“Amigas para Sempre” e a Alameda dos Vagalumes… A estreia foi no dia 03 de fevereiro de 2021. Criado por Maggie Friedman, estrelado por Katherine Heigl e Sarah Chalke. Esta série se divide em 10 episódios de 50min cada e tem um potencial maratonável, principalmente para aqueles que são fãs de conteúdo intimista e que gostam de recarregar a empatia regularmente. Pessoalmente não considero a empatia como garantida e imóvel e sim como um esforço diário para estar na pele e nos calçados do outro. Ou seja, sentindo suas dores e vendo um milésimo da sua realidade dentro do seu entendimento de mundo, e só assim podendo transmitir o apoio, a compreensão e o acolhimento que todos merecemos, dentro dessa jornada onde viver significa e é sentido de forma tão diferente pra cada um de nós.
Existe uma cultura egocêntrica muito grande que hoje vem sendo combatida onde acreditávamos fortemente que o outro não olhava nada além de nossos erros e não fazia nada além de nos criticar e torcer pelo nosso mal. Isso é resultado de anos de competição forçada dentro de um mundo de regras não claras, irreais, ilusórias e totalmente distorcidas e desconectadas das necessidades humanas. Como pessoas, nunca buscamos tanto nos conectar verdadeiramente como agora, (pois perdemos muito dessa capacidade) e talvez por isso um filme sobre um tipo de conexão que ainda resiste chame tanto a atenção e agrade tanto assistir. Amizades sinceras e resistentes ao tempo.
Completude
Produções completas. É como gosto de pensar sobre o roteiro e atuação neste tipo de série como “Amigas para Sempre”. O ator se torna um personagem crível, assume uma realidade natural, todo seu avanço é explicado com base no que viveu, em como aconteceu e o que isso acarretou para ele. Sociologia e psicologia enriquecendo o universo. Além disso, tenho uma brincadeira de tentar prever o roteiro, e em minha cabeça penso algo como: “agora tal coisa acontece”, mas nesta série minha brincadeira falhou em mais 50% das tentativas de predição, o que considero um valor alto e instigante. Por fim, tente acertar e se divirta errando…
Não creio que as histórias devessem nos deixar boiando ou nos fazer sentir estúpidos; mais interessante é que nos faça ter um esforço para acompanhar seu desenrolar, afinal, damos conta. Na medida do inteligível e do imaginativo. Cativando. Assim como as garotas da Alameda dos Vagalumes me cativaram.