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No útero não existe gravidade
Literatura e HQNotícias

Resenha | No útero não existe gravidade

Por
Júlia Cunha
Última Atualização 20 de março de 2023
4 Min Leitura
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“No útero não existe gravidade” conta a história de uma mulher que, desde seus sete anos de idade, tem a vida envolta por diversas mortes, concretas e simbólicas. Essa mulher, que é formada por várias outras mulheres e por experiências extremamente traumáticas, vive sob o constante tormento das lembranças, na tentativa de separar as memórias dolorosas de sua própria história de vida.

Dentre os traumas presentes na obra, o percurso da personagem é marcado pelo abandono materno, assédio, medo do inferno, solidão e decepções do coração. Na busca por escapar desses tormentos, deambulando entre a realidade e o delírio, ela recorre à automutilação e a tentativa de matar-se aos pouquinhos deixando de comer.

Devido ao conteúdo pesado, o livro, por vezes, chega a ser indigesto. Esmaga nosso estômago e nos faz sentir dor por tudo que irrompe o corpo e mente da personagem principal. Mas a linguagem é tão envolvente que nos leva em uma leitura frenética e torturante através de poética repleta de cores, frutas, objetos despedaçados. Além disso, vem tudo através de uma narrativa reflexiva e atenta aos detalhes cruéis da vida cotidiana.

Misto de gêneros

O livro “No útero não existe gravidade” ganhou publicação em maio deste ano pela Editora Penalux. A obra é um misto de gêneros, pois a divisão de seus textos permite que ela seja lida tanto como um livro de contos, bem como um romance, em ambos os casos, rico em linguagem poética; e conta com colagens lindas e intrigantes de Monique Malcher. Apesar de ser uma ficção, a história traz muito da experiência pessoal da autora, Dia Nobre, que a dedicou:

“às mulheres que temiam
olhar no espelho
e agora fazem dele uma arma”

Dia Nobre, além de literata, é Ph.D em História. Hoje, vive em Petrolina, Pernambuco, mas pertence ao Cariri, Ceará. Como professora universitária, trabalha com projetos nas áreas de literatura, história, lesbianidades e feminismo. Voltada ao seu trabalho enquanto historiadora, é autora dos livros “O teatro de Deus” (Ed.UFC, 2011) e “Incêndios da Alma” (Multifoco, 2016). Já no campo da arte literária, além de “No útero não existe gravidade”, publicou “Todos os meus humores”, pela Editora Penalux em 2020, e participou da C’oletânea VISÍVEIS – I Anuário Filipa Edições” e “Antes que eu me esqueça – 50 autoras lésbicas e bissexuais hoje” (Quintal Edições, 2021).

Por fim, a leitura de “No útero não existe gravidade” vale a pena, tanto pela poética dolorosa e encantadora, como pelas reflexões sobre padrões sociais que a experiência com a personagem nos suscita e que são de extrema relevância.

Ademais, veja mais:

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Tags:crítica dia nobredia nobrelivros feministas
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PorJúlia Cunha
Formada em Letras e estudante de Jornalismo Cultural. Apaixonada por samba, literatura, cultura popular e pelo tricolor das Laranjeiras.
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