Zion Clark é a estrela do documentário curto e eficiente que mostra um atleta diferente. É sobre um wrestler, um jovem em busca de seu caminho. Todavia, é bem mais que isso. A edição em certo momento do filme faz até parecer um videoclipe. Mas não. É um curta-metragem sobre um ser humano real, porém poderia muito bem ser um longa-metragem, e daria uma ótima ficção. Contudo, não é isso que importa. O que realmente sobressai é a força, a clara evolução de um homem transcendendo os obstáculos que a vida lhe impôs.
Assim que nasceu, Zion foi deixado para adoção e passou por sete ou oito orfanatos. Uma infância sem família, um vida sem estabilidade, a convivência com os olhares constantes e o preconceito. O resultado tinha tudo para ser trágico. Apesar disso, Zion consegue encontrar em um treinador amoroso, e na luta livre, a sua tábua de salvação. O filme é emocionante e real. Com as informações que recebemos louvamos o protagonista em sua batalha diária. Acima de tudo, conhecemos um vencedor que nos motiva a seguir firmes, seja quais forem os adversários que possam surgir.
O curta-metragem ‘Zion’ não cai para a pieguice ou busca o coitadismo, o que poderia ser um caminho fácil para conquistar o espectador. Sim, indubitavelmente, ver o treinador do herói se emocionar é tocante e o sentimento que salta é quase palpável. Todavia, a mensagem, o recado não é esse. Enfim, o jovem lutador Zion Clark não tem as pernas. Nas suas costas musculosas tem uma tatuagem que diz: “Sem desculpas”. O que mais você precisa saber?