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Música

Madureira recebe show gratuito de Jongo com Quilombos centenários

Álbum com 32 pontos inéditos será lançado dia 23 de setembro

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Álbum que revela as raízes do jongo em 32 pontos inéditos será lançado dia 23 com show no Viaduto de Madureira

Dois centenários quilombos do Vale do Café, o Jongo do Quilombo São José e o Jongo de Pinheiral, situados no interior do Estado do Rio de Janeiro, uniram-se à nova geração de jongueiros do Morro da Serrinha, em Madureira, para lançar um álbum dedicado inteiramente ao gênero musical que é fundamental na história da música brasileira.

O álbum “Jongo do Vale do Café,” cujo propósito é dar visibilidade e perpetuar o jongo e sua tradição, estará disponível nas plataformas digitais a partir de sábado, 23 de setembro. Este trabalho reúne 32 canções centenárias, cujas gravações foraconteceram em uma comunidade quilombola. Montaram uma estrutura especial para permitir que os jongueiros registrassem essas relíquias, que nunca antes haviam sido gravadas em formato de áudio. No total, mais de 40 cantores e percussionistas participaram da gravação, que ocorreu em um estúdio ao ar livre, localizado no meio da floresta, junto com os dois tambores centenários e o tronco escavado, semelhantes aos utilizados em Angola: o caxambu e o candongueiro.

Aliás, confira uma música abaixo, e siga lendo:

Em Madureira, no dia 23 de setembro, sábado, às 16h, haverá um evento de lançamento com a participação de cinco quilombos centenários que descerão da Serra Fluminense em direção ao Rio de Janeiro. O evento promete muito, pois contará com a participação de mais de 100 artistas quilombolas. O local escolhido é o tradicional Viaduto de Madureira, onde muitas famílias de escravizados chegaram do Vale há quase 200 anos para fundar o célebre bairro, onde inclusive, passei minha infância. Ainda por cima haverá uma grande roda, com direito a fogueira e bandeirinhas, para celebrar essa herança cultural e histórica. Além disso, haverá homenagens ao Mestre Darcy do Jongo da Serrinha e à ilustre mãe de santo e jongueira mais antiga da Serrinha, Tia Ira Rezadeira.

Serviço:

JONGO DO VALE DO CAFÉ | TURNÊ DE LANÇAMENTO:
Grupos participantes: Jongos de Pinheiral, Quilombo São José/Valença, Vassouras, Arrozal/Piraí, Barra do Piraí e Morro da Serrinha.

Roda de Jongo no Viaduto de Madureira
QUANDO: Sábado, 23 de setembro, às 16h

ONDE: Viaduto de Madureira

QUANTO: Grátis, com censura livre

Encontro de Jongos do Vale do Café

QUANDO: sábado, 7 de outubro, às 14h

ONDE: Parque das Ruínas do Jongo de Pinheiral – Rua Francisco de Abreu, s/nº – Pinheiral – RJ

QUANTO: Grátis, com censura livre

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Música

Bernardo Lobo lança álbum produzido por Marcelo Camelo

O cantor e compositor carioca Bernardo Lobo, lança “Bons Ventos”, o oitavo de sua discografia.

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Bernardo Lobo

Hoje, 3 de outubro, é dia de lançamento! O cantor e compositor carioca Bernardo Lobo, lança “Bons Ventos”, o oitavo de sua discografia. Gravado em Lisboa, o álbum que leva o nome de uma canção inédita no título, marca os 30 anos de carreira. Aliás, também comemora os 50 anos de idade de Bernardo, que fez aniversário no dia 9 de setembro.

O álbum já está disponível em todas as plataformas. Contudo, se estiver curioso para ouvir logo o álbum, é só clicar aqui.

Reencontro em Lisboa

A produção musical é de Marcelo Camelo, que participou da seleção do repertório e toca quase todos os instrumentos no álbum: guitarra, piano, baixo, bem como bateria e percussão.

Apesar de terem morado no mesmo prédio, no bairro do Leblon, Bernardo, todavia, cruzou poucas vezes com Camelo no Rio de Janeiro. Anos depois, mesmo radicados em Lisboa, os dois só vieram a se encontrar quando surgiu a ideia de convidar o vocalista do Los Hermanos para produzir o novo álbum. “Consegui o contato do Camelo, contei a ele sobre o novo projeto e ele topou na hora, disponibilizando o seu estúdio, o Estrela, pra gente gravar”, conta Bernardo.

Na primeira visita ao estúdio, Bernardo Lobo mostrou uma pré-seleção de canções inéditas. “Mostrei 16 músicas para o Camelo escolher oito, e pedi que ele selecionasse as que ele achasse mais comunicativas. Quando ele retornou com a lista dele, era quase igual a minha.”

Composições conjuntas

As oito canções que fazem parte de “Bons Ventos” trazem parcerias de Bernardo com compositores diversos. A faixa que abre o álbum, por exemplo, chamada “Do Rio de Janeiro”, foi composta juntamente com o cantor, compositor e produtor musical Mú Chebabi.

“O Mú é um grande amigo, além de parceiro. Ele passou uma temporada morando comigo, em Lisboa, e a gente compunha todos os dias. Fizemos cerca de 20 músicas nesse período. Essa tem uma história curiosa: o Mú refez a segunda parte da letra, que falava na África, tema que pode ser muito sensível, e eu adorei o resultado. Ela fala do Rio de Janeiro e de Lisboa, as duas cidades que eu amo. Ficou linda”, finaliza Bernardo Lobo.

“Do Rio de Janeiro”, contudo, não é a única música que homenageia a cidade. “No Leblon”, composta com Edu Krieger, parceiro de longa data de Bernardo, leva o nome do bairro em que o cantor residia. Apesar de estar pronta há bastante tempo, o cantor sentiu que agora era hora de gravá-la. Outro parceiro antigo que está presente no álbum é Moyseis Marques. Com ele, Lobo compôs o samba “Arrebentação”.

Parcerias nacionais e internacionais

Tiago Torres da Silva, poeta português que já compôs com Ivan Lins e Francis Hime, aparece em três inéditas. “Postei uma música minha nas redes sociais e o Tiago fez contato pra dizer que a gente tinha que compor em parceria. Passei a mandar melodias pra ele e acabamos fazendo umas 10 músicas juntos”, lembra Bernardo. Uma delas é “Vai e vem”,melodia de Humberto Araújo e Bernardo Lobo, para a qual o português escreveu a letra. Ela faz uma analogia entre o samba e o fado.

“D.R.” é uma parceria bem humorada com Nelson Motta, que fala sobre as discussões que rondam, sobretudo, as relações amorosas: “O Nelsinho eu conheço desde criança. Um belo dia ele me ligou e disse ‘Bena, tá na hora de sermos parceiros’. Em seguida me pediu pra mandar três melodias. Ele escolheria uma para fazer a letra e mandar para a minha mãe, Wanda Sá, que estava gravando um disco à época. O mais engraçado é que eu sempre tenho melodias guardadas, mas quando o Nelsinho falou comigo, eu estava envolvido com outras coisas, não andava compondo muito. Como não poderia deixar de atendê-lo, fui para o violão e fiz três músicas em dois dias! É uma honra ser parceiro do Nelson Motta”, pontua.

Por fim, fique com a música que dá título ao álbum:

Ficha técnica

Bons ventos – Bernardo Lobo

Gravadora: Biscoito Fino

Produção: Marcelo Camelo

Gravado e mixado no estúdio Estrela, em Lisboa, por Ricardo Riquier

Masterizado no estúdio Universo Fantástico, em Nova Iorque, por Alexandre Vaz

Fotos: Arthur Rangel

Designer da capa: Nário Nascimento

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