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Entrevistas

Natália Rosa | “Eu não realizava que aquele pedaço de carne no meu prato era um cadáver”

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Atriz Natália Rosa é vegana e ativista

A atriz Natália Rosa, da série Magnífica 70, da HBO, bateu um papo com o Vivente Andante durante a Feira Vegana Veg Borá. Ela é vegana e ativista pela causa animal, nasceu em São Paulo e cresceu frequentando o litoral paulista. Foi atleta por muitos anos da ginástica artística.  É fã de esportes e natureza.

Alvaro Tallarico: Natália Rosa, nesse momento aqui com um sorvete vegano.

Natália Rosa: Maravilhoso!

Alvaro Tallarico: Primeiramente, como é esse sorvete vegano, você sente muita diferença para o comum? Sente falta?

Natália Rosa: Olha, eu sou a maluca do doce, desde sempre (risos). Quando me tornei vegana, há quatro anos, achei que fosse sentir muita falta de um doce bom. A maioria dos doces leva leite, ovos, mel, enfim. Cara, o sabor… a comida vegana, o sabor fica muito mais vivo. Então não sinto falta de nada, pelo contrário, gosto muito mais dos doces hoje do que antes.

Alvaro Tallarico: Você namora o Emiliano D’Ávila. Virou vegetariana/vegana antes dele ou depois?

Natália Rosa: Eu converti ele. Ele não disse isso?

Alvaro Tallarico: Não (risos).

Natália Rosa: Fui eu.

Alvaro Tallarico: Mas por que você virou? O que te deu esse start?

Natália Rosa: Sempre tive uma conexão muito forte com os animais, mas eu não realizava, assim como a grande maioria da população, que aquele pedaço de carne no meu prato era um cadáver. Um bicho que já foi vivo algum dia, que sofreu, foi encarcerado, estuprado, enfim. Eu não sabia disso. Até assistir o primeiro documentário que foi Cowspiracy, que é leve nesse quesito do sofrimento, né? Não expõe muito. Mas para mim foi arrebatador.

Naquele momento, naquelas quase duas horas de documentário foi o momento que me tornei vegana. A partir daquele documentário eu nunca mais consumi nada, não comprei mais nada que tivesse origem animal. E me tornei ativista da causa. Quis gritar para o mundo. Porque lá o que a gente fica sabendo, que desperta… A gente é nocauteado, arrebatado. E eu que sou muito passional… Tipo “não, peraí, vocês não estão entendendo o que está acontecendo aqui?”, e ir para rua e militar a favor da causa.

Alvaro Tallarico: E Emiliano me falou sobre os projetos dele que tem a ver com isso.

Natália Rosa: A gente trabalha muito junto em várias coisas. Então de uma forma ou de outra, ou dando palpite, ou sendo assistente dele em alguma coisa, estamos sempre juntos. Mas aconteceu uma coisa legal comigo esse ano. Fiz uma série na Netflix. E, na série, por conta da atriz vegana, eles desenvolveram um sangue… É uma série sobre zumbis, então tinha muito sangue, pedaços de corpos, enfim. Então, eles desenvolveram um sangue vegano, que originalmente, nas produções, é feito com mel, e desenvolveram um vegano por causa da atriz vegana. Então acho que foi uma coisa bacana, porque o set todo, o filme todo usou esse sangue vegano.

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Entrevistas

Laura Pausini lança novo álbum, ‘Anime Parallele’: ‘Não estamos vendendo sonhos, e sim realidades.’

A cantora também gravou uma música em português com Tiago Iorc.

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Laura Pausini

Laura Pausini lançou seu novo álbum no dia 27 de outubro. Anime Parallele, ou Almas Paralelas na versão em espanhol, é seu 12º álbum em italiano e o 11º em espanhol. O disco sai cinco anos após o último, Fatti sentire ancora, lançado em 2018. Segundo a própria, nunca ficou tanto tempo sem um álbum novo. O motivo foi por haver momentos, principalmente por causa da pandemia de covid-19, em que se sentiu paralisada. “Só me sentia segura dentro de casa”, disse Laura em entrevista coletiva na última sexta-feira (27).

Porém, Laura utilizou esses momentos para criar. Escreveu muitas músicas que não sentia nenhuma conexão, até que surgiu “Durare”. A canção deu o clique na cantora que a fez perceber sobre o que queria falar no novo trabalho. A partir de então, as outras músicas saíram mais facilmente. E todas tinham o mesmo tema: as pessoas e suas diferenças. Ou a celebração das pessoas e de suas diferenças.

Laura Pausini
Laura Pausini durante a coletiva.

16 faixas, 16 histórias

Em uma coletiva de imprensa com jornalistas brasileiros toda em português – Laura fala português fluente devido a sua longa relação com o país -, a artista explicou o conceito de Anime Parallele. São 16 músicas, e cada uma conta a história de uma pessoa diferente.

“Queria contar 16 histórias de 16 pessoas reais que vivem vidas paralelas e tentam se respeitar e não se odiar.”, afirmou. Portanto, são 16 músicas, 16 personalidades, 16 pontos de vista diferentes. Porém, o intuito do álbum é mostrar que embora as pessoas sejam diferentes, todos estão conectados pela busca da esperança através do amor. “O mundo está muito violento, então decidi colocar o amor de volta ao centro.”, disse a cantora.

Na versão deluxe de Anime Parallele, que contém 18 faixas em vez de 16, há também um livreto contando um pouco mais sobre a história de cada um dos personagens do álbum. Todavia, quem adquirir a versão em vinil também pode conhecer os rostos dessas pessoas, já que haverá os rostos deles no encarte quem o acompanha. Na versão em CD, imagens de objetos que representam os personagens. Ou seja, o projeto foi pensado em detalhes por Laura Pausini para demonstrar que todos os personagens – e também todas as pessoas que o ouvirem – têm muita importância. “Não estamos vendendo sonhos, e sim realidades”, disse a cantora sobre o projeto.

Música com Tiago Iorc

A coletiva de sexta-feira contou com uma surpresa para Laura: a participação de Tiago Iorc. O cantor brasileiro gravou com Pausini uma versão em português da música “Durare”. Em português, se transformou em “Durar (uma vida com você)”. Quem escreveu a versão foi o próprio Tiago, a pedido de Laura. “As suas canções me tocam muitos sentimentos pela forma que ele utiliza as palavras.”, disse a cantora sobre Iorc. O músico disse ter ficado muito feliz com o convite tanto para gravar a canção quanto o videoclipe da música.

Dueto emocionante

Além do brasileiro, outro dueto presente no álbum é com sua filha Paola. A música em que as duas dividem os vocais do refrão se chama “Dimora naturale”.  “Paola entrou no estúdio e me pediu para ouvi-la e depois quis saber a quem eu dediquei. Disse-lhe que era para ela e ela olhou para mim feliz. Aí ela me pediu pra cantar coros comigo”, disse Laura. A canção é forte e a menina faz bonito. Canta tão afinado e emociona tanto quanto a mãe. Anime Parallele é composto de 16 músicas de diversos gêneros, com produção bastante contemporânea, porém mantendo a essência de Laura. Principalmente no que se trata das letras arrebatadoras que costuma escrever.

“Acredito que as palavras numa música são 70% dela. Para mim, o texto é muito mais importante que somente a música. Gostaria de falar para a nova geração para dar mais atenção às palavras. Hoje se preocupa muito com o ritmo, que é muito bom. Mas, ao mesmo tempo, às vezes se perde um pouco a profundidade de uma canção. Fico com a esperança de que sempre vamos fazer músicas com mensagens fortes.”

É exatamente isso que quem for ouvir Anime Parallele vai encontrar: músicas com mensagens fortes e profundas.

Tiago Iorc.
Participação de Tiago Iorc na coletiva de imprensa.

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