Freaks Um de nós (Freaks) começa angustiante com a cena de close em um olhar assustado. Em seguida, imagens que já criam curiosidade sobre o que aconteceu naquele local. Então, conhecemos Wendy (Cornelia Gröschel, carismática), a protagonista, com sua vida comum em família, seu trabalho rotineiro em um restaurante, onde nem consegue uma promoção. Até que uma pessoa em situação de rua fala que ela é mais do que aquilo.
A metáfora de que certos remédios podem não te deixar ver quem você é de verdade está fortemente presente. Pílulas azuis que mantém obediente, impedindo explorar seu real potencial. Temos referências aos quadrinhos que aparecem e vão dando pistas, juntamente com mitologia grega.
Freaks Um de nós é um filme alemão de super-herói que mistura ação com certa dose de comédia. A direção de Felix Binder segura o tom de mistério no começo, porém, em seguida, vai desanimando aos poucos. O roteiro de Marc O. Seng é bem simples. Na verdade, percebemos que é bobo e simplório em demasia, com soluções fáceis e pouco críveis. e falta de consequências para os ocorridos. Como quando a heroína vai conhecer a clínica e a forma que consegue entrar. A trilha sonora a princípio parece cair bem, mas depois incomoda, fica exagerada e se torna bem chata e pouco criativa. Como aliás, fica também o filme.
É engraçado e tem algum sabor ver o crescimento da autoconfiança de Wendy e a alegria da liberdade a partir das novas descobertas. Contudo, isso não dura muito. O início do filme que parecia promissor envereda por um caminho de clichês e mais parece um piloto de série juvenil. Inclusive, a previsível cena pós-créditos só confirma isso.