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Crítica | ‘Fetiches’ faz rir em cima de fantasias sexuais

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Filme Fetiches

A comédia francesa “Fetiches” (Les Fantasmes) é eficiente no que se propõe. A trilha sonora inicial na abertura do filme não deixa esconder a que veio. O tema é sexo, mais especificamente, fetiches. Em seguida, um toque de vida real, quebrando um pouco a expectativa que a introdução cria. Então começa algo que é um diferencial do longa, explicações sobre diversos fetiches, com exemplos práticos.

Acompanhamos as fantasias íntimas de seis casais e o primeiro já se destaca pelas atuações de Denis Podalydès como Vincent Lebrun e Suzanne Clément como Louise Lebrun. São engraçados em suas atuações dentro das atuações. A direção de David Foenkinos e Stéphane Foenkinos sabe utilizar o grande elenco que tem em mãos. A cena de Vincent no teatro, com a câmera por trás, e o jogo de luzes, consegue ser bonita e hilária ao mesmo tempo.

Etta

O segundo capítulo me tirou algumas gargalhadas e o conhecimento de um fetiche que nunca havia ouvido falar. E ainda tem Etta James na trilha sonora, com um de seus maiores clássicos. Em seguida, o terceiro perde um pouco o ritmo, sem gerar tanto interesse no geral, sem conexão com os personagens. Porém, o quarto traz a sempre marcante Monica Belucci numa relação lésbica temperada por um fetiche mórbido.

Karin Viard (“A Família Bélier”), Suzanne Clément (“Mommy”), Céline Sallette (“Ferrugem e Osso”), Nicolas Bedos (“Monsieur & Madame Adelman”), Alice Taglioni (“OVNIs”) e Alain Doutey (“Busca Frenética”) são alguns dos nomes que completam o elenco.

Nesse meio, o filme acaba se mostrando irregular, os contos são mais curtos, mas ainda é possível encontrar graça. Há alguns fetiches bem bizarros. Aliás, os diretores e roteiristas David Foenkinos e Stéphane Foenkinos (“A Delicadeza do Amor”) fizeram uma grande pesquisa sobre o tema, que deu numa lista com mais de 250 fantasias.

“Todos os fetiches que estão no filme realmente existem, e nossa maior preocupação foi a de mostrá-los o mais realista possível”, declararam.

Por fim, a comédia francesa “Fetiches” é eficiente no que se propõe e chega ao Brasil em 6 de maio com distribuição da Synapse Distribution. A produção estará disponível nas versões dublada e legendada para compra e aluguel nas plataformas digitais Claro Now, iTunes/Apple, Google/YouTube e Vivo Play.

Enfim, veja o trailer:

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‘Aumenta que é rock ‘n roll’ traz nostalgia gostosa | Crítica

Longa protagonizado por Johnny Massaro e George Sauma estreia em 25 de abril.

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Uns anos atrás, mais especificamente em 2019, o Festival do Rio (e outros festivais do Brasil) trazia em sua programação um documentário sobre a Rádio Fluminense. “A Maldita”, de Tetê Mattos, que levava o título da alcunha pela qual a rádio era conhecida, narrava sua história e, além disso, a influência que teve em seus ouvintes. Para muitos, principalmente os que não viveram a época, foi o primeiro contato com a rádio rock fluminense.

Anos depois, no próximo 25 de abril, quinta-feira, estreia “Aumenta que é rock ‘n roll”, longa de Tomás Portella. O longa é baseado no livro “A onda maldita: Como nasceu a Rádio Fluminense”, escrito por Luiz Antônio Mello, criador da rádio. Protagonizado por Johnny Massaro na pele de Luiz Antônio, o filme foca em toda a trajetória do jornalista desde sua primeira transmissão na rádio do colégio, até o primeiro contato com a Rádio Fluminense (por causa de seu amigo e cocriador Samuca) e a luta pra fazer da Fluminense a rádio mais rock ‘n roll do Rio de Janeiro.

Muito rock

Pra começo de conversa, é preciso dizer que o filme é uma bela homenagem ao gênero rock. Além de uma trilha sonora com nomes de peso, como AC/DC, Rita Lee, Blitz e Paralamas do Sucesso, o longa consegue mostrar ao espectador do que o rock é verdadeiramente feito: de muita ousadia e questionamentos. Em uma época em que o gênero vem sendo esquecido, principalmente pelas gerações mais jovens, Tomás Portella consegue relembrar a todos que o rock é sinônimo de controversão e revolução, já que foi criado para questionar os ideais vigentes da época.

Isso fica muito claro nos personagens que compõem a rádio e que a tocam pra frente. A ideologia de fazer diferente fica tão nítida na tela que eu desafio o espectador a não sair do filme com vontade de revolucionar o mundo ao seu redor.

Roteiro

Isso se dá, obviamente, por um texto muito bem escrito e uma trama bem desenvolvida e bem amarrada. O que significa, portanto, que L.G. Bayão fez um ótimo trabalho na adaptação do livro.

Mas, além disso, as atuações dos atores em cena tambémajudam muito. Apesar de a maioria dos atores nem sequer ter vivido a época (no máximo, eram criancinhas nos anos 80), eles personificam a vontade de transformar da época. Principalmente Flora Diegues, que tem uma atuação tão natural que dá até pra pensar que ela pegou uma máquina do tempo lá em 1982 e saltou na época em que o filme foi gravado. Infelizmente, a atriz faleceu em 2019 e uma das dedicatórias do longa é para ela. Merecidissimo, porque Flora realmente se destaca entre os integrantes da rádio rock.

Sintonia fina

George Sauma interpreta o jornalista Samuca, amigo de colégio de Luiz Antonio que cria a rádio com o colega. A escolha dos dois protagonistas não poderia ser melhor, já que Johnny Massaro e George têm uma química que salta da tela. O jogo de dupla cheio de piadas, típico dos filmes de comédia dos anos 1980, funciona muito bem entre os dois. Os dois atores têm um timing ótimo para comédia e, ao mesmo tempo, conseguem emocionar quando o texto cai para o drama. Tanto George quanto Johnny brilham.

Também brilham a cenografia e o figurino do filme. Cláudio Amaral Peixoto, diretor de arte, e Ana Avelar, figurinista, retrataram tão bem a época que parece que estamos mesmo de volta aos anos 1980. A atenção aos detalhes faz o espectador, principalmente o que viveu tudo aquilo, se sentir dentro da rádio rock.

Nostálgico

Para resumir, é um filme redondinho e gostoso de assistir, com atuações incríveis e uma trilha sonora de arrasar. Duvido sair do cinema sem vontade de ouvir uma musiquinha de rock que seja!

Fique, por fim, com o trailer de “Aumenta que é rock ‘n roll”:

Ficha Técnica

AUMENTA QUE É ROCK ‘N ROLL

Brasil | 2023 | Comédia

Direção: Tomás Portella

Roteiro: L.G. Bayão

Elenco: Johnny Massaro, George Sauma, João Vitor Silva, Marina Provenzzano, Orã Figueiredo.

Produção: Luz Mágica

Coprodução: Globo Filmes e Mistika

Distribuição: H2O Films.

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