Música para fazer amor? Adriana Torres diz que sim, enquanto Aury Santos caracteriza como envolvência. “Depende do que as pessoas estão habituadas”, diz Adriana. A banda Typical Me procura seguir o estilo neosoul, pois em comparação com outros, não está tão popular, ao menos no contexto de Portugal. Aliás, a banda originária de Portugal, que somente canta canções em inglês, é composta por Adriana Torres (voz), José Pedrosa (teclados), Fábio Pereira (guitarra), Filipe Ferreira (baixo) e Aury Santos (bateria).
Aury, inclusive, coloca a música como uma espécie de superpoder, que depende da disposição do artista. A maior parte deles tem outros trabalhos, mas seguem com essa paixão, a necessidade, de fazer música. Dessa forma, Adriana coloca como um certo sacrifício. “Acima de tudo, importante é expressar algo, sentimentos, sofrimentos, felicidades, coisas importantes na vida de toda a gente”, declara Aury Santos.
Adriana Torres nem tenta definir arte: “Temos que fazer e ponto final”. Enquanto Filipe Enes, caracteriza a arte como “Ressalto o ponto da genuinidade. Qualquer pessoa que faça qualquer coisa de uma forma genuína vai emocionar alguém”. Aliás, as canções do EP de estreia da banda Typical Me, “The Way”, “Climax”, “Uncertainty”, “Lift Me” e “Thinkin’ About You”, agradaram o público no show que realizaram na Casa da Música, em Porto, Portugal, no dia 19 de fevereiro de 2020. Um álbum que possui certa densidade, lembra os anos 80 e 90, namorando os sons da música negra dos anos 70. Além disso, durante o show, algumas músicas eram intercaladas por gravações de falas de Adriana Torres – que traziam questionamentos, como um sobre superpoder, o que me fez questionar sobre isso.