A Princesa e a Plebeia 2: Uma Nova Aventura tem direção de Mike Rohl e atuação principal (TRÊS VEZES!) de Vanessa Hudgens. Sabe quando ficamos indecisos entre tomar um chocolate quente ou meditar e acabamos passando na frente da televisão e vendo que é um filme de natal que você já viu milhares de vezes? Já está quase na metade do filme, mas você para pra assistir ainda assim? É bem específico, eu sei, mas sou assim e deve ter mais gente nessa que me entenda.
Pode ser filme natalino de comédia, romance, dilemas de natais passados ou sobre como é difícil ser um bom pai (ainda mais neste clima de reunião quase intoxicante). Ainda assim, sempre fiz questão de ver, sabendo de antemão que aquilo raramente ou nunca aconteceria na vida real, (na minha nunca aconteceu). Além disso, tento não tratar como um ideal a ser alcançado e mais como um sci-fi ou fantasia, me parece ser a coisa mais saudável a ser feita.
Dito isto em minha defesa, retomo as impressões que tive deste novo filme da Netflix, que infelizmente já nasce desapontando.
Felizes para sempre?
Deveria ser sobre o que ocorre após o “happily ever after“, deveria ser sobre relacionamentos e nuances do amadurecimento e como lidamos com as mudanças ao longo da vida. Mas o filme decide, após te convencer das coisas acima, que é melhor não arriscar tanto, voltar À receita original e exagerar no tempero. Ou seja, mais uma Vanessa Hudgens e está tudo certo. Só que não.
Devem existir filmes pra todas as situações, defendo essa bandeira, deve haver filmes que não requerem pensar muito e só entregam diversão simples e mastigada, mas o filme, pra quem se amarra em acompanhar um enredo (bobo ou complexo), quase ofende nossa inteligência e apresenta personagens mais rasos que um pires.
Perfeita é a Mãe!
Se quiser se divertir no Natal sem pensar muito, veja Perfeita é a Mãe 2. Posteriormente, se quer se divertir e ver personagens mais autênticos, Dash & Lily, porém não deixe meninas muito novas verem este filme. Vai ensiná-las noções distorcidas de sonho, vai ofender o entendimento delas, e, por fim, fazê-las duvidar de si mesmas e do seu potencial, além de ensinar falsas formas de empoderamento, independência e raciocínio crítico global.
E, acima de tudo, ou não (depende de quanto você curte filmes de Natal), a magia não acontece ali.
Sinto muito caso venha à arruinar a vontade de alguém em assistir, mas não consegui comungar com A Princesa e a Plebeia 2: Uma Nova Aventura e sua proposta.