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Jazz Funky Sessions | Raphael Cortezi apresenta releituras jazzísticas de Beatles, Stevie Wonder e Coltrane

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Raphael Cortezi em foto de Ubiraventura

Raphael Cortezi mostra sua versatilidade em um registro ao vivo em estúdio de seu já elogiado show “Jazz Funky Sessions”. A mescla de gêneros musicais guia o repertório, com releituras instrumentais de três composições icônicas do século XX: “Mr. Day”, de John Coltrane; “Isn’t She Lovely”, de Stevie Wonder; e “Come Together”, de Lennon e McCartney. Além disso, nos vídeos disponíveis no YouTube, surge uma faixa bônus com uma interpretação de “Billie Jean”, de Michael Jackson.

“O conceito por trás deste projeto foi unir diferentes vertentes e repertório que gosto de tocar, que falam comigo e fazem com que essas canções se comuniquem com o público também. Indo do Jazz ao Pop, Soul e Rock n’ Roll, tudo unido pelo ritmo e pela linguagem do Funk e Soul”, entrega Raphael.

Instrumentista, compositor, arranjador e diretor musical, Cortezi, aos 15 anos, ingressou como bolsista na Fundação das Artes de São Caetano e, dois anos depois, integrou o Conservatório Souza Lima-Berklee, onde estudou violão erudito com Fábio Ramazzina e Luiz Stelzer. Posteriormente, com 17 anos já atuava profissionalmente e aperfeiçoou seus estudos em harmonia, improvisação e arranjo com Lula Galvão, Heraldo do Monte, Rodrigo Morte, Peter Farrell e Aldo Landi.

Canção Instrumental Brasileira

Trabalhou com Ivan Conti “Mamão”, Bocato, Sizão Machado, Lula Galvão, Nailor Azevedo “Proveta”, Itamar Assieri, Sá Reston, Ari Colares, Márcio Negri, Albano Sales, Thiaguinho Silva, Aldo Landi e muitos outros instrumentistas, e com os cantores Dada Yute, Renato Braz, Assucena Assucena (As Baías), Zinho Trindade e Obinrin Trio. Além do Brasil, sua música já esteve presente em diversos países com o show “Bossa Sempre Nova”, ao lado da cantora Luz Lima.

Atualmente tem endorsement da marca Carvalho Lutheria e prepara seu primeiro álbum solo: “Canção Instrumental Brasileira”, com composições autorais e versões ousadas de clássicos como “Upa, Neguinho” (Edu Lobo e G. Guarnieri), “Garota de Ipanema” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) e “Berimbau” (Baden e Vinicius de Moraes). Ele também assina a direção musical dos projetos Raphael Cortezi Em Dobro e À Brasileira.

A saber, o projeto de “Jazz Funky Sessions” teve início em julho de 2019, com a gravação do EP ao lado dos músicos convidados Gabriel Altério (bateria) e Jonatas Francisco (piano/teclados), no Estúdio 99, com Raphael Cortezi assumindo o protagonismo na guitarra.

Por fim, assista a “Jazz Funky Sessions”:

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Música

Bambas do samba: Geraldo Pereira

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Em ocasião do Dia Nacional do Samba lembramos a figura de Geraldo Pereira

”Geraldo Pereira, vara madura que não cai, deixou belos e bons sambas que influenciaram outros segmentos musicais, cujo maior exemplo é a Bossa Nova”
João Nogueira


Você pode não ligar o nome a pessoa, mas certamente conhece algumas de suas músicas: Bolinha de Papel, Falsa Baiana, “Pisei num despacho”, Sem Compromisso (que muitos pensam ser do Chico Buarque), Escurinho são alguns dos inumeráveis clássicos de Geraldo Pereira, cujas composições ajudaram a desenhar o cenário musical do samba . Nascido em Juiz de Fora em 23 de Abril de 1918 o sambista foi morar ainda criança no morro da Mangueira por volta dos onze, doze anos – a idade é imprecisa – e cresceu convivendo com grandes sambistas e malandros do morro. Desde cedo já demonstrava talento para a música – teve aulas de violão com Alfredo Português, Pai adotivo de Nelson Sargento. Aos 17 anos já arriscava suas primeiras composições.


Geraldo Pereira foi um grande cronista social do seu tempo. Através de seus sambas é possível ter uma ideia de como era o Rio de Janeiro na primeira metade do século XX. Ao mesmo tempo que são o retrato de uma época, suas canções se tornaram eternas e até hoje são regravadas e cantadas em rodas de samba em todo o Brasil. Geraldo Pereira Chegou a ter uma música censurada pela ditadura do Estado Novo, chamada Ministério Da Economia, onde ele fala das agruras de um sujeito cuja vida estava tão difícil que sua esposa foi “meter os peitos na cozinha de madame em Copacabana”. A música só veria uma gravação no início dos anos 1980 pela voz do saudoso Monarco.

Quem tomava aulas de violão com Geraldo Pereira pelos bares da Lapa era João Gilberto, que mais tarde seria considerado um dos pais da Bossa Nova. O baiano era um grande admirador da forma como o sambista tocava seu instrumento, aliás Geraldo Pereira é tido como o mestre do samba sincopado. Na linguagem técnica das partituras, síncope significa prolongar o som de um tempo fraco em um tempo forte que vem a seguir. Assim resulta em um ritmo pulado, requebrado, brejeiro, o samba de gafieira, que é diferente daquele tocado nas escolas de samba. Não foi por acaso que nos anos 1960 João Gilberto gravou Bolinha de Papel.

Toda essa genialidade não impediu que Geraldo tivesse uma vida difícil no morro, como a maioria dos sambistas de sua época. Ele sai de cena justamente quando sua carreira começava a se consolidar: na Lapa envolveu-se numa briga com o lendário Madame Satã. Foi golpeado e foi ao chão. Levado para o Hospital dos Servidores veio a óbito no dia oito de Maio de 1955. No carnaval de 1982 Geraldo Pereira foi enredo da Unidos do Jacarezinho. Suas canções até hoje são celebradas. Em suas letras estão sonhos, dores, alegrias e imagens que povoam o imaginário brasileiro. Geraldo Pereira presente!

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