Conecte-se conosco

Cinema

Hong Sang-Soo mostra a repetição da vida no Rio de Janeiro

Publicado

em

de 10 a 22 de dezembro de 2019 (terça-feira a domingo), a mostra Hong Sang-Soo - A repetição da vida. hong sang-soo

A CAIXA Cultural Rio de Janeiro recebe, de 10 a 22 de dezembro de 2019 (terça a domingo), a mostra Hong Sang-Soo – A repetição da vida. Com curadoria de Isabel Veiga, Samuel Brasileiro e Vitor Medeiros, a programação reúne 15 dos 23 longas-metragens do cineasta sul-coreano, alguns inéditos no Brasil.

A mostra traz filmes como A visitante francesa (2012), estrelado pela atriz Isabelle Huppert, uma comédia leve e divertida, onde a atriz interpreta uma diretora francesa chamada Anne em três histórias diferentes e interage com moradores de uma pequena cidade litorânea da Coreia do Sul.

De acordo com o curador Vitor Medeiros, a programação não seguirá uma ordem cronológica, visando assim instigar o público a traçar “relações transversais” entre os trabalhos do cineasta. Medeiros cita como exemplo O filme de Oki (2010), que abre a programação. “A narrativa é dividida em quatro partes, dessa forma, cabe ao público traçar relações entre elas, buscando entender as conexões”, explica. Além disso, outro destaque é Conto de Cinema (2005), uma das obras-primas do diretor, quando começou a usar o zoom ótico de maneira sistemática.

Vencedor de Cannes

Vencedor do prêmio Um Certo Olhar, em Cannes, com Hahaha (2010), Hong é considerado um dos principais diretores no cinema mundial. Inclusive, seus personagens são conhecidos por serem muito vivos, e, muitas vezes até um pouco ridículos.

O curador explica que muita gente compara as obras do sul-coreano ao cinema de Éric Rohmer, por causa dos diálogos longos, e de Ozu, por conta das situações cotidianas. Ainda há um humor ácido que pode lembrar Woody Allen. Sang-Soo tem todo um esquema de produção próprio e escreve os roteiros no mesmo dia em que as cenas são filmadas.

Peculiaridades

Os filmes escolhidos para a mostra passam por muitas peculiaridades, proporcionando ao público uma visão panorâmica sobre a obra de Hong. O cineasta procura versar sobre a ternura dos fracassos e a improbabilidade dos encontros. A mostra Hong Sang-Soo – A repetição da vida é uma realização do Luzes da Cidade – Grupo de Cinéfilos e Produtores Culturais e Insensatez Audiovisual. A programação completa está no site www.mostrahongsangsoo.com.br.

Programação:

10 de dezembro (terça-feira)

18h30 – O filme de Oki (Oki’s movie, 2010), Coreia do Sul, 80 min, 12 anos

11 de dezembro (quarta-feira)

18h30 – A mulher é o futuro do homem (Woman is the future of man, 2004), Coreia do Sul, 88 min, 16 anos

12 de dezembro (quinta-feira)

18h30 – Noite e dia (Night and day, 2008), Coreia do Sul, 144 mim, 14 anos

13 de dezembro (sexta-feira)

18h30 – Mulher na praia (Woman on the beach, 2006), Coreia do Sul, 127 min, 16 anos

14 de dezembro (sábado)

16h30 – Montanha da liberdade (Hill of freedom, 2014), Coreia do Sul, 66 min, 12 anos

19h15 – Filha de ninguém (Nobody’s daughter haewon, 2013), Coreia do Sul, 90 min, 12 anos

15 de dezembro (domingo)

18h – Hahaha (Hahaha, 2010), Coreia do Sul, 115 min, 12 anos

17 de dezembro (terça-feira)

18h30 – O poder da província Kangwon (The power of Kangwon Province, 1998), Coreia do Sul, 110 min, 16 anos

18 de dezembro (quarta-feira)

18h – Certo agora, errado antes (Right now, wrong then, 2015), Coreia do Sul, 121 min, 12 anos

19 de dezembro (quinta-feira)

18h30 – Como você sabe tudo (Like you know it all, 2009), Coreia do Sul, 126 min, 12 anos

20 de dezembro (sexta-feira)

19h – A visitante francesa (In another country, 2012), Coreia do Sul, 89 min, 12 anos

21 de dezembro (sábado)

16h – A virgem desnudada por seus celibatários (Virgin stripped bareby her bachelors, 2000), Coreia do Sul, 126 min, 16 anos

18h30 – O dia em que ele chegar (The day he arrives, 2011), Coreia do Sul, 79 min, 12 anos

22 de dezembro (domingo)

16h30 – Conto de cinema (Tale of cinema, 2005), Coreia do Sul, 89 min, 16 anos

18h30 – Nossa Sunhi (Our Sunhi, 2013) Coreia do Sul, 88 min, 12 anos

Serviço:

Mostra Hong Sang-Soo – A repetição da vida

Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Cinema 2 (Endereço: Av. Almirante Barroso, 25, Centro – Metrô e VLT: Estação Carioca)

Data: de 10 a 22 de dezembro de 2019 (terça-feira a domingo)

Informações: (21) 3980-3815

Ingressos: R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (meia). Além dos casos previstos em lei, clientes CAIXA pagam meia

Bilheteria: terça-feira a domingo, das 13h às 20h

*Inclusive, há acesso para pessoas com deficiência

Cinema

Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas, com Cida Bento e Daniel Munduruku | Assista aqui

Veja o filme que aborda ações afirmativas e o racismo na ciência num diálogo contundente

Publicado

em

Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku

Na última quinta-feira (23), fomos convidados para o evento de lançamento do curta-metragem Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku. Aconteceu no Museu da República, no Rio de Janeiro.

Após a exibição um relevante debate ocorreu. Com mediação de Thales Vieira, estiveram presentes Raika Moisés, gestora de divulgação científica do Instituto Serrapilheira; Luiz Augusto Campos, professor de Sociologia da UERJ e Carol Canegal, coordenadora de pesquisas no Observatório da Branquitude. Ynaê Lopes dos Santos e outros que estavam na plateia também acrescentaram reflexões sobre epistemicídio.

Futura série?

O filme é belo e necessário e mereceria virar uma série. A direção de Fábio Gregório é sensível, cria uma aura de terror, utilizando o cenário, e ao mesmo tempo de força, pelos personagens que se encontram e são iluminados como verdadeiros baluartes de um saber ancestral. Além disso, a direção de fotografia de Yago Nauan favorece a imponência daqueles sábios.

O roteiro de Aline Vieira, com argumento de Thales Vieira, é o fio condutor para os protagonistas brilharem. Cida Bento e Daniel Munduruku, uma mulher negra e um homem indígena, dialogam sobre o não-pertencimento naquele lugar, o prédio da São Francisco, Faculdade de Direito da USP. Um lugar opressor para negros, pobres e indígenas.

Jacinta

As falas de ambos são cheias de sabedoria e realidade, e é tudo verdade. Jacinta Maria de Santana, mulher negra que teve seu corpo embalsamado, exposto como curiosidade científica e usado em trotes estudantis no Largo São Francisco, é um dos exemplos citados. Obra de Amâncio de Carvalho, responsável por colocar o corpo ali e que é nome de rua e de uma sala na USP.

Aliás, esse filme vem de uma nova geração de conteúdo audiovisual voltado para um combate antirracista. É o tipo de trabalho para ser mostrado em escolas, como, por exemplo, o filme Rio, Negro.

Por fim, a parceria entre Alma Preta e o Observatório da Branquitude resultaram em uma obra pontual para o entendimento e a mudança da cultura brasileira.

Em seguida, assista Nenhum saber para trás:

Por último, leia mais:

Fé e Fúria | Documentário inédito estreia no Canal Brasil no novo Dia Nacional do Candomblé

Andança – Os Encontros e as Memórias de Beth Carvalho | Crítica (viventeandante.com)

Yoga De Rua | Enfim, conheça o extraordinário na simplicidade (viventeandante.com)

Continue lendo
Anúncio
Anúncio

Cultura

Crítica

Séries

Literatura

Música

Anúncio

Tendências