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Crítica

Crítica | Lupin

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Lupin

Lupin é a nova série francesa da Netflix que já esta em segundo lugar no top 10 Brasil e promete fazer barulho. Assane Diop (Omar Sy) é o protagonista que se inspira em Arséne Lupin, o famoso ladrão de casaca inspirado nos romances de Maurice LeBlanc.

Assane viu na adolescência seu pai ser acusado injustamente do roubo de um colar muito caro e 25 anos depois vê uma chance de vingar a morte de seu pai e desmascarar toda a trama sobre.

Omar Sy já é famoso pelo seu papel em Os Intocáveis (Intouchables), e realmente foi perfeito para o papel de Assane, pois rouba a cena e traz muito dinamismo e carisma para o personagem.

O elenco secundário não tem tanto tempo de tela, mas é um apoio bem interessante para a série e deixa o caminho preparado para Omar brilhar. Aliás, as sacadas tanto de ação quanto dos truques são de tirar o chapéu.

Racismo

Lupin é bem ágil, com um ritmo muito bom e pouca barriga nos episódios, isso principalmente porque Assane é realmente muito carismático e tem uma presença de tela impressionante.

A direção de Louis Leterrier, o mesmo diretor de Truque de Mestre não esconde suas referências e abusa nos planos e truques simples, porém muito bem feitos.

As sacadas sobre racismo e como o protagonista usa isso com tiradas inteligentes são cirúrgicas e bem atuais, principalmente no contexto da França de hoje.

Essa série me deixou com vontade de ler os livros sobre Lupin, afinal, histórias de ladrões costumam ser fascinantes. Então se você gosta de trama policial, com tiradas boas e um toque refinado de carisma, irá se divertir.

Estou bem ansioso para a segunda parte, recomendo fortemente que maratonem essa série pois são apenas 5 episódios e garanto que pelo menos nos 3 primeiros você não vai desgrudar os olhos da tela. Depois venha aqui e comente o que achou, se vai ver ou se já está como eu: louco pela segunda temporada.

Enfim, o trailer:

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Coreógrafo de Danças Urbanas e produtor cultural. Amante de K-pop e viciado em séries. Eterno estudante de marketing, linguagem corporal e inteligência social.

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2 Comentários

2 Comments

  1. Alfredo Barros

    10 de janeiro de 2021 at 12:46

    Adorei a série, e fiquei curioso sobre algumas opções estéticas. Por que a cor laranja predomina no figurino dos disfarces de Lupin? Qual o significado disso?

    • Sérgio Menezes

      10 de janeiro de 2021 at 12:56

      Pode ter a ver com o lupin dos contos, mas ainda não achei nada sobre esse assunto.

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Cinema

Crítica | ‘John Wick 4: Baba Yaga’ é um épico de ação

A aventura derradeira de John Wick mostra um caminho possível para ele derrotar a Alta Cúpula

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john wick 4

John Wick 4 traz novamente Keanu Reeves como um matador incomparável

O novo filme do assassino John Wick é apontado como o melhor da franquia. Mas por que? A princípio, o elenco cresce com atores como Donnie Yen (O Grande Mestre), Hiroyuki Sanada (Mortal Kombat), Shamier Anderson (Passageiro Acidental) e Bill Skarsgard (IT: A Coisa). Além disso, Aimée Kwan como Mia encanta com beleza e ferocidade. São ótimas aquisições e até abrem espaço para o futuro. Todos atuam com eficiência e tem carisma.

Na sinopse ofical, a aventura derradeira de John Wick mostra um caminho possível para ele finalmente derrotar a Alta Cúpula. Mas, antes que possa ganhar a liberdade, deve enfrentar um novo e cruel inimigo com alianças em todo o mundo e capaz de transformar amigos em inimigos.

Com a direção de Chad Stahelski, o filme é o mais longo da franquia com 2h49, mas nem parece. Passa rápido, pois é extremamente frenético. John parece um super-herói invencível e imortal. Seu terno é uma armadura potente, inacreditável. Contudo, não é um filme sobre credulidade e sim sobre ação desenfreada. A base é tiro, porrada e bomba, mas com espaço para planos bastante criativos, uma cenografia impressionante. A direção de arte merece os parabéns, bem como a cinematografia de Dan Laustsen e seus jogos de cores. As cenas no Japão, a sequência entre obras de arte orientais, e os tiroteios em Paris são criativos e a direção de Chad Stahelski não deixa o ritmo cair.

O melhor John Wick

Como já citei, John Wick 4: Baba Yaga está sendo visto como o melhor da franquia. Não posso dizer algo sobre isso pois não vi os anteriores, talvez somente cenas aleatórias. Sou daqueles que acha que um filme deve funcionar sozinho, mesmo sendo uma sequência e que você não tenha visto nenhum dos outros. Dessa forma, afirmo que esse funciona. Não senti falta de ter assistido o que aconteceu antes e não precisei disso para entender o que ocorria ali. Ou seja, mais um ponto para o longa. Pude me divertir e aproveitar aquele entretenimento sem preocupações. E é para isso que o filme serve. É exatamente o que busca entregar, e consegue.

Em verdade, talvez esse seja um dos melhores filmes de ação que vi nos últimos tempos. Há cenas belíssimas e divertidas. No clímax, a longa cena da escada até Sacre Couer no terceiro ato apresenta boas coreografias e comicidade na subida até o inferno. O diretor conduz muitas vezes como um videogame, escolhendo ângulos que nos colocam dentro daquela zona de guerra.

Afinal, John Wick 4: Baba Yaga chega aos cinemas em 23 de março.

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