O grande lançamento da semana é o blockbuster da DC, The Flash. Conta com uma boa direção de Andy Muschietti nas cenas de ação e a atuação do polêmico Ezra Miller no papel do protagonista Barry Allen é competente. Os papeis que assume permitem que ele demonstre diversas habilidades. Sasha Calle como Supergirl é uma boa surpresa, e, além disso, o maior fan service do filme é vermos Michael Keaton e Ben Affleck como Batmans.
O início do longa é um dos melhores de quadrinhos que vi nos últimos tempos pois capta como pouco a aura e a energia das HQs, numa bela sequência de ação típica da nona arte. Queremos mais disso nos cinemas! Batman e Flash contra os bandidos, se comunicando com Alfred, e entre si, com uma ajuda especial que chega depois, já típica dos últimos filmes da DC.
A história mostra mundos colidindo quando Barry usa seus superpoderes para viajar no tempo e mudar os eventos do passado. Ou seja, salvar sua mãe de ser assassinada e seu pai de ser preso. Porém, em meio a tudo isso, Barry fica preso em uma realidade na qual o General Zod está de volta, ameaçando colocar o mundo em risco, mas não há super-heróis a quem recorrer. A esperança é que Barry consiga persuadir um Batman diferente a sair da aposentadoria e resgatar um kryptoniano preso.
Liga
O filme é do Flash, mas ao mesmo tempo é da Liga da Justiça. Uma diferente, que conta com um Batman, uma Supergirl e dois Flashs. A interação entre essa equipe é um dos destaques, em especial, os dois Flashs e suas discrepâncias. Entendemos como as dificuldades nos fazem amadurecer e Barry olha o próprio reflexo para compreender quem é e tomar as decisões que precisa. Sem dúvidas, essa mirada no espelho é um dos aspectos interessantes do personagem e do longa. É a base de Barry como herói.
Por outro lado, a nostalgia de ver Michael Keaton como Batman novamente é saborosa. Os filmes com seu protagonismo marcaram minha infância e a de muita gente. O ator está bem e traz ótimas cenas. É um saudosismo que poderia ser torpe, contudo, alegra.
Se compararmos com o filme Liga da Justiça (2017), The Flash é muito superior e oferece um entretenimento mais eficiente. O roteiro de Christina Hodson (“Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa”, “Bumblebee”) é funcional, sem grandes surpresas ou criatividade. É mais uma de multiverso. O argumento de John Francis Daley & Jonathan Goldstein ( “Homem-Aranha: De Volta ao Lar”) e Joby Harold (“Transformers: O Despertar das Feras”) poderia ser melhor.
Por fim,The Flash, afinal, consegue entregar momentos divertidos, engraçados e emotivos, até empolga em alguns instantes. É um dos melhores filmes da DC dos últimos tempos, junto com The Batman, mesmo estando longe de ser genial. O fim, que homenageia muito da história da DC Comics nas telas, é encantador, com diversas participações especiais. O longa-metragem tem distribuição mundialmente pela Warner Bros. Pictures, com estreia em 15 de junho de 2023. As cenas pós-crédito são boas e valem a espera. Em seguida, confira o trailer: