O documentário Honeyland – em tradução livre: Terra do Mel – se passa em uma vila no interior da Macedônia. O filme estrearia nos cinemas no dia 19 de março, mas foi adiado devido ao novo coronavírus. Contudo, a partir de amanhã, dia 15 de maio, entra nas plataformas Now, Vivo Play (GVT) e Looke. Futuramente, também estará na Sky Play e Oi TV. Com uma localização remota e casas simples que não possuem luz elétrica ou água corrente, a vila que o documentário mostra possui duas habitantes: Hatidze Muratov e sua mãe Nazife.
Prêmios
Honeyland é o primeiro longa-metragem dos diretores Ljubomir Stefanov e Tamara Kotevska. Inclusive, foi indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme Internacional e Melhor Documentário. Além disso, foi vencedor de três categorias no Festival de Cinema de Sundance, incluindo o Grand Jury de Melhor Documentário.
Crítica Honeyland
Hatidze foca na apicultura de abelhas selvagens e a produção de mel é a fonte de renda da família. Enquanto colhe o mel, Hatidze explica, como se conversasse com o espectador, seu ofício: “Metade para mim. Metade para elas.” A colheita é revendida em uma cidade próxima a vila. A ida à cidade é um sopro de liberdade frente as obrigações e cuidados de sua mãe doente. Porém, sua pacata rotina é interrompida com a chegada de uma família de nômades a vila. O casal Husseim Sam e Ljutvie Sam e seus filhos modificam a rotina do local. O gado, as crianças, a música trazem vida a um local aparentemente morto.
Posteriormente, o patriarca da família percebe o potencial financeiro das abelhas e inicia sua produção. No começo, é uma nova fonte de renda para a família, mas a ganância em produzir uma maior quantidade de mel e num menor espaço de tempo acaba trazendo consequências desastrosas.
Ao retirar mais mel do que deveria da colmeia, as abelhas não sobrevivem. Não há mel para as abelhas, não há mel para os apicultores. O ambiente entorno das colmeias sofre consequências diretas da morte das abelhas. Husseim, ao querer demais e não respeitar a natureza, demonstra o resultado da ganância. Sem respeitar a natureza e seus ciclos de funcionamento, nada sobra. Para ninguém.
Afinal, o filme é contundente, bem dirigido e tem ótimas imagens.