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Crítica | ‘Ambulância – Um Dia de Crime’ é eficiente overdose de Michael Bay

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Crítica Ambulância Um dia de Crime

Alguns diretores de cinema têm estilos tão próprios que só de olhar para uma cena isolada do filme, já é possível reconhecer a mente por trás daquela obra. Wes Anderson, Edgar Wright, Stanley Kubrick, entre tantos outros. Goste ou não, Michael Bay também entra nesta lista. Em Ambulância – Um Dia de Crime, essa característica fica evidente a partir de uma overdose do trabalho do diretor.

Na trama, Will Sharp (Yahya Abdul-Mateen II) está em busca de dinheiro para pagar uma cirurgia urgente para sua esposa. Para isso, ele recorre a seu irmão adotivo, Danny Sharp (Jake Gyllenhaal), um consagrado ladrão de bancos que consegue convencer Will a ajudá-lo em um plano para roubar 32 milhões de dólares. Quando o plano dá errado, os irmãos sequestram uma ambulância e fazem uma paramédica (Eiza González) de refém enquanto são perseguidos pela polícia. Para garantir sua sobrevivência, eles tentam manter um policial baleado vivo dentro do veículo como moeda de troca.

Cartilha

A direção é a cartilha Michael Bay seguida ao pé da letra. Câmera na mão, pôr do sol, clarões exagerados atravessando a tela, explosões, cortes frenéticos e toda a “textura”, também vista em filmes como Transformers e Armageddon, estão presentes. 

O roteiro não se permite aprofundar nos personagens para dar lugar a cenas de perseguição e acaba não criando interesse pelos personagens em si. A maior parte do filme tem foco nas cenas de ação e perseguição da polícia atrás da ambulância. Com alguns exageros, o longa é criativo para criar situações inusitadas e interessantes, mas os cortes ininterruptos da edição muitas vezes atrapalham o andamento das cenas. A impressão que fica é que o editor quis manter no filme todos os takes filmados pelo diretor, o que gera certa confusão visual em vários momentos.

O Grande Mérito de Ambulância – Um Dia de Crime

A saber, o destaque da obra é Jake Gyllenhaal. O ator claramente se diverte no papel de Danny e rouba a cena ao levar leveza para o filme com piadas de humor que beiram o bobo, mas espontâneas o suficiente para entreter. E é com ele que o filme mais acerta: quando não se leva a sério. O contraste entre o perigo da situação estabelecida e a forma como o personagem lida com tudo são momentos de ouro para o andamento do longa, é o diferencial da película em relação a outros tantos filmes de perseguição já feitos por Hollywood.

Afinal, Ambulância – Um Dia de Crime é mais um filme “sessão da tarde” de Michael Bay. Entrega algumas boas cenas de ação, um roteiro bem simples e um personagem notável. Exatamente o que se espera dos filmes do diretor.

Ambulância – Um Dia de Crime tem estreia no Brasil marcada para a próxima quinta-feira, 24 de março.

Enfim, veja o trailer:

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Crítica | Transformers: O Despertar das Feras

Sétimo da franquia é mais do mesmo, mas superior a outros

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transformers o despertar das feras

O início de Transformers O Despertar das Feras (Transformers: Rise of the Beasts) é frenético, com uma boa batalha. Em seguida, conhecemos os protagonistas humanos, que são mais cativantes do que de outros filmes. O rapaz latino Noah Diaz (Anthony Ramos) e seu irmão (Dean Scott Vazquez), o qual serve mais como uma metáfora para o espectador. E a divertida Dominique Fishback, como Elena Wallace.

Nessa primeira parte do filme há algumas boas críticas, como o fato de Elena ser uma estagiária e saber muito mais que sua chefe, porém, sem levar nenhum crédito por isso. Enquanto Noah tem dificuldades de arrumar um emprego. Há aqui uma relevante abordagem sobre periferia (Brooklyn) ao vermos alguns dos desafios da familia de Noah, o que o leva a tomar decisões errôneas. A princípio, é um bom destaque essa caracterização dos personagens, em especial, favorece o fato da história se passar em 1994.

Dessa vez, o diretor é Steven Caple Jr., o qual não tem a mesma capacidade de Michael Bay para explosões loucas e sequências de ação. Steven faz sua primeira participação nesse que é o sétimo filme dos robôs gigantes. Ele era fã de Transformers quando criança e procura mostrar os Maximals (Transformers no estilo animal) de uma maneira autêntica.

Aliás, veja um vídeo de bastidores e siga lendo:

O público alvo do longa é o infanto-juvenil, que pode se empolgar com algumas cenas. Contudo, no geral, o roteiro é um ponto fraco. O Transformer com mais destaque aqui é Mirage, que fornece os instantes mais engraçados da história e faz boa dupla com Noah.

Além disso, as cenas no Peru e a mescla de cultura Inca com os robôs alienígenas é válida, com alguma criatividade e algumas sequências tipo Indiana Jones. Há muitas cenas em Machu Picchu e na região peruana que são belíssimas e utilizam bem aquele cenário maravilhoso. Vemos, por exemplo, o famoso festival Inti Raymi em Cusco, antiga capital do Império Inca, o qual o longa usa com alguma inteligência. Pessoalmente, essas partes me trouxeram lembranças pelo fato de que já mochilei por lá (veja abaixo), então aqui o filme ganhou em em relevância pra mim.

O longa se baseia na temporada Beast Wars da animação e traz o vilão Unicron, um Terrorcon capaz de destruir planetas inteiros. Na cabine de imprensa, vimos a versão dublada, a qual ajuda a inserir no contexto dos anos 90 com gírias da época.

Por fim, dentre os filmes dessa franquia que pude ver, esse sétimo está entre os melhores, apesar de ser somente regular, e conta com momentos divertidos. Além disso, a cena pós-crédito (só há uma) promete um crossover com muita nostalgia, Transformers: O Despertar das Feras chega aos cinemas de todo o país na próxima quinta-feira, 8 de junho.

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