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Literatura

O Segredo do Rei | Trama acontece durante as Grandes Navegações

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o segredo do rei

O engenheiro civil Douglas Portelinha morou em diferentes estados brasileiros e também em outros seis países: República Dominicana, Nicarágua, Honduras, Panamá, Angola e Argentina. A experiência com tantas viagens serviram de inspiração para o enredo de O Segredo do Rei.

A trama internacional é ambientada nas Grandes Navegações. No meio do processo de exploração do Oceano Atlântico e Pacífico, datado entre os séculos XV e XVI, uma peripécia envolve a chefe de uma agência de espiões, um cavaleiro templário e um rei ambicioso. Todos lutam pelo controle de dois livros importantes: “Mundus Novus”, com propagandas do Novo Mundo, e “Summa Oriental”, que contém registros de portos e regiões com especiarias.

A saber, vários fatos históricos estão presentes durante a narrativa, como o “Robô de Leonardo”, criado por Leonardo da Vinci. Em 1495, o pintor, arquiteto e engenheiro apresentou ao tribunal de Milão uma máquina robótica operada por roldanas e cabos. O objeto era funcional e podia replicar alguns movimentos.

Fernão de Magalhães

Todos se inclinaram para a frente. Yohanna e Martina deram um passo ao mesmo tempo, encostando ombro a ombro para observar o peito de leão se abrir e aparecer a flor-de-lis dourada com o fundo azul. Um leve barulho de admiração no ar. O rei sorriu e disse: – Ciência! Algumas mentes são capazes de fazer coisas incríveis. Uma mente brilhante fez este autômato. Mas acumular conhecimento leva tempo e dedicação. (O Segredo do Rei, pg. 471)

A trajetória de Fernão de Magalhães, navegador português conhecido por ter realizado a primeira viagem marítima ao redor do mundo, também aparece no romance. Um ano após entrar no navio, ele morreu em Mactan, nas Filipinas, depois de se envolver em um combate com os moradores da ilha e ser preso em uma emboscada.

Mas uma personagem-chave do enredo é a filha de Américo Vespúcio, explorador responsável por escrever sobre o então “Novo Mundo” para os reinos da Espanha e de Portugal. Na narrativa, a sucessora do navegador comanda uma agência de espiões que tem por objetivo proteger os livros “Mundus Novus” e “Summa Oriental” dos inimigos.

Douglas Portelinha foi medalha de prata na categoria “Ficção em Português” na 24ª edição do International Latino Book Awards com “Draco Cola – a cauda do dragão”, sua obra de estreia.

Afinal, O Segredo do Rei conta com arcos narrativos, batalhas mortais e muita aventura.

FICHA TÉCNICA

Título: O Segredo do Rei
Autor: Douglas Portelinha
Editora: Grupo Editorial Atlântico
ISBN/ASIN: 978-989-37-3992-1
Páginas: 490
Preço: R$ 20 (e-book)
Onde comprar: Amazon

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Crítica

Aonde Mora a Vovó?, por Paty Lopes

Um bom livro infantil

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resenha aonde mora a vovo

Aonde Mora a Vovó? Falar da vovó é sempre ótimo, somos todos sempre levados a revisitar o nosso passado, no caso dos pais, um passado mais longevo.

Gilberto Martini, apresenta a obra “Aonde Mora a Vovó?” E dessa vez, posso adiantar que a ilustração de Millão é um plus do livro!

São páginas coloridas, cheias de bichinhos e digo mais, bem contemporâneo, afinal a vovó dessa vez não tem cabelos brancos, nem se veste com aqueles vestidinhos simplórios.

Isso ficou para trás, bem no passado das vovós. O vovô é mais fortinho, com uma aparência mais envelhecida, mas a vovó…

O que também está bem bacana é que a vovó aparenta alegria, minha avó era uma mulher séria, que não se casou novamente, bem diferente da vovó que a minha mãe seria. Nas ilustrações também podemos perceber a influência da nação miscigenada, o que não acontecia pouquíssimo tempo atrás. Millão, merece parabéns por abrir também espaço, abrir o caminho para quem realmente somos. Ele diretamente conscientiza a criança que somos uma nação miscigenada, isso quer dizer, quebrar as pernas do racismo! Se o construímos, acredito que iremos desconstruí-lo.

Os netinhos da vovó, são crianças brancas, pardas, avermelhadas, de cabelos loiros, outros cabelos enrolados, uma bagunça só.

As cores utilizadas também chamaram muito a minha atenção, certamente que as crianças também chamarão.

Acredito que crianças com 4 anos entenderão a mensagem do livro.

A história conta sobre a casa da vovó, tudo de bom que tem lá. Na verdade, uma alusão a tantas coisas que se tem na casa da vovó. São inúmeras e peculiares, isso já sabemos, mas de forma geral, tem muito amor e afeto nessa casa!

Eu mesma lembrei da papa de fubá que minha avó fazia, que após pronto, ela  colocava nos pratinhos Duralex. A fumacinha subindo dos pratinhos, enquanto ela colocava canela estão ainda na minha memória afetiva. Os pratinhos pertenciam a mim e as minhas primas durante as férias.

O livro é de 2020, mas o tema é atemporal, porque as avós são eternas, ainda que em nossas memórias.

“onde mora a vovó, a gente não esquece nunca” (texto), o livro pode até contar uma história ficcional, mas há muita verdade nele. Inclusive quem segue o literário em uma de suas páginas sociais, sabe que o livro é adaptação de poesias criadas por ele, contando sobre os netos que sempre estão por lá. Na verdade, fiquei com vontade de ir lá também, porque vovôs assim, não podemos deixar passar despercebidos. Uma pena, embora meu avô seja até hoje lembrado pelos filhos/meus tios, não o conheci, aliás, nenhum deles.

O livro tem pouco texto, letras grandes, ótimo para crianças no processo da alfabetização.

A diagramação também é excelente, as folhas de papel couchê de boa gramatura e figuras brilhosas.

Dia 23 de setembro as 16 horas, haverá uma tarde de autógrafos na Livraria Travessa Icaraí/Niterói, com atividades lúdicas de desenho com o desenhista e escultor Carlos André Velasco Moreira. Gratuito!

Sobre o autor:

Gilberto Martini nasceu em Niterói, há muitos anos atrás. Tanto tempo já se passou que ele já nem lembra mais quando foi. Formou-se economista na Universidade Federal Fluminense – UFF. Depois, fez pós-graduação em Jornalismo na ESPM – SP. Na universidade, conheceu Sônia e, juntos, tiveram três filhos e (ufa) oito netos. Com eles, filhos e netos, reaprendeu a brincar com a magia da vida.

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