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7º Encontro Cultural Quilombola explora a força das comunidades

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Mulher negra dança rodeada de crianças negras vestidas de branco em um Evento Cultural Quilombola.

O Projeto Quipea (Quilombos no Projeto de Educação Ambiental), uma exigência no processo de licenciamento da Shell, está organizando o 7º Encontro Cultural Quilombola, que acontecerá nos dias 7 e 8 de outubro. O objetivo deste encontro é promover a visibilidade das comunidades quilombolas, bem como suas expressões culturais e identidade.

O evento será no quilombo de Maria Joaquina, em Cabo Frio (RJ), e contará com a participação de representantes das 21 comunidades envolvidas no Projeto Quipea. O tema deste encontro é “Potência Quilombola: Terra Titulada, Direito Conquistado”. A princípio, a ideia é fortalecer a mobilização das comunidades em busca de políticas públicas e na gestão ambiental de seus territórios.

As atividades incluem apresentações musicais, oficinas que valorizam a identidade quilombola e a beleza negra, degustações de gastronomia típica, um espaço dedicado aos empreendedores locais com produtos e serviços da comunidade. Além disso, haverá uma mesa-redonda com representantes de instituições significativas para as comunidades quilombolas, como o Ministério da Igualdade Racial, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e organizações não governamentais quilombolas em âmbito nacional e estadual.

Em seguida, confira a programação completa:

Mesa-redonda

No dia 7 de outubro, haverá uma mesa-redonda com a participação de representantes do Ministério da Igualdade Racial, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), da Coordenação Nacional de Articulação das Mulheres Negras Rurais Quilombolas (CONAQ), entre outros. Neste momento, será discutida a importância da luta pela titulação das terras na conquista de políticas públicas eficazes para os quilombos e no enfrentamento dos impactos socioambientais em seus territórios.

A abertura contará com a presença de representantes do Projeto Quipea – Shell, Ambiental e Ibama, bem como da Associação das Comunidades Quilombolas do Estado do Rio de Janeiro (ACQUILERJ), além de representantes das Prefeituras de Cabo Frio e Armação dos Búzios. O público será composto por membros da comunidade quilombola de Maria Joaquina, convidados das outras 20 comunidades envolvidas no projeto, e equipes técnicas do Quipea e da Shell.

Manifestações artísticas

No dia 8 de outubro, as manifestações artísticas incluirão apresentações musicais e danças típicas das comunidades quilombolas, como jongo, batuque, quadrilha e maculelê, além de uma exposição de artesanato local e culinária típica. A região dos Lagos contará com o Batuque Reciclado de Sobara, quadrilhas e artesanato de Maria Joaquina, a ciranda de Baía Formosa e o batizado de bonecas da Rasa. Conceição do Imbé (Campos dos Goytacazes, RJ) terá apresentações do músico Rodrigo Manhães e da Quadrilha Arraiá do Rocha. São Francisco de Itabapoana apresentará o jongo de Barrinha e o empreendedorismo feminino representado pelos biscoitos Raiz do Quilombo de Deserto Feliz. Cacimbinha e Boa Esperança, comunidades do município de Presidente Kennedy, ES, trarão a diversidade do grupo de jongo Mãe África Pátria Amada Brasil e da Quadrilha Arraiá Quilombola, respectivamente. O Grupo de Maculelê Raízes Quilombolas apresentará essa expressão afro-brasileira diretamente de Graúna, Itapemirim, ES.

Neste dia, também serão realizadas oficinas que promovem a valorização da identidade quilombola e da beleza negra, abordando turbantes, tranças, maquiagem, bonecas abayomi e costura como elementos ricos da cultura tradicional quilombola.

Espaços de visitação

Além das manifestações culturais, o evento contará com espaços de visitação significativos. No Espaço Quipea, será apresentado o histórico do projeto, destacando suas principais conquistas ao longo de suas quatro fases. O tema do evento e a cartografia social serão enfatizados em um painel informativo. Também serão exibidos vídeos que apresentam o projeto e explicam a importância do Departamento Cultural na organização do Evento Cultural, um grupo composto por representantes quilombolas, equipe executora e representantes da Shell.

No Espaço Empreendedorismo, os produtos e serviços dos empreendedores das comunidades quilombolas serão expostos para valorizar a produção local, reconhecendo-a como parte fundamental na manutenção dos territórios quilombolas. Haverá também uma homenagem a 21 mulheres empreendedoras quilombolas, uma de cada comunidade envolvida no projeto.

O Espaço Infantil contará com recreadores para atender crianças entre 5 e 11 anos, oferecendo brincadeiras, brinquedos variados, contação de histórias sobre a comunidade de Maria Joaquina, oficinas com material reciclado (bilboquê de garrafa PET) e atividades de pintura.

Sobre o Projeto Quipea

O Projeto Quipea (Quilombos no Projeto de Educação Ambiental) é uma exigência do Ibama no processo de licenciamento ambiental federal das atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural na região. A Shell Brasil optou por trabalhar com as comunidades quilombolas presentes na área de influência de suas operações, com o objetivo de dar visibilidade à identidade quilombola e sua ancestralidade, promovendo a participação comunitária na gestão de seus territórios. O projeto atende aproximadamente 10 mil famílias e possui uma equipe executora composta por 64% de quilombolas dessas comunidades.

A saber, atualmente, as comunidades que fazem parte do Quipea são: Sobara (Araruama – RJ); Maria Romana, Preto Forro; Botafogo, Maria Joaquina (Cabo Frio – RJ); Rasa, Baía Formosa (Armação de Búzios – RJ); Bacurau, Santa Luzia, Machadinha, Mutum e Boa Vista (Quissamã – RJ); Aleluia, Batatal, Cambucá e Conceição do Imbé (Campos dos Goytacazes – RJ); Deserto Feliz e Barrinha (São Francisco de Itabapoana – RJ); Boa Esperança e Cacimbinha (Presidente Kennedy – ES); Graúna (Itapemirim – ES), todas certificadas pela Fundação Cultural Palmares.  

Serviço:

7º Evento Cultural Quilombola
Datas: 7 e 8 de outubro
Local: Quilombo de Maria Joaquina – Cabo Frio, RJ

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Crítica

Mayra May: Samba e emoção no coração do Rio de Janeiro

Mayra May, cantora e compositora , apresentará seu disco, “Te Tatuei em Braille”,

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Mayra May,samba e emoção.

Nascida em Minas Gerais e criada no Espírito Santo, Mayra May, cantora e compositora, traz consigo a rica influência cultural desses estados. Contudo, é no coração do samba carioca que ela encontra seu verdadeiro lar musical.

No dia 7 de dezembro de 2023, às 20h, o Teatro Brigitte Blair, em Copacabana, será o palco para a apresentação das canções de seu segundo álbum, “Te Tatuei em Braille”.

Um Mosaico Musical: Além do Samba

O repertório diversificado do show é composto principalmente por oito canções originais do álbum, não se limita ao samba. Ritmos como ijexá, partido alto e maxixe enriquecem a experiência musical, proporcionando uma experiência sonora única.

A participação especial da cantora Ana Costa, na faixa-título “Te Tatuei em Braille”, e de Alana Moraes, que colabora em “Guia”, promete surpreender e encantar o público.

Músicos renomados, como Marquinho do Pandeiro, baluarte da Portela, e Rodrigo Villas Boas, integrante da Mangueira, se juntarão a ela para uma apresentação única de “Verde Branco Azul e Rosa”. Essa música, com arranjos típicos de escola de samba, presta homenagem às icônicas agremiações cariocas Portela e Mangueira.

O disco “Te Tatuei em Braille” emana uma sonoridade alegre e positiva, com letras sensíveis que exploram temas como amor, religiosidade e desilusão. Com diversidade musical presente nas influências de Mayra May se reflete não apenas no samba, mas também na MPB, criando uma experiência musical única e envolvente.

História Musical: De Juiz de Fora ao Cenário Carioca

A trajetória musical de Mayra começou em Juiz de Fora e floresceu em Vitória, ES, onde ela se apresentou em bares e casas noturnas, abrindo shows para grandes nomes como Sambô, Demônios da Garoa e Zeca Pagodinho.

Sua presença constante em redutos do samba no Rio de Janeiro, como Rio Scenarium, Feira do Lavradio, Bar Semente e Casa de Luzia, se consolida como uma figura respeitada no cenário musical carioca.

além do mais, ela destaca a importância do samba em sua vida, remontando às suas origens familiares. Criada em um ambiente onde as rodas de samba do pai eram eventos frequentes, ela compartilha:

“O samba continua sendo novidade todo dia.

É um amor primário, eterno, constante e que se renova”, revela a artista

Biografia Artística: Um Legado Musical

Bisneta de Oscar Itaborahy, professora de música de Ary Barroso, e neta de Francisco Itaborahy, que tocou ao lado de Dalva de Oliveira e Herivelto Martins, ela carrega consigo um legado musical notável.

Como atriz, atuou no musical “Tem Malandragem na Lapa”, em 2014, demonstrando suas obras artísticas.

Seu primeiro disco, “Quem Convidou”, lançado em 2016, foi apenas o início de uma jornada musical que levou a participar de diversos festivais e a consolidar sua presença nos palcos cariocas. Seu compromisso com a música também se reflete em diversos singles lançados nas plataformas digitais.

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