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A Odisseia de Eneias
CinemaCrítica

Crítica: A Odisseia de Eneias é um épico grego de proporções humanas

Por
André Quental Sanchez
Última Atualização 8 de junho de 2025
5 Min Leitura
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Dirigido por Pietro Castellitto, a Odisseia de Eneias é um filme italiano que ao tentar ousar em sua narrativa, falha em questões básicas

Em seu título, A Odisseia de Eneias faz referência à dois maiores épicos da antiguidade clássica: A Odisseia e a Eneida. O primeiro, escrito por Homero, conta a história do grego Ulisses (ou Odisseus) e sua viagem de 10 anos até retornar para sua casa, na ilha de Ítaca; já a Eneida, conta a história de um guerreiro troiano que após fugir de uma Troia em chamas, busca um lugar para estabelecer uma cidade que a substituirá.

Ambos os épicos, um grego de Homero e um romano de Virgilio, discutem sobre lar, família e a viagem interna que devemos fazer para retornar em paz ao nosso lar, algo semelhante com o que acontece com os protagonistas de A Odisseia de Eneias.

A produção retrata a vida de Enéias e Valentino, dois jovens movidos por uma vitalidade incorruptível. Ambos ganham a vida com tráfico de drogas e festas no melhor estilo O Grande Gatsby de F. Scott Fitzgerald. Em suas jornadas internas, passam por um alegórico mar cheio de sentimentos complexos como família, amizade, ganância e amor.

Confira abaixo o trailer de A Odisseia de Eneias e continue lendo a crítica

Referenciar em seu título dois dos maiores épicos já feitos na história da humanidade, pode ser considerado prepotente para Pietro Castellitto e o produtor Luca Guadagnino, afinal, A Odisseia de Eneias passa longe de algo tão grandioso quanto estes dois ritos clássicos fundamentais.

A Odisseia de Eneias

Pietro Castellitto e Benedetta Porcaroli em A Odisseia de Eneias- Divulgação Oficial

Existem algumas questões a se considerar quando se comenta um filme independente, o uso de seu orçamento é uma delas, a autoralidade do projeto é outra e por fim a história em si é a cereja no bolo, para a Odisseia de Eneias existem itens a se ressaltar em cada uma destas questões.

Inicialmente a questão do orçamento: aparentemente em filmes italianos, sempre deve existir músicas e festas grandes, isto desde antes de A Doce Vida (1960, Federico Fellini), assim, com músicas de sucesso como Forever Young, um número indescritível de figurantes , e figurinos luxuosos, me pergunto se isso tudo foi demais pra um diretor tão iniciante quanto Castellitto, sendo um projeto ousado demais para alguém tão inexperiente, como foi mostrado em sua abordagem perante a produção.

Resumindo rapidamente, A Odisseia de Eneias aparenta ser uma produção sobre nada, nenhum de seus personagens traz uma naturalidade, aparecendo e saindo quando bem querem, sem deixar suas respectivas marcas, nem na narrativa e nem no público.

A Odisseia e a Eneida apresentam um rumo claro aonde seus protagonistas almejavam chegar, A Odisseia de Eneias não, se tornando vazia de conteúdo e razão para se existir, o que nos leva ao último dos fatores que é a narrativa.

A Odisseia de Eneias

Pietro Castellitto e Benedetta Porcaroli em cena de A Odisseia de Eneias – Divulgação Oficial

A narrativa de A Odisseia de Eneias é confusa, com cenas aparentemente desconexas e reflexões clássicas que almejam ser tão profundas quanto diálogos de Paolo Sorrentino e, obviamente, Federico Fellini. Os personagens discutem sobre amor, sobre como sentimos que amadurecemos quando encontramos alguém para beijar, o mafioso cruel faz um longo desabafo sobre como sente saudades de sua mãe, porém, é extremamente raso e vazio por não ter uma narrativa sólida para se sustentar, ao não termos clareza de seus respectivos objetivos, não temos o porque ligar para eles.

Claro, podemos tentar achar motivos e digressões para estes acontecimentos, como o fato que ao final da produção Eneias larga a vida do crime, e seu irmão provavelmente assumirá este vazio, repetindo o ciclo. Podemos explicar o motivo de todos os beijos da produção serem cobertos por um black, afinal, nenhum dos personagens realmente amadureceram, porém, são coisas banais que não acrescentam nada e mesmo este raciocínio traz pouca satisfação dentro da produção.

Com distribuição da Pandora Filmes, A Odisseia de Eneias estreará nos cinemas no dia 19 de Junho.

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Tags:A Odisseia de EneiasCinemacríticaCrítica A Odisseia de EneiasEneiasLuca Guadagninoodisseia
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