Cinema
Quadrinhos no cinema | Por Luciano Bugarin
Publicado
3 anos atrásem
Por
Luciano Bugarin
Quadrinhos no cinema são cada vez mais comuns. Em verdade, histórias em quadrinhos e cinema têm algumas semelhanças entre si tanto na sua forma dinâmica de leitura e narrativa quanto no preconceito que muitas vezes sofrem por quem não reconhece seus méritos artísticos e apenas enxergam estas linguagens como forma de entretenimento vazia e dependente do mercado de consumo.
Embora ambos tenham surgido na forma como conhecemos em fins do século XIX, pode-se apontar suas origens de muitos séculos antes. Desde quando os seres humanos realizavam pinturas nas paredes das cavernas já existiam imagens em sequência.
Aliás, muitas vezes filmes e história em quadrinhos (assim como videogames, mas isso fica para outro dia) foram apontados por educadores e pais como responsáveis por desvirtuar os jovens dos estudos ao proporcionar divertimento sem conteúdo e fútil.
A luta pelo reconhecimento
Histórias em quadrinhos por muito tempo foram muito associadas ao universo infantil. Contudo, um nome desde muito tempo batalhou para que isso mudasse: Will Eisner, criador do personagem Spirit.

A princípio, Eisner fazia quadrinhos de aventura. Em seguida, passou um tempo fazendo arte para o exército americano até que realizou aquela que costuma ser chamada como a primeira graphic novel: “Um Contrato com Deus”, que consiste em quatro contos de dramas humanos passados no Bronx em Nova York. A partir daí ele lançou diversas outras obras neste formato que não deviam em nada aos melhores romances escritos.
A importância dele para o reconhecimento dos autores de quadrinhos como artistas e das HQs como expressão artística é tanta que existe até um prêmio com o nome dele. Eisner também escreveu um livro sobre a arte sequencial. Ou seja, como funciona a linguagem narrativa e visual dos quadrinhos. Temos aí os tipos de enquadramento, cuja lógica é bastante similar aos enquadramentos do cinema.
Qual é a melhor forma de adaptar quadrinhos no cinema?
Por muitos anos alguns quadrinhos foram adaptados no cinema e televisão, como os filmes de Dick Tracy e Superman. Pode-se citar também a clássica série do Batman. Porém essas produções normalmente eram filmes B, ou produções claramente voltadas ao público jovem, sem muitas aspirações além disso. Apenas o entretenimento leve.
Isso tudo mudou quando o filme “Batman”, de Tim Burton, foi lançado em 1989. Pela primeira vez um filme baseado em quadrinhos trazia uma visão mais sombria/adulta iniciando uma era totalmente nova de adaptações de quadrinhos na telona. Essa nova era também ajudou a despertar mais atenção do público em geral para os quadrinhos e assim aumentar seu reconhecimento e visibilidade.

Desde então altos e baixos (alguns muito baixos) fizeram a história dos quadrinhos no cinema. Qual é a melhor forma de se adaptar uma história em quadrinhos no cinema? Sendo totalmente fiel ou mudando para adequá-la a linguagem do filme?
No próximo domingo, dia 12/07, às 17:00, vai rolar uma live no canal do Instagram @lucianobugarinfilmes, que é onde divulgo meu trabalho de cinema e cinema-educação e também dou dicas de filmes. Vou conversar com o ator, dublador e cantor Walter Campos sobre este tema. Não percam!

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Professor de artes e cineasta independente. Sou cinéfilo, fã de Simpsons, entusiasta de artes que fogem do óbvio e músicas barulhentas.

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Cinema
Museu do Amanhã exibirá filmes da Mostra Ecofalante de Cinema durante a SEMEIA, Semana do Meio Ambiente 2023
Serão 10 filmes do mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado a temas socioambientais
Publicado
2 dias atrásem
31 de maio de 2023Por
Redação
Como parte da programação da SEMEIA, a Semana do Meio Ambiente do Museu do Amanhã, o equipamento cultural exibirá 10 filmes da Mostra Ecofalante de Cinema, um dos maiores festivais do Brasil e o mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado a temas socioambientais.
A princípio, as sessões acontecerão entre os dias 6 e 9 de junho e contarão com acessibilidade para pessoas surdas. No dia 7, uma das produções contará também com Closed Caption e, no dia 8 de junho, no feriado de Corpus Christi, a exibição terá, ainda, com Closed Caption, audiodescrição e Libras.
Destaques
A programação da mostra abre no dia 6 de junho com o filme “Águas do Pastaza”, sobre a comunidade Suwa, localizada na fronteira entre o Equador e o Peru.
No dia 7, os curtas “Dia de Pesca e de Pescador” e “Osiba Kangamuke- Vamos lá Criançada” falam sobre como o brincar está inserido no dia a dia das crianças indígenas e como o cotidiano dessas comunidades se reproduzem de forma lúdica.
“Crescer onde nasce o sol” se passa numa comunidade onde o brincar parece não ter lugar e este ato se torna quase uma ação de resistência pelas crianças que, brincando, sonham com um futuro melhor. Por fim, “Aurora, a Rua que Queria Ser Rio” traz a história de um rio reprimido e canalizado para dar lugar ao “progresso”.
No dia 8 de junho, o documentário “Mata” abordará a resistência de um agricultor e uma comunidade indígena diante do avanço das plantações de eucalipto. A sessão será a única com Closed Caption, audiodescrição e Libras. Para encerrar, o último dia abre com “Borboletas de Arabuko”, que retrata o ofício de cultivadores de borboletas no Quênia e como essa prática incomum acabou ajudando a preservar a maior e última floresta remanescente da África Oriental. Em seguida, “Movimento das Mulheres Yarang” documentou a história de um grupo de mulheres do povo Ikpeng, que formou um movimento para coletar sementes florestais e restaurar as nascentes do Rio Xingu, que passa por suas aldeias. Por fim, “Meu Arado, Feminino”, destaca a pluralidade feminina do campo e seu elo com a natureza.
SEMEIA
De 5 a 11 de junho, a SEMEIA, Semana do Meio Ambiente do Museu do Amanhã, que faz parte da rede de equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura, trará uma programação com rodas de conversa, oficinas, filmes, ativações artísticas e shows. Afinal, o objetivo é promover trocas e aprofundamentos sobre temas como preservação da água, saberes tradicionais, soberania alimentar, crise climática, direito à informação e cooperação para a sustentabilidade. Todas as atividades são gratuitas e algumas precisam de inscrição antecipada porque estão sujeitas a lotação.
Em seguida, confira a programação da Mostra Ecofalante durante a SEMEIA:
6 de junho
14h – Mostra Ecofalante
Mostra de cinema
Onde: Observatório
Filme Águas de Pastaza (Inês T. Alves, Portugal, 60′, 2022) *com Libras
Parceria: Mostra Ecofalante
Classificação: Livre
Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)
7 de junho
14h – Mostra Ecofalante
Mostra de cinema
Onde: Observatório
Dia de Pesca e de Pescador (Mari Corrêa, Brasil, 2015, 3′) *com Libras
Osiba Kangamuke- Vamos lá Criançada (Haja Kalapalo, Tawana Kalapalo, Thomaz Pedro, Veronica Monachini, Brasil, 2016, 19′) *com Libras
Crescer onde nasce o sol (Xulia Doxágui, 2021, Brasil, 13′)*com Libras e Closed Caption
Aurora, a Rua que Queria Ser um Rio (Redhi Meron, 2021, Brasil, 10′) *com Libras
Parceria: Mostra Ecofalante
Classificação: Livre
Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)
8 de junho
14h – Mostra Ecofalante
Mostra de Cinema
Mata (Fábio Nascimento, Ingrid Fadnes, 2020, Brasil / Noruega, 79′) *com Libras, Closed Caption e audiodescrição
Onde: Observatório
Parceria: Mostra Ecofalante
Classificação: Livre
Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)
9 de junho
14h – Mostra Ecofalante
Mostra de Cinema
Onde: Observatório
As Borboletas de Arabuko (John Davies, 2020, Reino Unido, 10′) *com Libras
Yarang Mamin – Movimento das Mulheres Yarang (Kamatxi Ikpeng, 2019, Brasil, 21′) *com Libras
Meu Arado, Feminino (Marina Polidoro, 2021, Brasil, 21′) *com Libras
Parceria: Mostra Ecofalante
Classificação: Livre
Inscrições antecipadas via Sympla (lotação limitada a 30 pessoas)


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