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Ju Trevisol volta aos palcos no musical “Cazas de Cazuza” e fala sobre o novo desafio

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A atriz Julianne trevisol integra o elenco do espetáculo musical “Cazas de Cazuza”, dirigido por Rodrigo Pitta, que estreia no dia 20 de novembro, no Vivo Rio. Com quase 30 anos de carreira, esse é o primeiro musical em que ela participa e a novidade tem sido desafiadora e muito prazerosa para a atriz. Ela dá vida à Mia, uma personagem forte, politizada e feminista em busca da liberdade. O enredo faz com que a jornalista vivencie alguns cortes no jornal onde atua como editora. Com isso, passa a acumular funções e ainda vive uma crise no casamento.

“É ela quem paga o aluguel e banca toda a casa porque o marido está desempregado. O espetáculo traz histórias muito reais e parece cada vez mais atual. Isso possibilita a reflexão e estimula o pensamento da plateia sobre aquilo que está sendo contado”, conta Ju Trevisol.

Foto: Ricardo Nunes

 Prazer de voltar ao teatro pós-pandemia

Voltar aos palcos depois de um longo período com os teatros fechados têm trazido renovo para a atriz: “Fui convidada para o teste, passei e decidi enfrentar essa empreitada. Eu amo estar no palco e neste momento pós-pandemia foi uma surpresa maravilhosa participar dessa montagem. É muito bom poder ver os teatros reabrindo, a arte voltando a ocupar o seu espaço e a cultura reexistindo, sobrevivendo”, declara.

O espetáculo é embalado pelas músicas do cantor carioca, Cazuza, e o processo de ensaios foram muito intensos, tiveram dias onde os atores ensaiaram por cerca de 13 horas para apresentar o melhor resultado ao público. “Eu curti as músicas do Cazuza durante minha juventude inteira, são trilhas da minha vida, marcaram acontecimentos importantes. Por esse e outros motivos abracei a oportunidade com todas as forças. Este é um musical que conta histórias, que se propõe a emocionar, a abrir ideias e  fazer refletir”, explica a atriz.

Foto: Ricardo Nunes

Ju conta sobre o desafio de cantar

No entanto, cantar foi um desafio para Julianne. Ela que possui formações em dança e artes cênicas, encarou e encontrou uma nova possibilidade de manifestar a sua arte: “Estou vivendo uma experiência diferente de tudo o que fiz. Tinha algumas ressalvas com o canto porque sou muito exigente comigo. Nunca fui cantora, a música é algo que não estudei como a dança ou o teatro. Sempre busquei formações para trabalhar com propriedade na minha profissão, mas havia pensado na  possibilidade de cantar. Agora estou aqui”, finaliza Ju Trevisol com um sorriso no rosto ao relembrar todo o processo.

Tem live no feriado!

Amanhã, 2 de novembro, às 21h, Juliana realizará uma live ao lado do ator Fernando Prata no Instagram do musical. Lembrando que o elenco também é composto por Paulinho Serra, Janamô, Alexandre Damascena, Ella Fernandes, Grace Nascimento, Gugu Peixoto, Raí Valadão, Alex-Ci, Mavi Carpin, Amanda Brambilla. E estrelado por Jade Baraldo, Leandro Buenno e Yann Dufau.

O espetáculo “Cazas de Cazuza” foi montado pela primeira vem em 2000 por um grupo de jovens artistas e direção de Rodrigo Pitta. A ideia inicial era homenagear o grande cantor brasileiro, dez anos após a sua morte. Na época o sucesso foi grande e a repercussão levou 80 mil pessoas ao teatro. Sendo assim, o desejo de retornar perpetuou e 21 anos após a montagem, o espetáculo chega em curta temporada para mostrar que a obra do artista continua vivíssima!

DATAS E HORÁRIO: Sábado, 20 de novembro às 21h / Sexta, 03 de dezembro às 21h / Sábado, 04 de dezembro às 21h.

LOCAL: Vivo Rio Cazas de Cazuza (Vivo Rio – Av. Infante Dom Henrique, 85 – Parque do Flamengo, RJ)

VALORES:

Setor 1 – R$ 180,00
Setor 2 – R$ 160,00
Setor 3 – R$ 140,00
Setor 4 – R$ 120,00
Setor 5 – R$ 80,00
Camarote A – R$ 180,00
Camarote B – R$ 160,00
Camarote C – R$ 100,00
Frisa – R$ 130,00

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‘O Grande Dia’ de Reinaldo Junior, por Danielle Delaneli

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crítica o grande dia

“O Grande Dia” teve uma nova e curta temporada. Tanto o teatro quanto o cinema são artes capazes de provocar catarse. Vamos esperar de um espetáculo que una as duas artes. “O Grande Dia”, peça filme da Confraria do Impossível, traz o ator Reinaldo Júnior dando vida a vários personagens da história ao longo dos anos. Anônimos e famosos ganham vida como protagonistas das suas narrativas e vivências. O que todos têm em comum? São homens negros, assim como o ator. Um homem negro dando voz e vida a esses personagens.

Com uma dicção impecável e muito desenvoltura em cena, Reinaldo nos apresenta diversos personagens vivos e mortos, cujas vidas passaram pelos mesmos atravessamentos em tempos diferentes na história, além das suas técnicas corporais, uma estrutura que une dois elementos para contar a história.

E assim temos uma peça-filme, tipo de espetáculo que une os efeitos cinematográficos e a poesia do teatro. Aqui esse recurso é muito bem utilizado para contar essas histórias, pois temos a combinação perfeita de tais elementos aliados ao trabalho do ator em cena.

Adversário

O espetáculo tem uma temática extremamente necessária: a luta quotidiana do homem negro por reconhecimento, igualdade, liberdade e claro, contra o maior e mais devastador dos adversários, o racismo. Escancarando os preconceitos em relação a pessoas negras, principalmente homens, que em alguns casos mesmo em posição de prestígio sofrem discriminação por sua cor, com a ajuda de um filme que dialoga diretamente com o ator, temos em cena questões muito debatidas como uma forma de manter vivo a discussão, não para polemizar, mas para iluminar a mente de quem está assistindo, desmistificando certos conceitos estabelecidos na sociedade e demonstrando como eles influenciam de maneira negativa o olhar para o homem negro.

Vale ressaltar o domínio que Reinaldo tem em cena, a sua incrível capacidade de dar vida a personagens tão diferentes, e também a maneira como faz a sua performance em cena. Alia uma dicção impecável com uma voz potente que grita por aqueles que um dia precisaram se calar. O seu corpo expressa cada dor, cada sofrimento, cada experiência das suas personagens. Aliás, que expressão corporal incrível. E que resistência ao atuar, dançar e correr pelo palco. Por fim, não podemos deixar de citar a dramaturgia extremamente tocante e competente.

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