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Cinema

Está aberta campanha de crowdfunding para reabertura do Cine Matilha

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Cine Matilha arrecada fundos para reforma. Leia no Vivente Andante.

Há alguns anos temos perdido os tradicionais cinemas de rua. Aliás, o desmonte da cultura tem refletido nos mais diversos campos artísticos. Referência como elemento de democratização do audiovisual na última década, o Cine Matilha promove quatro vezes por semana sessões gratuitas de filmes independentes e comerciais de qualidade. A princípio, desde sua abertura, em 2009, foram mais de 3 mil sessões de cinema gratuitas. Além disso, ao menos uma vez por semana, o espaço é aberto para a população em situação de rua.

Em 2016, o Cine Matilha sofreu um acidente com a queda do teto. Posteriormente, por meio de arrecadações, foi realizada a reforma da infraestrutura do local, contudo, não foi possível trocar as poltronas. Para retomar as atividades em 2020, se faz necessária a melhoria dos assentos, para oferecer o conforto e manter a qualidade das sessões. O valor necessário para as obras é de R$ 12.000,00 e será recebido até o dia 09 de abril.

Link para doação: https://benfeitoria.com/cinematilha

A Matilha Cultural, no geral, segue nesse década com um único lema: “o conhecimento pertence a todos”. Tanto a casa, quanto o cinema, seguem resistindo aos ataques gerais à cultura e educação por acreditarem que uma sociedade munida de arte, consciência social e ecológica podem mover mundos.

Sobre o Cine Matilha:

O Cine Matilha é um ambiente “pet-friendly” e recebe constantemente o público com seus pets . O espaço possui 68 lugares, além de 2 lugares para cadeirantes. A programação é gratuita mediante a doação de 1 kilo de alimento não perecível, roupas, brinquedos, livros e produtos para higiene pessoal para crianças e adultos.

Sobre a Matilha Cultural:

Com dez anos completados em maio de 2019, a Matilha Cultural é uma entidade independente e sem fins lucrativos instalada em um edifício de três andares, localizado no centro de São Paulo. Integra um espaço expositivo, sala multiuso, café, além de um cinema com 68 lugares. Fruto do ideal de um coletivo formado por profissionais de diferentes áreas, a Matilha foi aberta em maio de 2009 e tem como principais objetivos apoiar e divulgar produções culturais e iniciativas socioambientais do Brasil e do mundo.

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Cinema

Crítica | ‘Meu Vizinho Adolf’ uma dramédia impactante

‘Meu Vizinho Adolf’ aborda as consequências do nazismo em uma dramédia tocante.

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Após a Segunda Guerra Mundial muitos nazistas se refugiaram na América do Sul, algo que já foi abordado das mais diversas formas no cinema. Meu Vizinho Adolf, traz o tema novamente agora colocando um suposto Hitler como vizinho de um judeu que sofreu com o Holocausto. Um tema delicado que o diretor Leon Prudovsky consegue tratar bem e com um tom de humor mais discreto.

Mr. Polsky (David Hayman) perdeu toda sua amada família e decidiu viver isolado em uma velha casa na Argentina. Sua paz termina quando Mr. Herzog (Udo Kier), um alemão irritadiço, se muda para a casa ao lado. A aparência e o comportamento dele fazem com que Polsky desconfie que seja Adolf Hitler disfarçado.

Um clima triste mas que ainda nos faz rir

O personagem de Hayman passou anos evitando contato humano, sequer aprendeu espanhol, ele carrega uma dor que aperta o coração desde o início. Ainda, assim ele é um velho teimoso e também ranzinza do tipo que nos faz rir. Ao colocar na cabeça que seu vizinho é o próprio Führer, ele tenta alertar as autoridades sem sucesso.

Com isso Polsky começa a estudar a figura funesta para poder provar sua teoria. Todas as brigas e tentativas de invasão e espionagem são divertidas, não é aquele humor de fazer gargalhar e provavelmente não era essa a intenção do diretor. Conforme o filme avança, ambos vão criando uma amizade que obviamente é extremamente incômoda para Polsky. Mas ele começa a achar que estava errado até encontrar provas um pouco mais substanciais.

Um filme simples mas bem feito

Meu Vizinho Adolf não é um longa que exige cenários grandiosos, é tudo muito simples, são poucas locações. O foco são as atuações de David Hayman e Udo Kier que consegue cativar. Ambos os personagens carregam um passado cruel e toda a dor que eles sentem é revivida com força no final. A comédia fica um pouco de lado para falar de algo sério de forma acertada. Ao final temos um bom filme que consegue mostrar a crueldade do nazismo sem ter que colocar nenhuma cena pesada demais.

Estreando hoje nos cinemas brasileiros, Meu Vizinho Adolf é uma boa opção para quem quer fugir dos pipocões. Fique com o trailer:

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