A música “Preto de Azul”, composta por Plácido Vaz e Alvaro Tallarico já passou por rádios de Cabo Verde, Brasil e Portugal e agora ganha um clipe em animação produzido pela Quadro Chave Produções, com direção de Leandro Ferra.
O videoclipe conta a história de um viajante que deixa sua terra natal em busca de espalhar sua arte e ganhar novos mundos. O roteiro da animação é de Leandro Ferra e Alvaro Tallarico. Aliás, o clipe é o prenúncio de um curta-metragem baseado em algumas canções do Kaialas.
Plácido Vaz saiu de Cabo Verde para viver na cidade de Porto, em Portugal, e agora vive em Luxemburgo, onde segue com sua carreira artística. Ele nasceu na Ilha de Santiago, onde cresceu vendo sua mãe e tias cantando na Igreja. Ele já lançou alguns singles de seu álbum, “Caminho Lonji”, que está em produção. Em paralelo, continua seu trabalho com o Kaialas.
“O clipe em animação mostra um pouco da minha jornada saindo de Cabo Verde para tentar a sorte em Portugal como músico. Cabo Verde é minha raiz, minha vida, meu passado, presente e futuro. Sempre vou louvar minhas raízes e falar sobre as belezas e a cultura de meu país por onde eu for”, declara Plácido.
O Kaialas
Em 2020, o escritor brasileiro Alvaro Tallarico foi fazer um Mestrado em Estudos Africanos na Universidade do Porto e conheceu Plácido. Juntos, começaram a criar composições e surgiu o Kaialas, um projeto que une Brasil e Cabo Verde, os dois países lusófonos de maior potência musical.
A princípio, as canções do Kaialas contam histórias e mesclam ritmos. É o caso de “Herança”, a qual ficou entre as 30 selecionadas para o BDO Live Festival Portugal. Plácido foi o único participante oriundo de Cabo Verde. O músico ainda apresentou a canção “Boemia do Eu Verdadeiro” no programa de televisão “Alô, Ricardo”, no Porto, em Portugal, que está o YouTube. Ainda por cima, um novo single do Kaialas, “Marinheiro Sem Âncora”, está em produção por Fachal Júnior.
Plácido Vaz faz parte da nova geração da música de Cabo Verde. O cantor e compositor canta lembranças e as dores da imigração, e, em especial, a saudade da terra telúrica. Sempre com uma voz doce e emoção pungente. Ele é natural de Achada Bolanha, Calheta de São Miguel, interior de Santiago.