Pirenópolis busca retomar o turismo. A princípio, a queda no faturamento do turismo no estado de Goiás foi de 33%, segundo o Observatório do Turismo. Como melhorar esse cenário problemático? O setor hoteleiro busca inovações para que experiência seja segura contra a Covid-19.
A ideia é um foco no minimalismo, ou seja, uma pequena casa que em meio à natureza, porém com muita tecnologia embarcada. Você acorda e a própria casa diz “bom dia”, acende a luz por comando de voz e prepara o seu café automaticamente. Os visitantes de Pirenópolis, localizada a 120 km de Goiânia e 140 km de Brasília, poderão experimentar essa sensação com a Ayla Smart House. A saber, é um projeto desenvolvido por dois empreendedores da cidade que investem em um ecoturismo misturado à necessidade de segurança sanitária nos novos tempos de pandemia.
Funcional
O projeto da habitação de 37 m² foi ideia do jovem empreendedor, Neylon Jacob, e de seu pai, o artesão e carpinteiro Nelton Xavier de Barros. Ainda por cima, contou com a colaboração do mestre de obras Adriano Lena. Pronta para receber hóspedes desde 30 de outubro, foram aproximadamente oito meses de trabalho para fazer uma casa funcional e inteligente. A pandemia norteou o projeto, que traz soluções para o novo período em que minimizar a necessidade de toque passou a ser uma medida sanitária.
“Adotamos também o conceito smart para que as pessoas tenham o mínimo de contato com os objetos. A automação passou a ser uma aliada porque muitos comandos podem ser dados por meio do comando de voz, como ligar luzes e ar condicionado”, destaca Jacob.
Certamente, o turismo perdeu muito com o novo coronavírus
O setor de turismo foi um dos que mais sofreu com a pandemia pelo coronavírus. Em Goiás, cidades turísticas como Pirenópolis ficaram 5 meses sem receber visitantes. Tal fato representou uma queda de 33% no faturamento médio de ICMS com as Atividades Características do Turismo (ACT’s) de janeiro a julho de 2020, na comparação com o mesmo período de 2019. Os dados são do Observatório do Turismo e, para a região turística de Ouro e Cristais, na qual se insere Pirenópolis, o faturamento caiu em 39%.
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Luar
Batizada de de Ayla, o nome tem origem hebraica e significa luz do luar. Jacob explica a escolha se deu pela existência de duas janelas sobre a cama da smart house que possibilitará uma linda vista do luar nas serras da região. “Propositadamente, a gente quis valorizar esse presente da natureza, que será ainda mais especial nas noites de lua cheia”, diz o idealizador.
Com capacidade de receber duas pessoas, a Ayla é toda feita toda de madeira de eucalipto tratado e ipê roxo. Com dois pavimentos, no mezanino, está o quarto do casal com uma cama queen size. Embaixo, tem a cozinha americana e o living, com um cinema e um deck de 2,5m x 5m com banheira de hidromassagem e bistrô.
A iluminação natural será outra característica da casa, são cinco janelas de 1,5 x 1 metro. Em busca pela sustentabilidade, ela conta com aquecimento solar para a banheira de hidromassagem e o chuveiro. A cobertura é feita com telhas ecológicas onduline, proveniente de fibras vegetais recicladas e com processo produtivo de baixo impacto ambiental.
Shambala Piri
A saber, a Ayla será a sétima casa com conceito voltado para a convivência com a natureza na Shambala Piri, uma pequena estância de casas de temporada voltada para o ecoturismo. Por fim, a casa, que teve incentivo da Goiás Fomento, tem como referência o Movimento Pés Descalços, que propaga a busca por uma vida mais livre e simplificada.