John à Procura de Aliens (John was trying to contact aliens, 2020) é um curta-metragem original da Netflix. Fala sobre o propósito de vida de John Shepherd, o qual parece diferente, mas, será que é mesmo? O homem segue persistente com seu maquinário, que construiu desde jovem. A ideia? Enviar sinais para o espaço sideral que encontrem vida inteligente fora da Terra. Contudo, o sinal que ele escolheu enviar para o espaço é deveras especial: música. O motivo é que essa seria uma linguagem universal.
Inclusive, outra coisa interessante no documentário é que vemos diversas imagens de várias reportagens que foram feitas com John ao longo de sua vida. Realmente, sua busca é algo que atrai curiosidade, ainda mais com todos os esforços que fez. De certa forma, parece que John é um radialista cujo programa atravessa universos. Isso me fez lembrar da série animada “The Midnight Gospel” também da Netflix.
Vemos que John é um solitário. Acabou sendo criado pelos avós. A cena no minuto 9:50 é rápida, mas extremamente simbólica. John sozinho em um ambiente frio, entre árvores secas, olhando para um nada – onde busca seu tudo. Aliás, entre os 12 e 14 anos, John percebeu que era gay, e, diretamente para a câmera, discorre sobre a dificuldade de ser quem é na cidade de Michigan: a falta de compreensão.
John à Procura de Aliens traz surpresas, porém a música se mantém presente, tanto como fundo do documentário, quanto na vida de John, de várias maneiras. Dirigido, filmado e editado por Matthew Kullip, o filme é bonito e com um final que desperta esperança em encontrar algo que valha a pena e fazer contato com algo superior.