O thriller psicológico “A Jaula”, tem estreia nacional marcada para esta quinta-feira, 17 de fevereiro. O primeiro longa de ficção do jornalista e fotógrafo João Wainer (diretor dos documentários “Pixo” e “Junho – o Mês que Abalou o Brasil”) traz no elenco principal Chay Suede, Alexandre Nero e Mariana Lima, além de participações especiais de Astrid Fontenelle, Mari Moon, Domenica Dias e Wallid Ismail.
Na trama, Djalma (Chay Suede) vê um veículo de luxo estacionado numa rua tranquila e resolve roubar o rádio. Ele entra com facilidade, mas ao tentar sair descobre que está preso, incomunicável e sem água ou comida. Com o passar das horas, o ladrão descobre que caiu numa armadilha arquitetada por um famoso médico (Alexandre Nero), com quem luta pela sua liberdade e sobrevivência. Vingança, justiça e banalização da violência estão entre os temas que o filme levanta, em meio a um embate de tirar o fôlego.
Bolsonaro
O longa remete muito ao momento político do Brasil e é lotado de referências ao Bolsonarismo. Baseado no filme argentino “4×4”, o roteiro original é de Mariano Cohn e Gastón Duprat, a partir de adaptação de João Candido Zacharias. A produção é da TX Filmes, em coprodução com a Star Original Productions, e a distribuição é da Star Distributions.
O filme fornece uma sensação constante de claustrofobia. No cinema, com o ar condicionado bem frio, era fácil se conectar com o protagonista e seu sofrimento, mas também pensamos porque ele escolheu roubar ao invés de buscar um caminho correto de vida. Temos poucas informações sobre o personagem. Sabemos que tem um filho. Acabamos sabendo mais sobre o médico vivido por Alexandre Nero, que tem boa atuação.
A direção é interessante, buscando os ângulos possíveis dentro do carro, da jaula, onde o bandido está preso, vendo as coisas acontecerem ao seu redor sem que ninguém perceba sua existência e sofrimento.
Por fim, o sensacionalismo midiático é outra crítica forte presente na película e de forma bastante eficaz.
Enfim, o trailer:
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