Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania inicia uma nova fase do universo Marvel com mais do mesmo. Um vilão conquistador, piadinhas e nada de muita criatividade. Entretanto, tem a virtude de pincelar diversas questões políticas ao falar de socialismo e coletividade.
O filme tem a cara dos Estados Unidos, um país que muitas vezes não cuida dos próprios problemas, mas supostamente vai “salvar” (invadir?) outros mundos (países). É isso que o Homem-formiga acaba fazendo meio “sem querer querendo” como diria nosso querido Chaves. O mais interessante, na concepção desse jornalista, é essa questão política, e como ocorre a plantação de reflexões e questionamentos, por exemplo, sobre o que é terrorismo, e como isso depende do ponto de vista, ou o que é, ou pode ser, uma revolução.
A importância da coletividade e a metáfora das formigas como criaturas do reino animal que resolvem as coisas a partir da força coletiva é uma boa mensagem no geral.
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Além disso, temos atuações ótimas que favorecem muito toda a história, em especial, Jonathan Majors como Kang e Michele Pfeifer como Janet Van Dyne. O carisma de Scott Lang (Paul Rudd, eficiente) segue como um dos pontos altos. A Vespa, Evangeline Lilly, linda e imponente, carece de mais tempo da tela, enquanto Michael Douglas novamente faz bem o papel do irreverente e inteligente Hank Pym.
O mundo quântico parece Star Wars, cheio de criaturas bizarras engraçadinhas. Os efeitos visuais são bons, mas cansativos ao mesmo tempo, é tudo muito genérico e com jeito de que já foi visto. Avatar – O Caminho da Água consegue inserir o espectador num outro mundo de forma eficiente, Quantumania não. O final é possível de ser vislumbrado desde o início, e mesmo assim faz questão de se explicar diversas vezes, subestimando ao máximo o público.
Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania não é um dos piores filmes da Marvel, nada tão ridículo como Thor: Amor e Trovão, mas merecia um capricho melhor de roteiro. É simplesmente regular. Não adianta explorar diversos universos paralelos para fazer a mesma coisa em todos. A Casa das Ideias pode fazer melhor que isso.
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