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Invencível
CinemaCrítica

Crítica: Invencível é um irmão de Extraordinário, mas com diferença fatal

Dirigido por Jon Gunn, Invencível se desequilibra ao dar o protagonismo ao membro errado da família

Por
André Quental Sanchez
Última Atualização 8 de maio de 2025
6 Min Leitura
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Invencível conta a história de Austin, AuzMan, um menino de 13 anos que apresenta um grau alto de autismo, além de Osteogênese Imperfeita (OI), uma doença que deixa os ossos frágeis. Ao longo da produção, Austin narra a sua jornada e de sua família, na medida que todos passam por diversas desavenças que envolvem questões financeiras e relacionais, sempre mantendo um ludismo na medida que a estética do filme funciona, em partes, para adequar o universo de Austin e seu humor inocente.

O maior problema da produção, algo que Extraordinário (2017, Stephen Chbosky) conseguiu lidar muito melhor, é o fato de apesar do eu-lírico ser Austin, a verdadeira jornada, o verdadeiro arco de personagem do filme, iniciando e terminando com ele, é o de seu pai Scott, interpretado por Zachary Levi. Independente de sua opinião sobre o ator, o consenso é que ele não consegue segurar um papel tão denso, ficando forçado e não transmitindo a emoção necessária.

Confira abaixo o trailer de Invencível e continue lendo a crítica

Extraordinário e Invencível podem ser considerados filmes irmãos, ambos tratam sobre famílias com um membro que apresenta alguma deficiência genética, seja a deformidade facial de Auggie, ou os ossos de vidro de Austin. Porém, diferente do primeiro, em Invencível, apesar de Austin estar presente e ser o narrador da história, ele não apresenta uma jornada, ou um grande arco, começando e terminando exatamente no mesmo ponto, algo fatal para um filme que prometia ser sobre sua jornada.

Já vimos diversos personagens com autismo no cinema e televisão, seja Sheldon Cooper em The Big Bang Theory (2007, Chuck Jones), ou Sam em Atypical (2017, Robia Rashid), porém, é raro vermos um personagem com um autismo de grau tão elevado quanto Austin, assim, é uma pena que em Invencível, Austin está somente presente. Apesar de ser o direcionamento narrativo de todos os demais personagens ao seu redor, isoladamente, Austin aparenta ser vazio, pelo simples fato que ele se sente confortável do modo como está, enquanto todos se incomodam e tentam melhorá-lo.

Invencivel

Gavin Warren como Logan e Jacob Laval como Austin em Invencível- Crédito da foto: Alan Markfield

A escolha de dar o protagonismo para Scott é equivocada, ainda mais considerando que sua cena de introdução envolve ele ficar bêbado em uma festa de ano novo e depois sair dirigindo com os filhos. Este contato inicial com o seu protagonista, dificulta muito a criação de empatia, se considerarmos que a produção é inteiramente narrada por Austin, isto complica ainda mais.

Quem observa os filhos de longe no Halloween, com medo de se aproximar e estragar tudo, é Scott. Quem tem o tique de ansiedade que é resolvido ao longo do filme, é Scott. Quem apresenta uma jornada do herói, indo ao inferno e retornando melhorado, é Scott. Um pai que busca a perfeição em tudo o que faz e deve aceitar o fato que é o pai de um menino autista com OI, que em certos momentos apresenta maior consciência de seus arredores do que o próprio pai, afinal, quem conversa com um amigo imaginário, aos 40 anos de idade, é Scott.

O nome original da produção é The Unbreakable Boy, assim, somente pelo nome, apresentamos uma ideia do que o filme será, pelo trailer focando em Austin, apresentamos uma ideia do que o filme será, porém, ao vermos a produção em si, percebemos outra coisa, o que irrita o público e impede que realmente desfrutemos.

Invencivel

Zachary Levi e Drew Powell em cena de Invencível- Divulgação Oficial

Invencível é um filme que se destaca nos momentos que foca no mundo de Austin, sendo as situações mais divertidas, seja ele vendo um dragão animado, ou contando quantos ossos já quebrou em sua vida, ou por meio do modo leve que ele nos introduz aos seus gostos e desgostos, brincando com a própria estética narrativa e do cinema em si.

Invencível foi baseado em uma história real, incluindo toda a jornada do pai, o seu amigo imaginário, a amizade do irmão de Austin com o valentão da escola, entre outras histórias, porém, não deixo de pensar o quanto o filme se torna superficial, ao focar no pai adulto, ao invés da criança que obviamente é um personagem bem mais interessante e, se me permite dizer, um ator melhor do que Zachary Levi.

Invencível estreia nos cinemas no dia 08 de Maio de 2025, com distribuição da Paris Filmes.

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Tags:crítica invencívelfilme invencívelfilmes como extraordinárioOsteogênese ImperfeitaZachary Levi
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