Em O Telefone Preto, Finney Shaw ( Manson Thames) é um rapaz tímido, mas perspicaz, de 13 anos que é raptado por um sádico assassino (Ethan Hawke) de crianças que assola a cidade. Preso em um local a prova de som e com apenas um telefone preto no local, Finney descobre que consegue se comunicar com as outras vitimas do assassino.
Fui pego de surpresa com esse filme, não sabia nada sobre sua história, contudo vi o trailer e me interessou bastante. A princípio, a forma como o diretor Scott Derrickson conduz o filme lembra um pouco a pegada de It – A Coisa, porém de uma forma bem adulta. Sendo assim, vemos a psicopatia do agressor e a sua forma de “brincar” não só com a mente das crianças, mas fisicamente também.
O roteiro constrói um terror sólido e sem pressa, o qual cativa. Acompanhar Finn tentando sair da agonia, sem clichês, prende o espectador. O jovem vai mudando a forma que lida com as ligações e com o terror que vive, mas sem perder a essência infantil.
Almas
As almas das crianças que falam pelo telefone, não só dão dicas, porém mostram dor, sofrimento, não aceitação na morte e etc. São coisas que acrescentam muito e a cena final do psicopata é bem escolhida por isso.
Um ponto alto é a irmã mais nova de Finn, Gwen (Madalene McGraw), que passa desde alívio cômico a fiel escudeira e está sempre auxiliando o irmão, sendo a pessoa mais importante para aché-lo. A construção do personagem dela é o mais impactante sem dúvidas.
O Telefone Preto é um filme com muitos acertos, desde a construção da tensão passando pelos personagens e suas dores, o sadismo do assassino e etc. Estrelando o quatro vezes indicado ao Oscar Ethan Hawke no papel mais assustador de sua carreira, muito afiado, e apresentando Mason Thames em seu primeiro papel no cinema, O Telefone Preto é produzido, dirigido e coescrito por Scott Derrickson, o roteirista e diretor de A Entidade, O Exorcismo de Emily Rose e Doutor Estranho da Marvel.
O roteiro do filme é de Derrickson & C. Robert Cargill (Doutor Estranho, franquia A Entidade), baseado no conto premiado de Joe Hill, de seu best-seller do New York Times, Fantasmas do Século XX.
Por fim, é um longa indicado para os fãs do gênero do terror, com montagem eficiente e um ótimo roteiro, que deixa o espectador imerso. E isso não acontece todo dia, não é mesmo? Estreia no dia 21 de julho de 2022.