quando Mr. Herzog (Udo Kier), um alemão irritadiço, se muda para a casa ao lado. A aparência e o comportamento dele fazem com que Polsky desconfie que seja Adolf Hitler disfarçado.

Um clima triste mas que ainda nos faz rir

O personagem de Hayman passou anos evitando contato humano, sequer aprendeu espanhol, ele carrega uma dor que aperta o coração desde o início. Ainda, assim ele é um velho teimoso e também ranzinza do tipo que nos faz rir. Ao colocar na cabeça que seu vizinho é o próprio Führer, ele tenta alertar as autoridades sem sucesso.

Com isso Polsky começa a estudar a figura funesta para poder provar sua teoria. Todas as brigas e tentativas de invasão e espionagem são divertidas, não é aquele humor de fazer gargalhar e provavelmente não era essa a intenção do diretor. Conforme o filme avança, ambos vão criando uma amizade que obviamente é extremamente incômoda para Polsky. Mas ele começa a achar que estava errado até encontrar provas um pouco mais substanciais.

Um filme simples mas bem feito

Meu Vizinho Adolf não é um longa que exige cenários grandiosos, é tudo muito simples, são poucas locações. O foco são as atuações de David Hayman e Udo Kier que consegue cativar. Ambos os personagens carregam um passado cruel e toda a dor que eles sentem é revivida com força no final. A comédia fica um pouco de lado para falar de algo sério de forma acertada. Ao final temos um bom filme que consegue mostrar a crueldade do nazismo sem ter que colocar nenhuma cena pesada demais.

Estreando hoje nos cinemas brasileiros, Meu Vizinho Adolf é uma boa opção para quem quer fugir dos pipocões. Fique com o trailer:

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