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Cinema

Filme ‘Indianara’ tem exibição gratuita em homenagem à Marielle Franco

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'Indianara' ganha exibição gratuita no Rio de Janeiro.

A revolucionária Indianara luta com seu bando pela sobrevivência das pessoas transgêneras no Brasil. No abrigo que ela fundou, nas ruas e nas manifestações, se empenha em colocar em prática seus ideais. Inclusive no relacionamento com Maurício, seu marido. Perto de completar seus cinquenta anos e frente à perda da companheira de luta Marielle Franco e ao avanço do totalitarismo, Indianara junta forças para um último ato de resistência.

A princípio com estreia mundial no último Festival de Cannes, pela mostra ACID, o filme INDIANARA ganha uma Avant-Première no Rio de Janeiro em homenagem à Marielle Franco. O documentário é um retrato de Indianare Siqueira, mulher trans que coordena uma casa de apoio para pessoas transgêneros em situação de risco, a Casa Nem. Aliás, ela é uma revolucionária que milita não só pelos direitos das pessoas LGBTI+, mas também pelos oprimidos da sociedade em geral.

Estilo do Cinema Direto

Com uma narrativa montada no estilo do Cinema Direto, onde não há entrevistas, o filme mostra o dia a dia de sua luta. Além disso, de forma intimista, mostra a relação com o marido, Maurício. Contudo, ele é um “macho alfa”, católico, ex-militar, que forma com ela um desenho improvável das contradições ideológicas que vivemos hoje. Rodado durante dois anos entre o centro histórico do Rio de Janeiro e o subúrbio de Santíssimo, o filme é um documento dos principais eventos políticos do país dos últimos tempos. Em forma de thriller, mergulha com Indianara nos protestos contra Michel Temer, nas manifestações contra a prisão de Lula e na eleição de Jair Bolsonaro.

Indianara é um filme sobre luta. Leia no Vivente Andante.

A luta nas ruas do Rio (divulgação: Sandar Villela)

Marielle Franco, companheira de lutas

É ainda o primeiro filme a apresentar a figura de Marielle Franco, companheira de lutas de Indianara, e que tem participação importante na história. Marielle é homenageada nessa projeção por ocasião dos dois anos de sua morte, que se completam no dia 14 de março. Em suma, o filme superou expectativas e teve uma acolhida inesperada de público e crítica no Festival de Cannes. Foi lançado no final do ano passado nas salas de cinema da França, onde continua em cartaz.

Inclusive, teve destaque na grande imprensa francesa com matérias na France Press, Le Monde, Libération, So Filme, além da Vogue Portugal, dentre outros. Foi convidado para mais de trinta festivais internacionais e, dentre os prêmios recebidos, destacam-se o de Melhor Filme do Festival Mix Brasil, em São Paulo, o Grand Prix Documentaire do Festival Chéries Chéris, de Paris; o de Melhor Filme do Público, no Festival Brésil en Mouvement, também de Paris. A saber, o filme é produzido pela produtora Santaluz, tem a distribuição da O2 Play e é apoiado pela Anistia Internacional França. A previsão de estreia no Brasil é para o primeiro semestre de 2020.

Afinal, veja o trailer:

Serviço:

Data: 10 de março de 2020

Horário: 19 horas
Local: Av. Presidente Antônio Carlos, 58, Centro – Rio de Janeiro

Entrada Franca

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Crítica | Transformers: O Despertar das Feras

Sétimo da franquia é mais do mesmo, mas superior a outros

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transformers o despertar das feras

O início de Transformers O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts) é frenético, com uma boa batalha. Em seguida, conhecemos os protagonistas humanos, que são mais cativantes do que de outros filmes. O rapaz latino Noah Diaz (Anthony Ramos) e seu irmão (Dean Scott Vazquez), o qual serve mais como uma metáfora para o espectador. E a divertida Dominique Fishback, como Elena Wallace.

Nessa primeira parte do filme há algumas boas críticas, como o fato de Elena ser uma estagiária e saber muito mais que sua chefe, porém, sem levar nenhum crédito por isso. Enquanto Noah tem dificuldades de arrumar um emprego. Há aqui uma relevante abordagem sobre periferia (Brooklyn) ao vermos alguns dos desafios da familia de Noah, o que o leva a tomar decisões errôneas. A princípio, é um bom destaque essa caracterização dos personagens, em especial, favorece o fato da história se passar em 1994.

Dessa vez, o diretor é Steven Caple Jr., o qual não tem a mesma capacidade de Michael Bay para explosões loucas e sequências de ação. Steven faz sua primeira participação nesse que é o sétimo filme dos robôs gigantes. Ele era fã de Transformers quando criança e procura mostrar os Maximals (Transformers no estilo animal) de uma maneira autêntica.

Aliás, veja um vídeo de bastidores e siga lendo:

O público alvo do longa é o infanto-juvenil, que pode se empolgar com algumas cenas. Contudo, no geral, o roteiro é um ponto fraco. O Transformer com mais destaque aqui é Mirage, que fornece os instantes mais engraçados da história e faz boa dupla com Noah.

Além disso, as cenas no Peru e a mescla de cultura Inca com os robôs alienígenas é válida, com alguma criatividade e algumas sequências tipo Indiana Jones. Há muitas cenas em Machu Picchu e na região peruana que são belíssimas e utilizam bem aquele cenário maravilhoso. Vemos, por exemplo, o famoso festival Inti Raymi em Cusco, antiga capital do Império Inca, o qual o longa usa com alguma inteligência. Pessoalmente, essas partes me trouxeram lembranças pelo fato de que já mochilei por lá (veja abaixo), então aqui o filme ganhou em em relevância pra mim.

O longa se baseia na temporada Beast Wars da animação e traz o vilão Unicron, um Terrorcon capaz de destruir planetas inteiros. Na cabine de imprensa, vimos a versão dublada, a qual ajuda a inserir no contexto dos anos 90 com gírias da época.

Por fim, dentre os filmes dessa franquia que pude ver, esse sétimo está entre os melhores, apesar de ser somente regular, e conta com momentos divertidos. Além disso, a cena pós-crédito (só há uma) promete um crossover com muita nostalgia, Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas de todo o país na próxima quinta-feira, 8 de junho.

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