Rio de Janeiro, a Cidade Maravilhosa, tem ciclovias que margeiam a Zona Sul da cidade e sua orla, como no bairro de Botafogo. Ali é possível ver alguns dos motivos do apelido que essa cidade ganhou e é conhecida mundialmente. Essa ciclovia específica vem do bairro da Urca, majoritariamente residencial, bastante tranquilo e isolado. É considerado um dos mais agradáveis do Rio de Janeiro, situado entre o Pão de Açúcar e a Fortaleza de São João. Coladinho, vem Botafogo, em um estilo completamente diferente, com intenso movimento de transeuntes de todos os tipos.
Botafogo é um dos bairros mais movimentados da cidade com o privilégio de ter uma belíssima enseada e a vista para o morro do Pão de Açúcar. O bairro conta com um intenso comércio, uma grande presença de escolas, muitas clínicas, hospitais particulares e é sede de empresas diversas. Indubitavelmente, um dos principais pólos de saúde e educação da cidade. Culturalmente, Botafogo conta com muitos cinemas, teatros, boates, casas de show e museus. Aliás, devido a uma forte presença de eventos com bandas novas e independentes, hipsters e muitas opções gastronômicas e noturnas, ganhou o apelido de BotaSoho. Dizem por aí que lembra esse que é um dos bairros mais populares do Brooklyn, em Nova Iorque, o Soho.
Aterro do Flamengo
Em seguida, pedalando pela cinematográfica ciclovia chegamos no Aterro do Flamengo, um grande complexo de lazer. Vai do Aeroporto Santos-Dumont, no bairro do Centro, até o início da Praia de Botafogo. Inclusive, é o maior parque urbano público do Rio. Além disso, foi idealizado pela arquiteta autodidata Maria Carlota Costallat de Macedo Soares (1910-1967), que quis criar um parque convencional, com fontes, bancos, bustos de celebridades e playgrounds, de forma que contribuísse para a melhoria da qualidade de vida da cidade. Contudo, o projeto contou também com a participação de uma equipe que reunia profissionais de muitas outras áreas. Entre eles, os arquitetos Affonso Eduardo Reidy (1909-1964), Sérgio Wladimir Bernardes (1919-2002) e Jorge Machado Moreira (1904-1992). Juntamente participaram o paisagista Roberto Burle Marx (1909-1994) e o botânico Luiz Emygdio de Mello Filho (1913-2002).