Ao usar este site, você concorda com a Política de Privacidade e termos de uso.
Aceito
Vivente AndanteVivente AndanteVivente Andante
  • Cinema
  • Música
  • Literatura
  • Cultura
  • Turismo
Font ResizerAa
Vivente AndanteVivente Andante
Font ResizerAa
Buscar
  • Cinema
  • Música
  • Literatura
  • Cultura
  • Turismo
Cinema e StreamingCrítica

CRÍTICA | Os Sapos é um retrato humano sobre se libertar de relações

Por
André Quental Sanchez
Última Atualização 21 de janeiro de 2025
5 Min Leitura
Share
SHARE

Dirigido por Clara Linhart, Os Sapos se utiliza de atmosfera lúdica para gerar reflexões sobre a dependência, a falta de brilho e outros males que acompanham relações tóxicas

Na primeira cena de Os Sapos, acompanhamos Paula, Thalita Carauta, sozinha e indo em direção a uma chácara no meio do nada. Ela é a primeira das três grandes mulheres que serão introduzidas ao longo da produção, e o fio condutor que guiará todo o filme.

O roteiro de Renata Mizhari, baseado em uma peça homônima de sucesso e inspirado em sua vivência pessoal, se utiliza do truque do cinema clássico de uma “estrangeira” que chega em uma pequena comunidade e traz a experiência daqueles que já foram libertos da “caverna mítica de Platão”.

No caso de Os Sapos, isso se encontra na relação entre Paula, uma brilhante Thalita Carauta que carrega todas as nuâncias da personagem, da felicidade inicial até a sua inevitável quebra; Karina Ramil como Luciana, uma mulher que vive um relacionamento de 6 anos com Marcelo, um homem que não a assume, e por fim Verônica Reis como a submissa e triste Verônica.

Os Sapos se passa em um dia no qual todas as relações sofrem mudanças por conta da presença solar Paula, uma mulher que, em um dia, presencia algumas das dificuldades que as mulheres passam diariamente em nossa sociedade como abuso sexual, gaslighting e a falta de voz dentro de uma sociedade machista.

Paula presencia em primeira mão as dificuldades que mulheres como Luciana e Verônica, apresentam em seus relacionamentos, e percebe quão difícil é para elas largarem seus respectivos parceiros e entrar em contato novamente com a sua mulher interior é oprimida a tanto tempo por seus respectivos parceiros: Marcelo, um homem que prefere se manter no conforto do que aceitar o seu relacionamento e Cláudio, um homem com um ciúme doentio e que não aceita constatações.

Cartaz oficial de Os Sapos- Divulgação ATTI Comunicações

Indo do calor inicial para uma noite fria e escura, tecnicamente, Os Sapos não esconde a sua ancestralidade teatral, usando muitos planos estáticos, profundidade de campo, sons extra campo tanto de modo humorístico quanto dramático e longos diálogos.

O filme apresenta um ritmo lento, seu grande forte são os diálogos, a beleza de uma fotografia que remete ao paraíso da Bíblia, e uma escolha de figurino com tons monocromáticos que destaca muito as personalidades e momentos de suas personagens.

Os Sapos não é um filme para o grande público, ele também não apresenta catarses gigantescas ou grandes jornadas, na medida que o filme retrata somente um momento na vida destas mulheres, em que elas tentam despertar um feminino cansado dentro de si, o grande forte são as reflexões que ele consegue gerar e o retrato humano de algo muito visto e pouco discutido: a dificuldade em se quebrar ciclos de dependência emocional dentro do relacionamento.

Aqueles que se interessarem mais pelo assunto, Os Sapos apresenta um site oficial com diversas digressões e discussões técnicas sobre o modo como o filme foi idealizado e estruturado.

O filme estreia nos cinemas nacionais no dia 06 de Fevereiro, sendo uma boa escolha para aqueles que desejam refletir sobre o feminino e sobre relações na contemporaneidade.

Ficha Técnica:

OS SAPOS –  Estreia nos cinemas em 06 de fevereiro

Direção: Clara Linhart

Roteiro original: Renata Mizrahi

Duração: 77 min 

Gênero: Ficção / Drama

Estado: Rio de Janeiro 

Ano de Produção: 2024

Direção: Clara Linhart | Roteiro: Renata Mizrahi

Produção: Gamarosa Filmes | Coprodução: Canal Brasil e Telecine

Fotografia: Andrea Capella | Montagem: Nina Galanternick

Trilha Sonora: Isadora Medella | Produção Executiva: Fernanda Abreu 

Direção de Arte: Beatriz Moysés | Figurino: Paula Ströher
Produção de Elenco: Natasha Corbelino

Distribuição: Livres Filmes | Apoio à Distribuicão: Secec-Rio 

Agente de Vendas: Figa Films

Elenco: Thalita Carauta (Paula), Karina Ramil (Luciana), Verônica Reis (Fabiana)
Pierre Santos (Marcelo), Paulo Hamilton (Cláudio)

Classificação Indicativa: 12 anos

Leia Mais

  • Crítica: Novo ‘Lobisomem’ é terror visceral e surpreendente da Blumhouse; entenda

Tags:cinema brasileirocriticacritica os saposos sapos
Compartilhe este artigo
Facebook Copie o Link Print
Nenhum comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Gravatar profile

Vem Conhecer o Vivente!

1.7kSeguidoresMe Siga!

Leia Também no Vivente

Cinema e StreamingCrítica

Adeus, Idiotas | Crítica

Felipe Novoa
4 Min Leitura
Emily Matthews e Glenn Close em cena de "Memórias de Um Verão"- Divulgação
Cinema e StreamingCrítica

Crítica: ‘Memórias de um Verão’ é raro e potente drama familiar

André Quental Sanchez
6 Min Leitura
AA do amor
Cinema e StreamingCrítica

AA do amor | Mais do que uma comédia padrão

Sérgio Menezes
3 Min Leitura
logo
Todos os Direitos Reservados a Vivente Andante.
  • Política de Privacidade
Welcome Back!

Sign in to your account

Username or Email Address
Password

Lost your password?