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Crítica

Série ‘Odisseia’ e o humor português | Gratuito

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Série Odisseia

A série Odisseia já começa muito intrigante com um bem conduzido plano sequência meio poético, meio humorístico, quebrando a quarta parede (quando o ótimo Miguel Borges fala com o câmera-espectador), usando de metalinguagem com inteligência e resumindo alguns dos acontecimentos que virão. Então, segue com o começo da história e o talentoso Bruno Nogueira, humorista, ator e apresentador de televisão portuguesa, tendo um momento-chave. E vem a abertura estilosa ao som de “Estou Além”, de António Variações.

O primeiro episódio “Não te atrevas, ó musa…” mostra a forma como a metalinguagem será usada. A serie dentro da serie brincando com a serie, traz boas cenas. A interação de Bruno com as crianças na casa de Gonçalo e a cena que faz referência a um trecho marcante do filme “Fale com Ela”, de Almodóvar, se destacam. Essa última traz risos, mas ainda assim tem certa ternura. Gonçalo e Bruno fazem uma boa dupla. No segundo episódio, o ator Nuno Lopes aparece trazendo novas possibilidades, mas o ritmo cai um pouco e nem tudo funciona tão bem. Porém, vale seguir a viagem com a dupla dinâmica

O terceiro episódio, “Não foi por mal!”, vem melhor, mistura tensão com comicidade, numa roleta russa de emoções, entre o abraço da natureza e sedes de vingança. No geral, é interessante conhecer as gírias e expressões portuguesas e o tipo de humor utilizado, mesmo que nem sempre seja possível entender tudo. A série apresenta uma grande road-trip com muitos toques de non-sense por Portugal.

Durante toda série, são muitas as referências a diversos filmes, como “Paris, Texas”, “Blade Runner”, e muitos outros. Está tudo disponível gratuitamente na internet. Lembrei um pouco de “Armação Ilimitada”, série brasileira dos anos 80, divertidíssima, pois essa portuguesa também percorre muitas aventuras e metalinguagem.

Enfim, veja o trailer:

Afinal, o melhor é que é possível assistir a série inteira gratuitamente no site da RTP, nesse link: https://www.rtp.pt/play/p1039/e105555/odisseia

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Cinema

Crítica | ‘John Wick 4: Baba Yaga’ é um épico de ação

A aventura derradeira de John Wick mostra um caminho possível para ele derrotar a Alta Cúpula

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john wick 4

John Wick 4 traz novamente Keanu Reeves como um matador incomparável

O novo filme do assassino John Wick é apontado como o melhor da franquia. Mas por que? A princípio, o elenco cresce com atores como Donnie Yen (O Grande Mestre), Hiroyuki Sanada (Mortal Kombat), Shamier Anderson (Passageiro Acidental) e Bill Skarsgard (IT: A Coisa). Além disso, Aimée Kwan como Mia encanta com beleza e ferocidade. São ótimas aquisições e até abrem espaço para o futuro. Todos atuam com eficiência e tem carisma.

Na sinopse ofical, a aventura derradeira de John Wick mostra um caminho possível para ele finalmente derrotar a Alta Cúpula. Mas, antes que possa ganhar a liberdade, deve enfrentar um novo e cruel inimigo com alianças em todo o mundo e capaz de transformar amigos em inimigos.

Com a direção de Chad Stahelski, o filme é o mais longo da franquia com 2h49, mas nem parece. Passa rápido, pois é extremamente frenético. John parece um super-herói invencível e imortal. Seu terno é uma armadura potente, inacreditável. Contudo, não é um filme sobre credulidade e sim sobre ação desenfreada. A base é tiro, porrada e bomba, mas com espaço para planos bastante criativos, uma cenografia impressionante. A direção de arte merece os parabéns, bem como a cinematografia de Dan Laustsen e seus jogos de cores. As cenas no Japão, a sequência entre obras de arte orientais, e os tiroteios em Paris são criativos e a direção de Chad Stahelski não deixa o ritmo cair.

O melhor John Wick

Como já citei, John Wick 4: Baba Yaga está sendo visto como o melhor da franquia. Não posso dizer algo sobre isso pois não vi os anteriores, talvez somente cenas aleatórias. Sou daqueles que acha que um filme deve funcionar sozinho, mesmo sendo uma sequência e que você não tenha visto nenhum dos outros. Dessa forma, afirmo que esse funciona. Não senti falta de ter assistido o que aconteceu antes e não precisei disso para entender o que ocorria ali. Ou seja, mais um ponto para o longa. Pude me divertir e aproveitar aquele entretenimento sem preocupações. E é para isso que o filme serve. É exatamente o que busca entregar, e consegue.

Em verdade, talvez esse seja um dos melhores filmes de ação que vi nos últimos tempos. Há cenas belíssimas e divertidas. No clímax, a longa cena da escada até Sacre Couer no terceiro ato apresenta boas coreografias e comicidade na subida até o inferno. O diretor conduz muitas vezes como um videogame, escolhendo ângulos que nos colocam dentro daquela zona de guerra.

Afinal, John Wick 4: Baba Yaga chega aos cinemas em 23 de março.

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