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Cinema

Dancing Mary | Sabu fala sobre propósito | Fantasporto 2020

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Dancing Mary é um bom filme japonês, engraçado e dramático.

Dancing Mary é um filme do diretor japonês Sabu (Miss Zombie), que entrega algo fantástico e engraçado que passeia por diversos gêneros do cinema. Um prédio precisa ser demolido, antigo salão de baile, porém o fantasma de uma dançarina não deixa que isso aconteça. O jovem Kenji fica responsável por resolver o problema. Logo no início do longa-metragem ele vai surfando no asfalto com seu skate enquanto o espectador vê a situação sobrenatural que ocorre no local mal-assombrado em um belo jogo de montagem. A busca de Kenji por médiuns que lhe ajudem fornece situações extremamente cômicas e constrangedoras para o protagonista.

O filme foi visto por esse jornalista que vos escreve durante a cobertura do Festival Internacional de Cinema do Porto, o Fantasporto. Um amigo do site português Laxante Cultural, Pedro Afonso, que também cobriu o festival, opinou que o diretor não sabe bem o que quer. Discordo. Sabu faz o exercício cinematográfico de passear pelo romance, pelo drama, pela ação e pelo sobrenatural. Contudo, o grande objetivo é um só: falar sobre propósito. É interessante ver a estória de cada um dos coadjuvantes fantasmas, os quais precisam resolver alguma situações para poderem seguir seus caminhos. Aliás, a sequência de ação do espírito Yakuza é ótima e mostra bem a versatilidade de Sabu, que demonstra sensibilidade em outros momentos que pedem singeleza.

Dancing Mary
O belo poster de ‘Dancing Mary’ (divulgação: Fantasporto 2020)

Não conheci o outro mundo por querer

As atuações são todas convincentes. Em certos momentos, o longa-metragem me lembrou o anime Yu Yu Hakusho, e outros com temática ligada aos espíritos de outro mundo. Sabu usa a base do sobrenatural para percorrer personagens complexos que, na realidade, fazem parte de uma missão maior. Tem um sabor de aventura e um aroma de descoberta. Além disso, a fotografia é linda, sabendo utilizar bem as sombras e brincando com a utilização de cores e do preto e branco que vai e vem, dependendo da dimensão.

É possível perceber claras referências ao filme “Carrie, A Estranha”, juntamente com críticas sociais e ao bullying. No geral, Dancing Mary pode ser resumido como uma comédia de terror e apresenta um final que emociona no explodir de alegria de um personagem que finalmente se descobre.

Afinal, veja o trailer:

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Cinema

‘A Filha do Rei do Pântano’ tem fotografia eficiente em um suspense que começa bem

Daisy Ridley estrela

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crítica A Filha do Rei do Pântano da Diamond Films

“A Filha do Rei do Pântano” (The Marsh King’s Daughter), dirigido por Neil Burger e estrelado por Daisy Ridley (da última trilogia Star Wars) e Ben Mendelsohn, chega aos cinemas com grandes expectativas, especialmente devido ao seu elenco e à adaptação do best-seller homônimo de Karen Dionne. O filme começa prometendo oferecer uma experiência envolvente e sombria, mas, infelizmente, não consegue cumprir todas as suas promessas.

A princípio, o início, com a infância de Helena e sua relação com o pai é uma das primeiras coisas que se destacam em “A Filha do Rei do Pântano”. Cheguei a lembrar um pouco do bom “Um Lugar Bem Longe Daqui“, por ter essa questão familiar e uma jovem menina na natureza. Ambos são baseados em livros de sucesso. Contudo, enquanto “Um Lugar Bem Longe Daqui” oferece um roteiro bem amarrado que prende até o fim, com boas viradas, “A Filha do Rei do Pântano” vai se perdendo aos poucos, com alguns furos sem explicação como o que aconteceu com o trabalho da protagonista e os cúmplices do Rei do Pântano.

Aliás, veja o trailer de “A Filha do Rei do Pântano” em seguida, e continue lendo:

Entretanto, a fotografia de Alwin H. Küchler é uma virtude. As cenas noturnas são especialmente cativantes, capturando a atmosfera sombria e opressiva do pântano de forma impressionante. A paleta de cores utilizada ressalta a sensação de isolamento e perigo que permeia a trama, proporcionando um cenário visualmente impactante que contribui muito para o clima do filme. A cena onde Helena flutura num lago, e só vemos seu rosto, é linda. Assim como aquela que abre a película.

No entanto, apesar da beleza da cinematografia, as falhas e furos do roteiro prejudicam a narrativa. A premissa de uma mulher que precisa enfrentar seu passado sombrio para proteger sua filha é clássica, mas a execução deixa a desejar em vários momentos. A falta de desenvolvimento de certos personagens e subtramas deixa o espectador com perguntas não respondidas e cria um vazio na história que poderia ter sido melhor explorado.

Outro ponto que deixa a desejar é o final previsível. Desde o início, o destino de Helena (Daisy Ridley) parece traçado de forma óbvia, o que tira um pouco do impacto emocional que o filme poderia ter alcançado. A ausência de reviravoltas surpreendentes ou momentos verdadeiramente chocantes contribui para que a trama se torne previsível e, em última análise, menos satisfatória.

Daisy Ridley entrega uma atuação convincente como Helena, mas nada genial. Ben Mendelsohn está bem como o sinistro Rei do Pântano, principalmente no começo do filme. Além disso, a fofa Joey Carson como Marigold Pelletier cativa.

Em resumo, “A Filha do Rei do Pântano” é um filme que brilha em sua cinematografia, mas que peca em seu roteiro e na falta de surpresas em sua narrativa. Para os fãs do gênero suspense, pode valer a pena conferir pela atmosfera e a boa primeira metade, mas é importante se preparar para algumas decepções ao longo do caminho. O começo é bom, mas o final deixa um gosto amargo.

Por fim, o suspense de Neil Burger estrelado por Daisy Ridley e Ben Mendelsohn estreia nos cinemas em 28 de setembro.

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