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Crítica | ‘Terrifier 2’ é uma tortura para o público

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Dentro do terror é muito fácil perceber quando um filme tenta copiar coisas básicas de outros que fizeram sucesso. Principalmente quando isso é mal feito, já que não há a menor tentativa de ser um pouquinho original. Terrifier nasceu do financiamento coletivo usando a pegada de filme trash para ser ruim sem a menor vergonha sem apresentar nada de novo. Mas curiosamente o público desses filmes também gostam da coisa mais horrorosa e rasa possível e financiaram um Terrifier 2 para a alegria de Damien Leone, seu criador.

O palhaço Art (David Howard Thornton) volta à vida e um ano depois recomeça a matança no condado de Miles. Agora ele persegue a jovem Sienna (Laura LaVera) e seu irmão Jonathan (Elliott Fullam), que é obcecado pelo caso. O pai deles, já falecido, teve alguma visão sobre Art e deixou desenhos do palhaço e das vítimas do primeiro filme.

A falta de uma história se repete

O primeiro filme já não havia desenvolvido sequer seus personagens. O segundo vai além e joga uma ligação entre a família de Sienna e o assassino. O pai de Sienna ainda deixou claro que a filha derrotaria o mal vestido como a personagem que ele havia desenhado para ela. Em um visual bem similar ao da Angela, dos quadrinhos de Spawn, ela ainda usaria uma espada deixada de herança.

Nada faz muito sentido e provavelmente essa não era a preocupação maior de Damien Leone. Aparentemente o diretor só deseja chocar por chocar sem nem mesmo ter a intenção de criar uma história por trás de tudo para gerar mais filmes. Se ele já chegou no segundo sem apresentar absolutamente nada de relevante, para quê se preocupar com isso agora?

Art tenta ser marcante

A única coisa engraçada nesse filme é como o diretor tenta tornar seu personagem icônico usando todos os métodos que marcaram outros slashers. Art tenta ser o engraçado macabro como Freddy Krueger mas suas piadinhas só são chatas na maior parte do filme. Ele tenta colocar uma música icônica que remeta ao personagem como a de Halloween, mas ela é esquecida rapidamente. E por fim ele tenta ser chocante com mortes horrorosas, com tortura e muita crueldade, mas perde a mão e só fica tudo de um tremendo mal gosto.

Em relação aos assassinatos é notável que quando as vítimas são mulheres, Art é absurdamente mais cruel. E obviamente as mulheres são sexualizadas, além de personagens vazias, mas nesse ponto todos são. Poderia arriscar que há alguma questão do autor por trás disso mas vou deixar essa para quem estuda psicologia.

Terrifier 2 é mais longo do que o necessário e não entrega um terror digno de ser lembrado. Todo aquele papo de pessoas passando mal poderia até ser real mas ainda não muda o quão ruim é o filme.

O filme estreou essa semana nos cinemas, fique com o trailer:

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Estudante de Comunicação Social com foco em Cinema. Além dos filmes, amo quadrinhos e vídeo games, sempre atrás de boas histórias.

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Cinema

‘A Freira 2’ lidera bilheterias brasileiras e diretor explica sua visão. Entenda!

Em exibição há duas semanas, o filme da Warner Bros. Pictures traz Valak, a Freira Demônio, de volta ao cinema

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critica a freira 2

É o mais recente capítulo do universo “Inovação do Mal” e vem fazendo sucesso. “A Freira 2”, produzido pela Warner Bros. Pictures, lidera as bilheterias brasileiras. A princípio, com apenas duas semanas em cartaz, o filme de terror já arrecadou mais de R$38 milhões em bilheteria e atraiu quase 2 milhões de espectadores aos cinemas.

A trama de “A Freira 2” reintroduz Irmã Irene (interpretada por Taissa Farmiga) em um ambiente assustador. Dessa forma, entrelaça a história da Santa Luzia, a padroeira dos olhos e visão, com a atmosfera arrepiante da luta contra o mal.

O diretor Michael Chaves compartilha:

 “Cresci no catolicismo e sempre fiquei impressionado com as imagens que a cercavam – essa mártir cujos olhos foram cortados. Muitas vezes, vemos seus olhos nas palmas das mãos. Acho que há algo assustador e rico nesse imaginário.”

Valak

Continuando a história do filme anterior, A Freira 2 apresenta desafios antigos, com Valak mais poderosa do que nunca, e destaca duas heroínas cativantes unidas pelo poder da coragem. Michael explica:

“Gosto de histórias de mulheres fortes… A ideia dessas duas freiras encarregadas de uma missão atravessarem a Europa para tentar caçar esse demônio. Foi emocionante, uma história forte desde o início. Valak embarca em uma jornada pessoal… Introspectiva, íntima, dentro de si mesma, para entender quem ela é – e encontrar sua própria visão e sua própria maneira de ver o mundo ao seu redor”.

A saber, “A Freira 2” é dirigido por Michael Chaves (“A Maldição da Chorona [2019]”, “The Maiden [2016]” e “Inovação do Mal 3: A Ordem do Demônio [2021]”) e produzido pela New Line Cinema, The Safran Company e Warner Bros. Pictures.

O elenco do filme inclui Taissa Farmiga (“American Horror Story: Coven”, “Regressão”, “A Freira”), Storm Reid (“Uma Dobra no Tempo”, “Euphoria”), Jonas Bloquet (“Elle”, “A Freira”) e Anna Popplewell (“As Crônicas de Nárnia”), entre outros.

A Freira 2 está em exibição nos cinemas de todo o Brasil, com versões acessíveis disponíveis.

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