“Cry Macho: O Caminho para a Redenção” é o mais recente drama estrelado por Clint Eastwood. Com 91 anos, o astro é também diretor e produtor do filme.
O filme se passa em 1979, quando Mike Milo (Clint Eastwood), um ex-astro de rodeio e criador de cavalos fracassado, aceita uma proposta de trabalho de um ex-chefe. Mike precisa trazer o jovem Rafo (Eduardo Minett) do México para casa. Quando forçados a tomar o caminho mais longo de volta para o Texas, a dupla improvável enfrenta uma jornada inesperadamente desafiadora.
A mãe de Rafo quer manter o filho no México e busca a todo momento atrapalhar a viagem, que por si só já é perigosa, afinal há atritos com a polícia e fuga de bandidos. Mas há também conexões inesperadas com pessoas boas que querem ajudar a alcançar seu destino e os fazem encontrar o propósito e a redenção durante o percurso.
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Apesar de interessante, o filme se mantém preso a estereótipos da representação midiática de latino-americanos frente a personagens estadunidenses. A mulher sensual que apenas quer uma vida de luxo, sexo e bebidas. Os capangas que não se importam com o bem-estar de um jovem, mas apenas em obedecer ao chefe e receber seu pagamento em troca. Os policiais corruptos que apenas estão ali para fingir trabalhar, pois nunca fazem seu trabalho.
Até mesmo o par romântico de Mike, Marta (Natalia Traven), representa o estereótipo da boa moça que acolhe e cuida dos rapazes em sua viagem, porque sente a bondade neles, sem que, no primeiro momento, ela tenha qualquer prova disso.
Apesar da idade do astro do filme, há cenas de ação que funcionam dentro do contexto e a jornada de amadurecimento do jovem Rafo e do encontro com o amor de Mike convencem o espectador. Sem surpresas, “Cry Macho: O Caminho para a Redenção” é um filme para saudosistas do gênero faroeste e fãs de Clint Eastwood.