“Todos em pé, irmãs, porque agora é a gente que vai ensinar a oração”, assim será aberta a temporada do espetáculo Missa Criola, às 20h, no dia 02 de abril, em transmissão no Facebook oficial: facebook.com/missacriola21, diretamente do Teatro FIRJAN Sesi Centro. Em decorrência da pandemia provocada pelo novo Coronavírus, como medida de segurança, a apresentação será gratuita e acontecerá virtualmente. O trecho em questão integra a canção homônima ao musical e convida o público para assistir uma festa da raça que louvará várias personalidades da comunidade preta que lutaram contra o racismo.
Criado por João Biano, o espetáculo tem seu nome inspirado na obra argentina Misa Criolla, de Ariel Ramirez. O repertório autoral homenageia figuras importantes como: Elisa Lucinda, Mãe Menininha do Gantois, Johnny Alf e Lélia Gonzales. O ineditismo do Missa Criola está não somente nas canções – com destaque para a canção “Negro Mar”, cantada em “Pretuguês”, um poema bossanovista que enaltece a inserção afro brasileira na língua portuguesa. A boa notícia, além da estreia, é que o musical permanecerá disponível na rede por tempo indeterminado.
Autoral
“Missa Criola é um espetáculo autoral de canções que falam do povo prete, em suas mais variadas vertentes. A proposta é enaltecer a comunidade preta, falar sobre nossas dores sim, mas, não só. O show tem muita festa, fé, comunhão, irmandade, criatividade, alegria e inclusão. Além do cunho informativo, a Missa é inclusiva, na qual a apresentação é só a ponta do iceberg, uma vez que toda a produção é pensada com a finalidade de dar protagonismo, inclusive, aos profissionais que atuam no musical”. Explica, Biano.
Dirigido pelos multi-instrumentistas, Rach Araújo e Tiago Machado, o espetáculo será composto por 14 canções, que farão paralelos entre o passado e o presente da comunidade preta e contará com a participação de dez musicistas, entre cantores e instrumentistas. Ambos são categóricos ao afirmarem que o público poderá esperar por um show com muita emoção nesta grande celebração.
“Acredito que a história aqui no Brasil precisa ser contada pelas pretas e pretos que construíram com sangue, suor, inteligência, paciência, música, cultura, sabedoria e Ancestralidade. Portanto, contaremos essa história através de músicas inéditas e arranjos pensados especialmente para o espetáculo”, afirma, Tiago.