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Cultura

Instituto Casa do Choro lança projeto que conta história do Chorinho

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Mais de 500 verbetes, passando por vários estados brasileiros e diferentes gerações. Esse é o legado do projeto Choro Timeline, uma iniciativa do Instituto Casa do Choro para catalogar as informações dispersas sobre este que é considerado o primeiro gênero musical urbano genuinamente brasileiro.

Sendo assim, no mês em que se celebra o Dia do Choro (23/04), a novidade abre os trabalhos já no início de abril, anunciando uma programação de shows que atestam a importância e a sobrevivência dessa linguagem instrumental que segue conquistando novos músicos e ouvintes com a sua versatilidade, originalidade e virtuosismo.

Gênero musical popular urbano brasileiro mais antigo em atividade, o choro é uma das expressões vivas da nossa cultura: tocado nas ruas, nos botequins, nas salas de concerto, clubes de choro e universidades em todos os cinco continentes.

Surgimento da MPB

Do ponto de vista histórico, é também um capítulo fundamental no surgimento da música popular brasileira, entre os séculos 19 e 20. Como reflexo das iniciativas musicais que migraram para o mundo online durante a pandemia, o Instituto Casa do Choro transformou um rico e importante acervo em algo concreto: a história completa, documentada e interativa de um marco importante na trajetória musical brasileira.

Realizada com recursos de um financiamento coletivo no site Benfeitoria (com 456 apoiadores) e do programa Matchfunding BNDES+, a linha tem conteúdo textual bilíngue (em português e inglês), além de um vasto acervo multimídia (imagens, áudios e vídeos) que ilustra seus marcos históricos – mais de 500 registros até o lançamento.

“Trata-se de uma história ancestral que nos pertence e precisa ser conhecida pelo grande público”, afirma a cavaquinista e compositora Luciana Rabello, diretora do Instituto Casa do Choro, fundadora da Acari Records (gravadora especializada em choro, em atividade desde 1999), da Escola Portátil de Música (2000) e da Casa do Choro (em 2015). “Uma história que faz parte da nossa identidade e até aqui permanecia dispersa, contada muitas vezes até de maneira informal. O que estamos fazendo é sistematizar essas informações, apresentando-as de maneira leve e convidativa, como num almanaque.”

Busca

Ao acessar a Choro Timeline, o usuário pode ir direto a seu assunto de interesse – através de um campo de busca no alto do site – ou então navegar pelo conteúdo, organizado por décadas: de 1830 até o século 21. Em cada período, encontram-se os marcos do choro em seus respectivos anos, além de um vídeo que traz um panorama do gênero musical em diferentes épocas.

Lá estão os feitos de Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo e Altamiro Carrilho, entre muitos outros protagonistas do século 20, além de precursores como Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth e Joaquim Callado. E também figuras igualmente fundamentais, ainda que menos conhecidas, como por exemplo os copistas Frederico de Jesus e Cândido Pereira da Silva (o Candinho), em cujos cadernos de partituras sobreviveram choros tocados até os dias atuais.

Aliás, atualmente, o casarão onde viveu Jacob do Bandolim, na Rua Joaquim Silva, 97, Centro, ao lado da Escadaria Selarón, é uma casa de cultura e restaurante chamada Bandolim Cult Bar e conta com música ao vivo diariamente e gastronomia contemporânea brasileira. Ainda por cima, lá está a venda a biografia de Jacob do Bandolim.

Manuscritos como os de Frederico e Candinho estão entre as mais de 600 imagens que ilustram a linha do tempo, juntamente com capas de discos, documentos pessoais, fotografias (incluindo raridades) e reproduções de jornais antigos.

Nesta última modalidade destaca-se o farto material encontrado na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional (https://memoria.bn.br), fonte fundamental para a coleta das informações que compõem a Choro Timeline. Outras fontes são o site Discografia Brasileira, de onde saíram as gravações de discos de 78 rotações que estão entre os cerca de 500 arquivos sonoros; os acervos da própria Casa do Choro; da Acari Records; do Instituto Jacob do Bandolim; do Instituto Moreira Salles; e do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, além dos acervos pessoais de colaboradores diversos.

Toda a produção de conteúdo foi feita por uma equipe de músicos-pesquisadores formada especialmente para a empreitada, com uma parte deles dedicada exclusivamente à checagem de informações e fontes antes da publicação na plataforma. Agora, a Choro Timeline está disponível para todos os visitantes se aprofundarem na história de um rico gênero musical nacional – e redescobrirem, também, a história cultural do próprio povo brasileiro.

A Casa do Choro do Rio de Janeiro abrirá suas portas para uma temporada de shows no Auditório Radamés Gnattali com músicas representativas das diversas fases da história do choro. As apresentações se darão em todas as quartas de abril (dias 6, 13, 20 e 27), sempre às 18h30, com os músicos Luciana Rabello, Mauricio Carrilho, Jayme Vignoli, Paulo Aragão, Leonardo Miranda, Tomaz Retz, Magno Júlio, Marcílio Lopes e Marcus Thadeu. Os ingressos estão disponíveis para venda no site http://www.sympla.com.br.

Enfim, para saber mais visite o site: http://www.casadochoro.com.br/timeline

Serviço:

Temporada de lançamento da Choro Timeline na Casa do Choro

Auditório Radamés Gnattali

Show Choro Timeline, com Luciana Rabello, Mauricio Carrilho, Jayme Vignoli, Paulo Aragão, Leonardo Miranda, Tomaz Retz, Magno Júlio, Marcílio Lopes, Marcus Thadeu

Dias 6, 13, 20 e 27 de abril (quartas-feiras), sempre às 18h30.

Lotação: 100 lugares

Ingressos disponíveis: www.sympla.com.br

R$50/R$25 (meia-entrada)

Classificação Livre

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Cinema

Zack Snyder leva exclusividade de Rebel Moon à CCXP23

Zack Snyder e elenco de Rebel Moon levam Palco Thunder à loucura na CCXP23.

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Em uma noite que entrará para a história da CCXP, a Netflix e Zack Snyder apresentaram pela primeira vez para o público, na sexta (1), o universo de Rebel Moon, nova aventura épica do diretor. Além de Snyder, que fez sua grande estreia na CCXP, o elenco do filme e os produtores Deborah Snyder, Eric Newmann e Wes Coller também participaram do painel no Palco Thunder, nesta sexta (1), onde aconteceu a primeira exibição mundial de Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo, que estreia no dia 22 de dezembro na Netflix.

O aguardado painel, que contou com a apresentação de Carol Moreira e João Luis Pedrosa, começou com a invasão do temido Mundo-Mãe. Soldados dominaram o palco e, em seguida, a audiência foi transportada direto para os planetas e luas da saga, como Veldt e Neu-Wodi, além de descobrirem as criaturas e novos heróis do universo Rebel Moon! Snyder, os produtores e elenco, formado por Sofia Boutella, Djimon Hounsou, Ed Skrein, Michiel Huisman, Ray Fisher, Charlie Hunnam, Staz Nair e E. Duffy, receberam muitos aplausos dos fãs brasileiros a cada interação dos atores. Para o delírio do público, Charlie Hunnam exibiu a camiseta do Brasil por baixo do figurino, Ed Skrein fez uma entrada triunfal ao lado de soldados do Mundo-Mãe, enquanto Staz Nair surpreendeu o público ao mandar ver no português, com direito a um “obrigado, família!”.

Exclusividade para o Brasil

Snyder, junto do elenco e demais produtores, compartilhou detalhes exclusivos sobre os personagens e as experiências de gravação no set de filmagem. Em um momento emocionante de celebração dos fãs, seis sortudos da plateia puderam fazer suas perguntas diretamente para os atores. “Para mim, escalar o elenco é uma parte muito importante de fazer um filme. Eu tinha ideias muito específicas do que queria para os personagens. É uma honra e um privilégio incrível trabalhar com esses atores”, comentou Snyder, enquanto Sofia celebrou sua protagonista “badass”. 

No auge do painel, a exibição na íntegra de Rebel Moon – Parte 1: A Menina do Fogo, no telão do Thunder, se materializou em um espetáculo visual repleto de ação e efeitos especiais que deixou a audiência em êxtase. “Rebel Moon é uma carta de amor para a ficção científica”, anunciou o diretor sob uma salva de palmas.

Mais surpresas

E não parou por aí. Ao final da sessão, o público (e o elenco!) se surpreenderam com um teaser inédito da Parte 2 do filme, também exibido pela primeira vez no Brasil. Com isso, a expectativa foi lá no alto para a estreia de Rebel Moon – Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes. A parte 2 chega na Netflix em 19 de abril de 2024.

Vale lembrar que o público da CCXP tem até domingo (3) para explorar o universo Rebel Moon através de experiências imersivas exclusivas. Réplicas hiperrealistas, interações com criaturas do filme, visitas ao bar de Providence e a oportunidade única de estrelar Rebel Moon em um trailer personalizado. Essas são apenas algumas das experiências que aguardam os fãs nos próximos dias. Chega mais, o futuro pertence aos rebeldes.

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