Me Chama Que Eu Vou tem estreia nacional na Mostra Competitiva do 48º Festival de Gramado. Teve direção de Joana Mariani e produção da Mar Filmes em parceria com a Globo News, Globo Filmes, Canal Brasil e Mistika. A saber. é um documentário repleto de músicas, narrado em primeira pessoa sobre Sidney Magal – nascido Sidney Magalhães. A princípio, resgata sua trajetória desde a infância até o presente, repassando os seus mais de 50 anos de carreira e mostrando o homem por trás do artista. Filme será exibido no dia 23/09 às 20h30 no Canal Brasil.
A emocionante vida de Magal em Me Chama Que Eu Vou fará o público rir e chorar com um homem real, que por trás da figura publica, exuberante e sexy, tem histórias inusitadas. Inclusive, quando pediu a Vinicius de Moraes que compusesse uma música para ele, a maneira como escolheu o seu nome artístico na Itália, e até a rejeição inicial da Rede Globo. Posteriormente, essa emissora o transformou em convidado de honra em seus programas musicais. O título do filme vem de uma das músicas mais famosas de Magal, que serviu de tema de abertura da novela “Rainha da Sucata”, em 1990. De certa forma, também brinca com uma característica especial de Magal, que costuma aceitar a maioria dos convites que recebe.
A diretora Joana Mariani conheceu o cantor no começo dos anos 2000, durante as filmagens do clipe da música “Tenho”, cuja direção foi de Pedro Becker. Na época, se aproximou do artista e de sua família.
“A cada encontro, as histórias de vida, das experiências e ‘causos’ contados por ele fascinavam a todos. Sidney Magalhães é uma figura deliciosa, muito diferente da personagem que ele criou para sua vida artística (Sidney Magal)”, conta a cineasta.
Abuso
Magal também já participou de peças de teatro, filmes e programas de televisão, algo que ele mesmo define como “um pouco abusado de minha parte”. Ele encara o documentário como uma espécie de coroação. “É um documentário delicioso porque ele é muito real, ele é quem é o Sidney Magal, quem é o Sidney Magalhães para vocês. O filme foi selecionado para participar do Festival de Cinema de Gramado e isso é uma alegria, já que o Festival faz parte da história do nosso país, da cultura do nosso país. E agora eu quero que todos curtam bastante o Sidney de Magalhães, porque eu tô inteiro nesse documentário.”.
Repleto de imagens de arquivos de televisão e do próprio Magal, o filme explora tanto o lado artístico quanto pessoal daquele que, segundo o Jornal Nacional, é “misto de Elvis Presley com John Travolta”. A produtora Diane Maia, da Mar Filmes, explica que a narrativa do longa começou com entrevistas informais entre Joana e Magal. Posteriormente, a partir delas, foi montada uma estrutura que as guiou em busca das imagens que complementariam a fala do cantor. “Tivemos amplo acesso ao Acervo Globo, apoio de outras emissoras que nos cederam imagens que encontramos com pesquisadores, e, também, tivemos duas profissionais na casa do Magal por um mês digitalizando mais de 10 mil documentos históricos de sua carreira. A digitalização deste material foi não somente um presente para o filme, como para o Magal, que agora tem tudo organizado, datado e armazenado.”
Papo bom
Joana Mariani define o filme como “uma conversa gostosa de mesa de bar” trazendo um apanhado de lembranças e memórias. Assim, o documentário encontra um Magal que se abre à câmera numa conversa franca sobre sua família, sua música, sua carreira. O filme tem também depoimentos de sua companheira, Magali West. Ela conta, entre outras coisas, como o cantor a conquistou, quando ela ainda era uma jovem estudante em Salvador; e do filho, Rodrigo West.
Além do documentário Me Chama Que Eu Vou, a diretora prepara um outro filme sobre o artista, desta vez como produtora, ao lado de Diane Maia. “Meu Sangue Ferve por Você”, uma comédia romântica musical, livremente adaptada na vida do cantor, que terá direção de Paulo Machline. Ainda por cima, vai contar com José Loreto como Sidney Magal e Giovana Cordeiro como Magali. “A ficção é um recorte de três meses sobre como ele e Magali se conheceram, há 40 anos, em uma turnê que ele estava fazendo pela Bahia para lançar um disco. É uma comédia romântica musical, uma história verdadeira, mas totalmente reescrita. Como falamos, um ‘conto Magalesco’.”