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Cinema

‘Judy’ traz Renée Zellweger indo além do arco-íris | CRÍTICA

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Judy – Muito Além do Arco-Íris é um filme biográfico sobre a eterna Dorothy do clássico “O Mágico de Oz”, de 1939. Contudo, nessa película o que vemos é uma Judy Garland em final de carreira, muito nervosa, com sequelas devido ao abuso de álcool e remédios. Aliás, ela inclusive se esquiva dos ensaios e se apresenta de maneira inconstante no palco, quando não está inteiramente bêbada.

Primeiramente, o filme começa com um close e tem momentos que sugerem uma quebra da quarta parede (quando o filme “fala” com o espectador), porém, logo depois segue sem grandes ousadias. Acompanhamos alguns pedaços da vida de Judy Garland, que está falida devido a muitos maus investimentos e maridos ruins. Assim, acaba aceitando uma ótima oferta do empresário Bernard Delfont (Michael Gambon) para fazer shows durante cinco semanas em uma elegante boate de Londres. Garland espera ganhar dinheiro o suficiente para voltar a Los Angeles e cuidar de seus dois filhos mais novos, Lorna (Bella Ramsey) e Joey (Lewin Lloyd). Enquanto isso, sua filha mais velha, Liza Minnelli (Gemma-Leah Devereux), já é adulta e segue em sua própria carreira.

Há uma emblemática imagem que mostra um microfone – sem uma cantora. A noite de estreia é uma das melhores sequências, misturando jazz e suspense. Um zumbi tentando se superar e renascer como artista. Outra parte interessante é quando ela se junta a dois fãs, divergindo do estilo da maior parte do filme, entregando um momento distinto e bonito. Ao sair, caminha pelos galhos secos em uma fotografia com um melancólico tom azulado. O mergulho da jovem Judy na piscina é lindo: uma faísca de liberdade.

Judy Crítica. Renne merece melhor atriz. Leia no Vivente Andante.
Renée Zellweger merece Oscar de Melhor Atriz (divulgação: Paris Filmes)
Direção ágil e roteiro que não aprofunda

Dirigido pelo britânico Rupert Goold (Macbeth, Rei Lear), há muitas belas cenas e sequências, algumas já citadas, todavia, no geral, poderia ser mais enxuto. O roteiro – raso – é de Tom Edge, baseado em uma peça de Peter Quilter chamada ‘End of the Rainbow’. O trabalho de câmera de Ole Bratt Birkeland é bom e dinâmico juntamente com as fantasias caprichadas de Jany Temime.

Entretanto, sem dúvida alguma, o principal destaque do filme é a atuação acachapante de Renée Zellweger. Ela se entrega completamente ao papel, com muita expressividade corporal e peculiares trejeitos. Porém, o roteiro falho aprofunda pouco na complexidade dos personagens, interações e na vida de Judy, deixando tudo muito somente na sugestão. Mesmo assim, Renée não deixa a peteca cair. A atriz segura o longa-metragem do início ao fim, quase nos fazendo esquecer as falhas estruturais do longa-metragem e a falta de maior profundidade. Não foi à toa que Zellweger ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz e deve levar o Oscar.

Renée nos apresenta uma Garland em fase difícil, insegura. Quando Judy pisa no palco e segura o microfone, não sabe se ainda tem o poder de segurar notas altas. Uma diva em declínio. A saber, Judy Garland morreu de overdose acidental de drogas no ano de 1969, quando tinha somente 47 anos. Contudo, esses problemas com drogas e peso fizeram parte de sua vida desde a infância. Aliás, vemos um pouco disso através de flashbacks que mostram a adolescente Garland (a carismática Darci Shaw) como um fantoche nas mãos do chefe de estúdio Louis B. Mayer (Richard Cordery) que a controlava com pílulas e vigilância constante. Enfim, é o tipo de filme que vale – acima de tudo – pela qualidade de uma atuação.

Trailer:
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Cinema

Cinefantasy conta com a presença de diretores e realizadores

O festival, que ocorre até o dia 09 de dezembro, recebe diretores e realizadores de diversos países.

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Cinefantasy.

Cinefantasy está em sua 15ªa edição. O festival exibe longas inéditos no Brasil como AuxílioO Santo,  e o argentino Maria. Todos contarão com a presença de realizadores dos filmes. Auxílio receberá a diretora Tamae Garateguy. Já O Santo traz a produtora Eva Padró. Maria contará com a presença do diretor Gabriel Grieco. Além disso, o longa espanhol A Capela, também inédito no país, poderá ser visto no festival.

O 15º Cinefantasy – Festival Internacional de Cinema Fantástico – acontece no MIS (Museu da Imagem e do Som) e no Cine Satyros Bijou, com entrada gratuita. A saber, um recorte da programação também está disponível online, para todo Brasil. Ao contrário do que se imagina, não há somente filmes de terror na programação do festival. Compõem o lineup, além de terror, longas e curtas de animação, distopia, fantasia, ficção científica e realismo fantástico. Confira aqui toda a programação.

Auxílio

Sinopse: Em 1931, Emília, uma jovem rebelde e desafiadora, é enviada por seu pai para um convento. Sua chegada desencadeia manifestações paranormais no local, que se tornam cada vez mais fortes para todos as internas, religiosas e detentas com doenças mentais, mas ainda mais para Emília, como um grito de socorro impossível de ignorar.

Auxílio estará em cartaz na quinta-feira, dia 07 de dezembro, às 18h no MIS.

Auxílio.
Crédito: Divulgação.

AUXILIO – THE POWER OF SIN

Ficção | Horror | 80′ | Cor | 2023 | 14 anos | Argentina e Colômbia

Direção: Tamae Garateguy

Roteiro: Miguel Forza de Paul

O Santo

Sinopse: Esta é a história de Rubén, um curandeiro de origem humilde que atende seus pacientes em uma pequena sala comercial onde também mora. Sua fama é modesta, mas não suas técnicas de cura, que são extravagantes e perturbadoras. Com a aparição de Benjamin, sua sorte mudará: ele se tornará popular e gerará um culto ao seu redor, que crescerá e se tornará um santo aos olhos dos demais. Mas essa fama vai acabar sendo o seu próprio inferno.

O Santo também estará no MIS no dia 07 de dezembro (quinta-feira), porém às 20h.

O santo
Crédito: Divulgação.

O SANTO

Ficção | Drama, Fantasia | 86′ | Cor | 2023 | 14 anos | Argentina

Direção e Roteiro: Agustin Carbonere

A Capela

Sinopse: A mãe da jovem Emma está em estágio avançado de uma doença terminal. Ela foge da situação concentrando seus esforços na comunicação com o espírito de uma menina que acredita que mora na capela de sua vila. Para isso, ela recorre a Carol, que dizem ser médium, na esperança de que ela possa ajudá-la a atingir seu objetivo.

A Capela estará em cartaz no dia 08 de dezembro, sexta-feira, no MIS, às 18h.

A capela
Crédito: Divulgação.

A CAPELALA ERMITA

Ficção | Horror | 105′ | Cor | 2023 | 14 anos | Espanha

Direção: Carlota Pereda

Roteiro: Carlota Pereda,  Albert Bertran e Carmelo Viera

Maria

Sinopse: Alina é engenheira de som de cinema. Um dia ela é convidada para fazer o som direto para um filme erótico no qual Maria Black, uma famosa estrela do gênero que havia se aposentado, participaria. Quando Maria tem um ataque cardíaco e morre no meio das filmagens, e os produtores decidem não chamar a polícia, é desencadeada uma série de eventos sinistros e inesperados que colocarão em risco a vida de todos.

Maria pode ser visto às 20h, no dia 08 de dezembro (sexta-feira), no MIS.

Maria
Crédito: Divulgação.

MARIA

Ficção | Ficção Científica | 70′ | Cor | 2023 | 14 anos | Argentina

Direção: Gabriel Grieco e Nicanor Loreti

Roteiro: Nicanor Loreti

Noite de encerramento

No dia 09 de dezembro, sábado, acontece o evento de encerramento do Cinefantasy. Nessa noite, haverá a première nacional do longa A Maldição do Queen Mary, de Gary Shore. Além disso, ocorrerá, também, a Cerimônia de Premiação, onde anunciarão os vencedores das mostras competitivas de longas e curtas, além do prêmio especial ao homenageado desta edição, o produtor Rodrigo Teixeira.

Fique, por enquanto, com o trailer do filme de Gary Shore:

Serviço

Quando: até o dia 09 de dezembro (sábado)

Onde:

MIS SP – Museu da Imagem e do Som (Av. Europa, 158 – Jardim Europa)

Cine Bijou (Praça Franklin Roosevelt, 172 – Consolação)

SPCine Play

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