Cinema
O Menino que Descobriu o Vento | Filme impulsiona a não querer desistir
Publicado
4 anos atrásem
Para quem deseja a indicação de um filme para assistir com a família em período de pandemia, a sugestão da semana é: O Menino que Descobriu o Vento (The Boy Who Harnessed the Wind). A saber, o filme teve sua estréia em 2019 e narra a história de uma família que vivia em extrema pobreza em um povoado africano chamado Malawi. Porém, apesar das péssimas condições de vida os integrantes dessa família encontram forças para superar alguns limites e reagir às péssimas condições de vida que viviam.
Sem dúvidas, um grande destaque dessa história é Willian Kamkwamba, vivido pelo ator Maxwell Simba. A trama conta a história de um menino de 14 anos, que tenta, através de sua inteligência, garra e força de vontade, estudar. Além disso, quer mudar sua realidade de vida, contribuir para mudanças na vida de seus familiares e de toda a população de Malawi. Outro grande destaque do filme é que temos em cena o diretor da obra. O pai do menino que protagonizou a história, o ator Chilwetel Ejiofor. Chilwetel ultrapassou seus limites ao dirigir e atuar nessa obra.
Dilema
A família do menino, composta por seu pai, mãe e irmã, no decorrer da trama, se depara com algumas dificuldades. Entre elas, seca, fome, falta de condições financeiras para manter os estudos dos filhos, e outras. De acordo com a história, o que mais contribuía para o crescimento dessas dificuldades eram as corrupções políticas vividas na época, o clima enfrentado, hora seco ou bastante chuvoso, o que desencadeava dificuldades nos trabalhos nas lavouras gerando grande desemprego na região.
O garoto enfrenta um grande dilema pelo fato de seus pais não terem condições de arcar com seus estudos. A força demonstrada por Willian acabou superando todos os obstáculos que se opuseram à ele. Em O Menino que Descobriu o Vento se destacam alguns gestos de força e amor que acabam funcionando como grandes influenciadores para quem o assiste. Afinal, o que é melhor, a história nos impulsiona a não querer desistir.
Ademais, leia mais:
Banquete Coutinho | Documentário apresenta personas de Eduardo Coutinho
Um Preto Velho chamado Catoni | Sábio compositor é destaque na 15ª CineOP
Mostra de Cinema de Ouro Preto | Show inédito de Lô Borges Trio encerra programação gratuita
Denilson do Santos é jornalista com especialização em Jornalismo Cultural pela UERJ.
Você pode gostar
‘Névoa prateada’, de Sacha Polak, é filme para refletir | Crítica
XV Festival de Cinema da Fronteira divulga programação
‘Morando com o crush’, com Giulia Benite, estreia em maio
Festival Curta Cinema | 33ª edição tem início em 17 de abril
Embaúba Filmes lança longas que refletem sobre modo de viver dos povos indígenas
‘Ghostbusters: Apocalipse de gelo’ é divertido, mas não arrebata | Crítica
Cinema
‘Névoa prateada’, de Sacha Polak, é filme para refletir | Crítica
O longa estreia no dia 18 de abril nos cinemas de Brasília e São Paulo.
Publicado
15 horas atrásem
18 de abril de 2024Por
Livia BrazilNévoa prateada é um filme arrebatador que, com certeza, não vai passar incólume. O longa propicia emoções intensas, sejam elas positivas ou negativas. Fato que muitos não irão gostar. Alguns podem considerá-lo extremo demais, pesado demais. Os espectadores acostumados a tratar o cinema somente como forma de entretenimento e diversão provavelmente não irão gostar, já que é um filme que propõe análise e questionamentos. E que retrata uma realidade comum em alguns lugares da Inglaterra – e também de outros locais. Contudo, para quem gosta de assistir filmes que criticam a sociedade e comportamentos é um prato cheio. E para quem pretende aprender com o audiovisual também.
Mas sobre o que fala Névoa prateada?
A protagonista do filme é Franky, uma enfermeira de 23 anos que vive com a família em um bairro no leste de Londres. Obcecada por vingança e com a necessidade de encontrar culpados por um acidente traumático ocorrido há 15 anos, ela é incapaz de se envolver em um relacionamento com alguma profundidade. Até que se apaixona por Florence, uma de suas pacientes. As duas fogem para o litoral, onde Florence mora com a família. Lá, Franky encontrará o refúgio emocional para lidar com as questões do passado.
A saber, a atriz Vicky Knight, intérprete de Franky, venceu o Prêmio do Júri do Teddy Award do Festival de Berlim. Além disso, o longa recebeu indicação de Melhor Filme no Panorama Audience Award e foi destaque na programação da 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. Participou, também, dos prêmios Dinard British Film Festival (vencedor como melhor filme), Tribeca Film Festival (indicado ao Best International Narrative Feature), FilmOut San Diego US, Sunny Bunny LGBTQIA+ Film Festival, entre outros.
A diretora de Névoa prateada, Sacha Polak, costuma levar para filmes temas difíceis, que poderiam facilmente ser assunto de terapia. A necessidade de se sentir amada, preconceitos, dificuldade de esquecer uma situação, aceitação. No longa em questão, Sacha trata de vários assuntos, como autoaceitação e, também, dificuldade de perdoar. Porém, apesar de ter uma gama de temas, o filme não se torna cansativo ou confuso. Muito pelo contrário, o roteiro passa para o espectador muito bem todos os conflitos da protagonista.
Além disso, Franky não é apresentada de forma piegas ou clichê. Por ter sido vítima de um incêndio, a personagem tem marcas em sua pele que poderiam, em uma narrativa mais lugar comum, transformá-la em uma pessoa que se vitimiza ou que é vista como coitadinha o tempo todo pelos outros. Mas não é isso que Sacha quer passar para quem assiste. E, apesar de não ter uma vida fácil, é possível enxergar Franky para além de suas cicatrizes. Franky é uma personagem complexa, completa e muito bem desenvolvida, tanto pelo roteiro quanto por sua intérprete.
Talvez por já ter trabalhado com Sacha Polak anteriormente, Vicky Knight tem facilidade em transpor para a tela os conflitos internos de Franky sem deixá-la simples demais ou transformá-la em um mártir. Também ajuda ter passado por situações parecidas com as da personagem. O fato é que foi justo o prêmio Teddy Awards que Vicky recebeu, já que consegue trabalhar nos detalhes, algo que nem todo ator tem sucesso.
Fotografia
Apesar de ser um recurso bastante comum, não deixa de ser interessante ver o filme em cores mais frias, já que Franky não tem uma vida fácil e passa por conflitos internos durante todo o filme. Também é possível que tal característica seja por ter sido filmado na Inglaterra, onde não há mesmo muito sol. Todavia, fica claro que Sacha Polak – e também a fotografia de Tibor Dingelstad – quis expressar o interior de Vicky nas cores frias que vemos nas cenas.
Além disso, a escolha de planos abertos quando Vicky se encontra perdida em sua vida e planos mais fechados quando ela começa a se encontrar ajudam a contar a história da protagonista. E, também, de sua coadjuvante, Florence. Aliás, Esme Creed-Miles arrasa na interpretação da menina totalmente sem rumo e influenciável. Se há algo negativo nesse filme é que Florence poderia ter tido mais espaço. E também, talvez, poderia ter havido mais cenas de Franky e Alice. Vicky Knight e Angela Bruce têm uma química muito boa em tela e poderia ter sido mais explorada.
Para resumir, é um filme bastante introspectivo, bonito e reflexivo, que mostra, de forma original, o valor das pessoas que nos rodeiam. Névoa prateada estreia no dia 18 de abril nos cinemas de Brasília e São Paulo.
Por fim, fique com o trailer:
Ficha Técnica
NÉVOA PRATEADA (Silver Haze)
Holanda, Reino Unido | 2023 | 1h42min. | Drama
Direção e roteiro: Sacha Polak.
Elenco: Vicky Knight, Esme Creed-Miles, Archie Brigden, Angela Bruce, Brandon Bendell, Carrie Bunyan, Alfie Deegan, Sarah-Jane Dent.
Produção: Viking Films.
Distribuição: Bitelli Films.
POR FIM, LEIA MAIS:
Crítica: ‘Sem Coração’, vencedor do Prêmio Felix de Melhor Filme Brasileiro no Festival do Rio 2023
‘Guerra Civil’, com Wagner Moura e Kirsten Dunst, chega aos cinemas em abril, veja o trailer
‘Uma família feliz’ é suspense brasileiro de qualidade | Crítica
‘Névoa prateada’, de Sacha Polak, é filme para refletir | Crítica
XV Festival de Cinema da Fronteira divulga programação
‘Morando com o crush’, com Giulia Benite, estreia em maio
Shows internacionais que o Brasil verá em maio
Cultura
XV Festival de Cinema da Fronteira divulga programação
O evento gratuito acontece de 23 a 27 de abril de 2024 nas cidades de Bagé (RS), Sant'Ana do Livramento...
Ópera ‘O Elixir do Amor’ volta ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro
O espetáculo estreia no dia 19 de abril após duas décadas ausente do Municipal.
Os Bruzundangas: O musical fará sua estreia no CCBB RJ
Renato Carrera e Dani Ornellas, renomados nomes do teatro, embarcaram em uma jornada de criação teatral que culminou na fundação...
Capitu Café apresenta sarau de escrita que dialoga com Clarice Lispector
O Sarau Mulher: Corpo, Fala e Escrita terá presença de nove escritoras contemporâneas.
Crítica
‘Névoa prateada’, de Sacha Polak, é filme para refletir | Crítica
O longa estreia no dia 18 de abril nos cinemas de Brasília e São Paulo.
Conheça o ‘Stalker’ do Estação Net
Em um dia ensolarado de março, as ruas de Botafogo estavam agitadas com uma atmosfera cultural única. O Estação Net,...
‘Ghostbusters: Apocalipse de gelo’ é divertido, mas não arrebata | Crítica
O novo filme da franquia estreia no Brasil nesta quinta-feira, dia 11 de abril.
‘Evidências do amor’ | Crítica
Novo filme de Pedro Antônio tem Fábio Porchat e Sandy como protagonistas.
Séries
‘Bipo’, série infantil nacional de animação, estreia na TV Brasil
A série, que conta a história de uma trupe circense, estreia em 3 de abril.
‘Parasyte: The Grey’ | Série de ficção-científica estreia em abril na Netflix
O que aconteceria se formas de vida parasita se infiltrassem na Coreia do Sul? Essa premissa arrepiante ganha vida no...
‘No ano que vem’, dirigida por Maria Flor, estreia no Canal Brasil
Com Julia Lemmertz e Jeniffer Dias, série estreia em 4 de março.
Série ‘Como elas fazem’ investiga processo criativo de realizadoras brasileiras
Série estreia em 21 de fevereiro na internet, om acesso gratuito.
Literatura
Entrevista exclusiva com a escritora Lícia Mayra | “Quando nossos livros ganham alguma relevância, são nichados como ‘literatura feminina’, como se não pudéssemos ser, também, universais.”
A autora de "Vingança é um prato que se come com Chandon" fala sobre o livro e sua jornada como...
Cléo Busatto, finalista do Jabuti 2023, publica releitura de antiga parlenda
O objetivo da autora com "Cadê o toucinho que estava aqui?" é transmitir a sabedoria popular às novas gerações.
Identidade | Professor sofre amnésia e publica livro baseado na experiência
Romance policial "Identidade", de Tom W. Kooper, narra história de médico que sofre um acidente e se vê envolto a...
Clésia Zapelini ressignifica perda do filho em livro
Em lançamento literário, Clésia da Silva Mendes Zapelini narra os aprendizados do nascimento de Caio até a morte precoce do...
Música
Shows internacionais que o Brasil verá em maio
Confira os artistas internacionais que vêm ao Brasil em maio.
Orquestra Violões do Forte de Copacabana e Shalom se apresenta em Madureira
No dia 19 de abril, sexta-feira, às 14h, a Orquestra Violões do Forte de Copacabana e Shalom se apresenta no Arena Carioca Fernando Torres,...
Orquestra Sinfônica Brasileira | Itália é o país homenageado na Série Mundo
Sob a batuta do maestro Ira Levin, a apresentação da OSB conta com a soprano Eliane Coelho como solista.
Circo Voador | Conheça a programação de Abril da Lona
Confira os shows que vão acontecer no Circo Voador no mês de abril.
Tendências
- Cinema2 meses atrás
Crítica: Entenda porque ‘Dias Perfeitos’ é uma sábia aula sobre o agora
- Literatura4 semanas atrás
Clésia Zapelini ressignifica perda do filho em livro
- Eventos1 mês atrás
Luiz Baltar lança exposição “Rio de Cidades” em Nova Iguaçu
- Cinema1 mês atrás
‘Uma vida: A história de Nicholas Winton’ emociona ao narrar a vida de humanitário
- Cinema4 semanas atrás
‘Saudosa Maloca’ leva personagens de Adoniran Barbosa à tela de cinema | Crítica
- Cinema3 semanas atrás
‘Instinto Materno’ | Crítica
- Literatura4 semanas atrás
‘Sra. Capa’, livro de Fabiana C.O., retrata sobrecarga feminina
- Cinema2 meses atrás
Utopia Tropical: com Noam Chomsky e Celso Amorim, o documentário estreia dia 7 de março