Cultura
Lives do futuro já acontecem | Saiba mais
Publicado
4 anos atrásem
Por
Sérgio Menezes
Lives do futuro presentes. Que as lives estão em alta, todos já sabem, e sabem bem o que nos gera. Temos uma intimidade maior com aquelas pessoas, conseguimos ver além do artista (no caso de shows), perguntar para pessoas do mundo inteiro. Além disso, muitas delas não eram tão ativas nas redes. Conseguimos também fazer aulas com pessoas que nunca pisaram no país ou que não falam nossa língua, entre outras coisas.
Mas com isso, qual será o próximo passo? Bom a resposta para essa pergunta não é fácil, mas já temos alguns traços de como pode ser. Tivemos lives como Alok e Travis Scott no Fortnite (aquele jogo de tiro e construir coisas que talvez seu filho jogue). Pelo menos a do Travis foi surreal em questão de desenvolvimento com o jogo. A interação com os jogadores foi muito legal em questão de mudanças de cenário e etc. Contudo, aquela que achei a mais fantástica live feita até então é a live da empresa SM Entertaiment, que fez a sua primeira com o grupo Superm.
Realidade Aumentada
Eles lançaram de uma vez cinco lives, sendo uma por domingo até o final deste mês e usaram tecnologia AR – Realidade Aumentada. Isso deixou a live com uma cara totalmente futurista, fechou o teatro com telas LED e foi transmitido por um app pra mais de 100 países. Outra coisa que chamou atenção foi que ela foi cobrada (US$ 30 dólares) cerca de 120 reais. Realmente esse valor é bem puxado para uma live, e foi criticado por alguns fãs. Ainda mais na recessão que estamos passando, a qual projetamos que infelizmente não acabe cedo. Todavia, de qualquer forma, acredito que a SM, exatamente por ser a maior empresa de entretenimento da Coréia do Sul, e já ter alguns registros até de shows com hologramas no seu prédio a alguns anos, quis ser pioneira e lançar tendência mais uma vez com outro nível de live.
Interação nas lives do futuro
Enquanto no nosso país damos valor ao real pelos erros, pelas partes engraçadas e por algo mais humano, como uma forma de se sentir próximo a essas pessoas, os mesmo que lotam super shows o ano todo, na Ásia temos uma ideia já surgindo de shows pagos, com estrutura de show, em teatro, com tecnologia e com danças impactantes, interação com a câmera (que em AR deve ficar muito bom!) mas a distância, e conseguindo interagir de forma até mais igualitária colocando por exemplo várias pessoas no telão para a interação e tendo uma proximidade maior nesse ponto que em um show por exemplo.
Acredito que essas lives podem realmente chegar a um ponto em que compete diretamente com o shows “físicos”, desde que os mesmo consigam ampliar a experiência a algo sensorial, pois ainda não recriamos o cheiro do lugar, a sensação de estar com várias pessoas juntas perto de você e curtindo muito aquele show.
Enfim, as lives do futuro estão aí e nós como produtores devemos estar preparados para passear entre as plataformas. Além disso, como público, por melhor que seja a tecnologia – e eu mesmo adorei – ela ainda não está preparada para competir com o mix de sensações e vivências que só nós podemos ter juntos.
Ademais, veja mais:
Entenda como o K-POP surgiu e virou fenômeno
O futuro da produção de eventos após o coronavírus
No Dia Internacional da Dança, apenas dance | e leia
Coreógrafo de Danças Urbanas e produtor cultural. Amante de K-pop e viciado em séries. Eterno estudante de marketing, linguagem corporal e inteligência social.

Você pode gostar
Confira os shows que fecham o mês de Novembro no Circo Voador
Festa Trap de Favela acontece de graça na Praça Tiradentes
Confira os shows internacionais de novembro
Circo Voador traz diversidade musical na primeira quinzena de Novembro
Måneskin toca hoje no Rio de Janeiro com sua “Rush! World Tour”
Perotá Chingó faz show de sensações no Circo Voador
1 Comentário
Escreve o que achou!Cancelar resposta

“O Cachorro que se Recusou a Morrer” tem criação, texto e atuação de Samir Murad, e bebe em suas experiências de vida. A cenografia de José Dias constrói um ambiente que é mais do que um mero cenário; é um componente narrativo, imergindo o público nos diversos tempos e espaços que compõem a história. Isso em conjunto com o eficiente videocenário concebido por Mayara Ferreira.
A princípio, num drama autoficcional, Samir Murad, descendente de imigrantes libaneses, entrelaça sua memória afetiva em uma narrativa. Êxodo, matrimônio por encomenda, confrontos culturais e saúde mental compõem os temas que o ator carrega em sua bagagem.
Uma das maiores virtudes do espetáculo é a riqueza da cultura árabe familiar que permeia a obra. Aparece, por exemplo, em projeções fotográficas, e na boa trilha sonora, fruto da colaboração entre André Poyart e o próprio Samir Murad, que enriquece a experiência sensorial do espectador.
Segunda metade de “O Cachorro que se Recusou a Morrer” desperta
Entretanto, a peça demora a engrenar. A primeira metade é lenta, não cativa, falta uma maior dinamicidade, e, talvez, ficar mais enxuta. Isso não acontece na segunda parte, que é muito mais fluida e desperta os espectadores.
Por outro lado, Samir é um showman. É como um Chaplin de descendência árabe buscando suas raízes. A entrega dele no palco tem uma força emocional deveras potente. Dessa forma, para aqueles que gostam e desejam saber mais sobre a cultura árabe, pode valer testemunhar essa obra no Centro Cultural Justiça Federal, até o dia 17 de dezembro, sempre aos domingos às 16h.
Serviço
Local: Centro Cultural Justiça Federal
Endereço: Av. Rio Branco, 241, Centro, Rio de Janeiro.
Próximo a Estação Cinelândia do Metrô Rio.
Informações: 21 3261-2550
Temporada: 19 de novembro a 17 de dezembro, aos domingos, às 16h.
Valor do ingresso: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada)
Vendas na bilheteria do Teatro ou antecipadas pelo site Sympla: https://www.sympla.com.br/produtor/ocachorro
Capacidade de público: 141 pessoas
Classificação: 10 anos
Duração: 75 minutos
Drama bem humorado
Cultura


Crítica: O Cachorro que se Recusou a Morrer
“O Cachorro que se Recusou a Morrer” tem criação, texto e atuação de Samir Murad, e bebe em suas experiências...


‘Vozes da Diversidade’ tem música, exposição, e mais, no Metrô Rio
Tudo gratuito! Apresentações de MPB, Funk e Pop a partir das 18h


Conexão Coreia aterrisa na Tijuca com a cultura Hallyu
No coração do Rio de Janeiro, o mais recente capítulo da onda Hallyu está prestes a tomar forma com o...


Ovárias: Evento celebra o protagonismo feminino
A potência artística está em destaque na 6ª edição da “Ocupação Ovárias”, um evento de ocupação feminina artística-cultural que proporciona...
Crítica


‘O país da pornochanchada’ entra em cartaz nesta quinta-feira
O filme terá exibição no Estação Net Botafogo, às 21h30.


‘Não Tem Volta’ é uma comédia de ação inusitada
Em um turbilhão emocional após perder seu grande amor, Henrique (Rafael Infante) decide encerrar seu sofrimento de uma maneira bem...


Crítica: Filme ‘Wonka’ surpreende positivamente e ganha suítes temáticas nos EUA
Willy Wonka está de volta, e muito bem


Crítica: Transo
Ao assistir ao documentário “TRANSO”, refleti sobre a peça de teatro “Meu Corpo Está Aqui“, Fica evidente a poderosa narrativa...
Séries


Irmãos Sun: Nova série da Netflix com Michelle Yeoh chega em janeiro, veja o trailer!
Altas expectativas. A estreia da nova série original da Netflix, “Irmãos Sun”, será no dia 4 de janeiro de 2024....


Série mergulha na trajetória do sociólogo Herbert de Souza
Produção Original Globoplay de oito episódios reúne grande elenco e estreia em 1º de dezembro.


Angélica estreia novo programa que traz conversas potentes
A série comemora seus 50 anos e recebe convidadas famosas.


Crítica: ‘Rio Connection’ é uma viagem ao mundo do crime nos anos 1970
“Rio Connection” é uma série que se passa nos anos 1970 que mostra uma rede de tráfico de heroína que...
Literatura


Nova edição do livro-agenda ‘Orixás 2024’ já está disponível para reserva e revela previsões
Agenda traz previsões para todos os dias do ano


CCXP 23: Gigantesco evento completa 10 anos com toque carioca, confira as dicas!
A gigantesca CCXP completa seu décimo ano com um elenco repleto de estrelas, consolidando ainda mais seu papel de destaque...


Casa Poéticas Negras foi o grande destaque da FLIP, Festa Literária Internacional de Paraty
Entrar na pequena cidade histórica de Paraty, já conhecida por suas ruas de paralelepípedos e arquitetura colonial, foi como ser...


A conexão entre a coloração pessoal e a Psique Humana: FLIP 2023, Casa Enjoei e Jô Souza
Em um mundo que exige constantemente conforto e auto expressão, a coloração pessoal emerge como uma ferramenta fascinante e poderosa...
Música


Confira a programação de Dezembro no Circo Voador
De hardcore a samba, vai rolar de tudo no palco do Circo Voador em dezembro!


Zum do Rio: Banda Gente faz show no Sesc São Gonçalo ao lado do rapper Nyl MC
A Banda Gente, um dos novos nomes no cenário do rock carioca e originária da Baixada Fluminense, encerra a turnê...


Band On The Run: Vem aí edição especial do clássico de Paul McCartney & Wings
Edição expandida do 50º aniversário do álbum "Band on the Run" de Paul McCartney & Wings tem previsão de lançamento...
Bambas do samba: Geraldo Pereira
Em ocasião do Dia Nacional do Samba lembramos a figura de Geraldo Pereira ”Geraldo Pereira, vara madura que não cai,...
Tendências
- Crítica2 meses atrás
Crítica: ‘Codex 632’ chega na Globoplay com mistérios e ponte entre RJ e Portugal
- Crítica2 meses atrás
Série ‘Fim’, do Globoplay, é engraçada e provocadora ao mesmo tempo
- Cinema1 mês atrás
Crítica: ‘Nina: A Heroína dos Sete Mares’ encanta com mescla de aventura e mitologia grega
- Cinema2 meses atrás
Crítica | ‘Até que a música pare’ tem a força das relações humanas, por Carlos Maia
- Espetáculos2 meses atrás
Juliette anima o público do Circo Voador com show de “Ciclone”
- Crítica2 meses atrás
Saiba tudo sobre ‘De Férias Com o Ex Caribe: Salseiro Vip’
- Crítica2 semanas atrás
Crítica: ‘Rio Connection’ é uma viagem ao mundo do crime nos anos 1970
- Cultura1 mês atrás
Confira os destaques de novembro no CCBB RJ: Tesouros Ancestrais do Peru
Pingback: Lee Soo Man | Entenda a estratégia do homem por trás do K-POP