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‘Um Samurai em São Paulo’ ganha sessões na Mostra de Cinema Internacional de SP

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Cartaz “Um Samurai em São Paulo”. Distribuição: Elo Studios

Documentário sobre Taketo Okuda, um dos karatekas mais importantes do mundo, ganha sessões na Mostra Brasil Competição Novos Diretores.

O documentário “Um Samurai em São Paulo”, produzido e dirigido por Débora Mamber Czeresnia, integra a 46ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que acontece de 20 de outubro a 02 de novembro e traça um panorama da produção cinematográfica mundial.

A programação conta com 231 filmes, vindos de 60 países, que serão apresentados nas seções Perspectiva Internacional, Competição Novos Diretores, Mostra Brasil e Apresentação Especial, além da exibição de filmes restaurados e em realidade virtual.

Selecionado entre os concorrentes da Mostra Brasil Competição Novos Diretores, o longa-metragem narra a trajetória do mestre de karatê japonês Taketo Okuda, falecido no início de 2022 aos 79 anos depois de mais de seis décadas dedicadas à arte marcial das mãos vazias.

A história de Okuda é narrada pela perspectiva de Débora, sua aluna, que encontrou na arte marcial muito mais do que disciplina e força. “Enquanto o Brasil e o mundo assistem à escalada de discursos agressivos e bélicos, o que Okuda nos traz é um potente grito de kiai de resistência, nos convidando a repensar a necessidade de armar-se contra o outro. Por isso, ‘Um Samurai em São Paulo’ é um filme extremamente atual”, comenta Débora.

Discípulo Masatoshi Nakayama, responsável pela difusão do karatê Shotokan no Ocidente, Okuda se muda para o Brasil na década de 70 incumbido da missão de ensinar as técnicas da Associação Japonesa de Karatê. A partir disso, forma uma geração de atletas que marca o desenvolvimento da modalidade no país. Com a morte de seu mestre, nos anos 80, afasta-se das competições esportivas e passa a usar a prática como ferramenta para alcançar a transcendência.

Sessões de ‘Um Samurai em São Paulo’:

Distribuído pela Elo Studios, o longa, que concorre na categoria Mostra Brasil Competição Novos Diretores, poderá ser visto no dia 25 de outubro, às 20h15, na Reserva Cultural, e dia 26 de outubro, às 14h, no MIS (Museu da Imagem e do Som).

Iniciativa pela equidade de gênero

“Um Samurai em São Paulo”, fez parte do Selo ELAS, uma iniciativa da Elo Studios que fomenta filmes feitos por mulheres. A intenção da distribuidora é de ajudar a atingir a equidade de gênero no setor.

Sobre a diretora

Débora Mamber Czeresnia nasceu em 1976 e é paulistana. É roteirista desde de 2015. Um deles é o curta-metragem Timing, vencedor de diversos prêmios nacionais e internacionais, como melhor curta internacional no Arouca Film Festival (Portugal).

Com formação acadêmica em Jornalismo, Débora estreia na direção com o documentário Um Samurai em São Paulo.

Mais informações: https://46.mostra.org/

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Crítica | ‘Meu Vizinho Adolf’ uma dramédia impactante

‘Meu Vizinho Adolf’ aborda as consequências do nazismo em uma dramédia tocante.

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Após a Segunda Guerra Mundial muitos nazistas se refugiaram na América do Sul, algo que já foi abordado das mais diversas formas no cinema. Meu Vizinho Adolf, traz o tema novamente agora colocando um suposto Hitler como vizinho de um judeu que sofreu com o Holocausto. Um tema delicado que o diretor Leon Prudovsky consegue tratar bem e com um tom de humor mais discreto.

Mr. Polsky (David Hayman) perdeu toda sua amada família e decidiu viver isolado em uma velha casa na Argentina. Sua paz termina quando Mr. Herzog (Udo Kier), um alemão irritadiço, se muda para a casa ao lado. A aparência e o comportamento dele fazem com que Polsky desconfie que seja Adolf Hitler disfarçado.

Um clima triste mas que ainda nos faz rir

O personagem de Hayman passou anos evitando contato humano, sequer aprendeu espanhol, ele carrega uma dor que aperta o coração desde o início. Ainda, assim ele é um velho teimoso e também ranzinza do tipo que nos faz rir. Ao colocar na cabeça que seu vizinho é o próprio Führer, ele tenta alertar as autoridades sem sucesso.

Com isso Polsky começa a estudar a figura funesta para poder provar sua teoria. Todas as brigas e tentativas de invasão e espionagem são divertidas, não é aquele humor de fazer gargalhar e provavelmente não era essa a intenção do diretor. Conforme o filme avança, ambos vão criando uma amizade que obviamente é extremamente incômoda para Polsky. Mas ele começa a achar que estava errado até encontrar provas um pouco mais substanciais.

Um filme simples mas bem feito

Meu Vizinho Adolf não é um longa que exige cenários grandiosos, é tudo muito simples, são poucas locações. O foco são as atuações de David Hayman e Udo Kier que consegue cativar. Ambos os personagens carregam um passado cruel e toda a dor que eles sentem é revivida com força no final. A comédia fica um pouco de lado para falar de algo sério de forma acertada. Ao final temos um bom filme que consegue mostrar a crueldade do nazismo sem ter que colocar nenhuma cena pesada demais.

Estreando hoje nos cinemas brasileiros, Meu Vizinho Adolf é uma boa opção para quem quer fugir dos pipocões. Fique com o trailer:

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