Conecte-se conosco

Crítica

Vozes que Inspiram | Netflix apresenta a força da juventude e do teatro

Publicado

em

Crítica Vozes que Inspiram

Vozes que Inspiram (Giving Voice) é um filme que louva o teatro, em especial, aquele feito por jovens estudantes estadunidenses e um consagrado escritor. Como sabemos, os EUA possuem um histórico pesado de racismo. Este filme mostra a competição anual de Monólogos de August Wilson. São milhares de alunos do ensino médio de 12 cidades que entram na competição pela chance de atuar na Broadway. Uma bela meta, não?

Começa lindamente provocativo ao reivindicar a América para os negros e, logo em seguida, traz grandes nomes da arte falando sobre o escritor August Wilson. Pessoas do naipe de Denzel Washington e Viola Davis. August prezava por escrever peças sobre pessoas comuns e que se conectavam facilmente ao espectador.

Em seguida, é fascinante perceber em Vozes que Inspiram a efervescência adolescente dando mais alma aos textos… É bom de ver e escutar. O jovem que poderia seguir no basquete, mas sente um amor pela atuação; a tela dividida mostrando reações e os caminhos diversos dos jovens naquela competição é uma boa ferramenta que torna mais dinâmico.

Afinal, ao ver esse caminho para a famosa Broadway, o que lembrei foi uma peça que vi no início de 2020 de nome Isto é um Negro. Foi forte, contundente, pontual. Impossível sair sem refletir sobre o racismo no Brasil e no mundo, e sobre o poder do teatro como arte.

Ademais, leia mais:
Além disso, tem Marcelo Monteiro | “Cosmogonia resgata e desperta a consciência do povo negro”
Por fim, Ana Catão do Cosmogonia Africana| “Nossa missão é trazer essa história que foi varrida para debaixo do tapete”

Anúncio
Clique para comentar

Escreve o que achou!

Cinema

Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas, com Cida Bento e Daniel Munduruku | Assista aqui

Veja o filme que aborda ações afirmativas e o racismo na ciência num diálogo contundente

Publicado

em

Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku

Na última quinta-feira (23), fomos convidados para o evento de lançamento do curta-metragem Nenhum saber para trás: os perigos das epistemologias únicas | com Cida Bento e Daniel Munduruku. Aconteceu no Museu da República, no Rio de Janeiro.

Após a exibição um relevante debate ocorreu. Com mediação de Thales Vieira, estiveram presentes Raika Moisés, gestora de divulgação científica do Instituto Serrapilheira; Luiz Augusto Campos, professor de Sociologia da UERJ e Carol Canegal, coordenadora de pesquisas no Observatório da Branquitude. Ynaê Lopes dos Santos e outros que estavam na plateia também acrescentaram reflexões sobre epistemicídio.

Futura série?

O filme é belo e necessário e mereceria virar uma série. A direção de Fábio Gregório é sensível, cria uma aura de terror, utilizando o cenário, e ao mesmo tempo de força, pelos personagens que se encontram e são iluminados como verdadeiros baluartes de um saber ancestral. Além disso, a direção de fotografia de Yago Nauan favorece a imponência daqueles sábios.

O roteiro de Aline Vieira, com argumento de Thales Vieira, é o fio condutor para os protagonistas brilharem. Cida Bento e Daniel Munduruku, uma mulher negra e um homem indígena, dialogam sobre o não-pertencimento naquele lugar, o prédio da São Francisco, Faculdade de Direito da USP. Um lugar opressor para negros, pobres e indígenas.

Jacinta

As falas de ambos são cheias de sabedoria e realidade, e é tudo verdade. Jacinta Maria de Santana, mulher negra que teve seu corpo embalsamado, exposto como curiosidade científica e usado em trotes estudantis no Largo São Francisco, é um dos exemplos citados. Obra de Amâncio de Carvalho, responsável por colocar o corpo ali e que é nome de rua e de uma sala na USP.

Aliás, esse filme vem de uma nova geração de conteúdo audiovisual voltado para um combate antirracista. É o tipo de trabalho para ser mostrado em escolas, como, por exemplo, o filme Rio, Negro.

Por fim, a parceria entre Alma Preta e o Observatório da Branquitude resultaram em uma obra pontual para o entendimento e a mudança da cultura brasileira.

Em seguida, assista Nenhum saber para trás:

Por último, leia mais:

Fé e Fúria | Documentário inédito estreia no Canal Brasil no novo Dia Nacional do Candomblé

Andança – Os Encontros e as Memórias de Beth Carvalho | Crítica (viventeandante.com)

Yoga De Rua | Enfim, conheça o extraordinário na simplicidade (viventeandante.com)

Continue lendo
Anúncio
Anúncio

Cultura

Crítica

Séries

Literatura

Música

Anúncio

Tendências