Conecte-se conosco

Crítica

The Rain | Leia a crítica da terceira temporada que traz ação na dose certa

Publicado

em

The Rain terceira temporada. Leia a crítica.

The Rain é uma série dinamarquesa. Aliás, acredito que a primeira a ser bem divulgada para fora de seu país na Netflix. Contudo, ainda assim soou muito subestimada pelo grande público, não alcançando números como o de gigantes estrangeiros como La Casa de Papel e Dark. De qualquer forma, The Rain sempre mostra bons conflitos pessoais e motivações com uma boa veracidade, graças a eficientes atuações e bons produtores.

Se você já viu as outras temporadas, corra e veja logo para não tomar spoilers. Porém, se nunca viu nada, veja, vale muito. Principalmente pela premissa inovadora e por ser feita fora de Hollywood, afinal, hoje, vários países tem suas próprias produções que não devem nada a essa indústria.

Rasmus e a terceira temporada

Acompanhamos até aqui a história de Rasmus (Lucas Lynggaard Tønnesen) e Simone (Alba August). Eles são irmãos que ficaram por seis anos em um bunker (tipo um local escondido e protegido) após uma misteriosa chuva matar as pessoas. Por fim, nessa terceira temporada esperamos as respostas dos segredos que cercam a vida principalmente de Rasmus. Por que ele é a chave de tudo? Quais segredos guarda?

A terceira temporada começa com Rasmus em um local fechado com alguém, enquanto Simone está com o grupo procurando ele.  Ainda por cima, o grupo o culpa por mortes que ocorreram.  Rasmus seria quase como um Messias da série, alguém que teria poder para destruir ou reconstruir o planeta, mas que na maior parte do tempo não passa de um garoto confuso e ingênuo e que acaba acreditando no que dizem quase sem hesitar. Martin (Mikkel Følsgaard) é o típico sobrevivente, durão e racional, mas com um bom coração no fundo, alguém muito importante e necessário principalmente para auxiliar Simone.

Confira o trailer da terceira temporada de The Rain:

Héroi ou Vilão?

Rasmus é tido como herói pela galera da cidade. Além disso, pretendem que ele infecte todas as pessoas, a princípio, para salvá-las, mas não se sabe ao certo até porque quem entrou em contato com o que Rasmus tem morreu. Dessa forma, ele tem ficado muito inconstante com suas emoções, passando muito rápido da calma pra ira. Então, no conjunto com sua ingenuidade, fica difícil conseguir confiar se ele está certo ou errado sobre algo.

Muitas convicções mudam de lado a cada nova revelação, mas deixam você querendo ver mais e entender onde tudo vai chegar. Enquanto a Apollon quer usar o Rasmus para espalhar o vírus e infectar todo mundo, Simone tenta colocar na cabeça de seu irmão que isso não vai ajudar. Assim, o embate começa a tomar proporções maiores.

Muitas surpresas

Alguns questionamentos ficam dessa terceira e última temporada, até onde o que acreditamos é o certo? Somos humildes pra aprender com nossos erros? o que a ambição do ser humano pode fazer?

“Dê poder a um homem, e descobrirá quem realmente é” – Maquiavel

Essas e outras muitas perguntas serão respondidas nessa terceira temporada, mostrando que além de bem amarrada foi sempre direto ao ponto, sem barrigas de roteiro e com um ritmo que cai muito bem. A construção das personalidades e as mudanças são quase perfeitas entre os episódios, os plot twists não param de acontecer e você fica junto com eles sem saber que ação será a próximas e se será benéfica ou não para todos. Muitas surpresas nessa última temporada!

A série é curta, a primeira temporada com 8 episódios e as outras duas com 6 episódios, ou seja, é perfeita para maratonar. Os embates nessa temporada são muito inesperados, às vezes , você vê que a pessoa que você achava que existia, não existe mais…

No mais, três temporadas muito boas, um arco bem fechado, mistério e ação na dose certa. Enfim, uma série rápida sem enrolação, se você procura algo nesses moldes, The Rain é a dica.

Ademais, veja mais:

Trilogia de Baztán | ‘Oferenda à Tempestade’ chove, mas não molha
Rede de Ódio | Filme polonês aborda fake news e política
Coisa Mais Linda | Segunda temporada traz as ‘Girls from Ipanema’ contra mundo machista

Anúncio
1 Comentário

1 Comentário

  1. Débora Morais

    10 de agosto de 2020 at 01:30

    Achei essa terceira temporada sofrível.

Escreve o que achou!

Cinema

Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas, com Cida Bento e Daniel Munduruku | Assista aqui

Veja o filme que aborda ações afirmativas e o racismo na ciência num diálogo contundente

Publicado

em

Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku

Na última quinta-feira (23), fomos convidados para o evento de lançamento do curta-metragem Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku. Aconteceu no Museu da República, no Rio de Janeiro.

Após a exibição um relevante debate ocorreu. Com mediação de Thales Vieira, estiveram presentes Raika Moisés, gestora de divulgação científica do Instituto Serrapilheira; Luiz Augusto Campos, professor de Sociologia da UERJ e Carol Canegal, coordenadora de pesquisas no Observatório da Branquitude. Ynaê Lopes dos Santos e outros que estavam na plateia também acrescentaram reflexões sobre epistemicídio.

Futura série?

O filme é belo e necessário e mereceria virar uma série. A direção de Fábio Gregório é sensível, cria uma aura de terror, utilizando o cenário, e ao mesmo tempo de força, pelos personagens que se encontram e são iluminados como verdadeiros baluartes de um saber ancestral. Além disso, a direção de fotografia de Yago Nauan favorece a imponência daqueles sábios.

O roteiro de Aline Vieira, com argumento de Thales Vieira, é o fio condutor para os protagonistas brilharem. Cida Bento e Daniel Munduruku, uma mulher negra e um homem indígena, dialogam sobre o não-pertencimento naquele lugar, o prédio da São Francisco, Faculdade de Direito da USP. Um lugar opressor para negros, pobres e indígenas.

Jacinta

As falas de ambos são cheias de sabedoria e realidade, e é tudo verdade. Jacinta Maria de Santana, mulher negra que teve seu corpo embalsamado, exposto como curiosidade científica e usado em trotes estudantis no Largo São Francisco, é um dos exemplos citados. Obra de Amâncio de Carvalho, responsável por colocar o corpo ali e que é nome de rua e de uma sala na USP.

Aliás, esse filme vem de uma nova geração de conteúdo audiovisual voltado para um combate antirracista. É o tipo de trabalho para ser mostrado em escolas, como, por exemplo, o filme Rio, Negro.

Por fim, a parceria entre Alma Preta e o Observatório da Branquitude resultaram em uma obra pontual para o entendimento e a mudança da cultura brasileira.

Em seguida, assista Nenhum saber para trás:

Por último, leia mais:

Fé e Fúria | Documentário inédito estreia no Canal Brasil no novo Dia Nacional do Candomblé

Andança – Os Encontros e as Memórias de Beth Carvalho | Crítica (viventeandante.com)

Yoga De Rua | Enfim, conheça o extraordinário na simplicidade (viventeandante.com)

Continue lendo
Anúncio
Anúncio

Cultura

Crítica

Séries

Literatura

Música

Anúncio

Tendências